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O Volante que deu nome à posição

Por Victor de Andrade


O Futebol argentino, principalmente nas décadas de 30 e 40, influenciou muito o futebol brasileiro. Muitos atletas do país vizinho, que na época estava mais avançado no esporte, vieram atuar por aqui. A postura deles, inclusive, com mais comprometimento, chamava a atenção da torcida e dos cronistas e, por isto, seus nomes acabaram até denominando funções no futebol brasileiro. Um caso que já tratamos aqui foi o do gandula, mas agora vamos falar do volante, o tradicional camisa 5.

Esta história começa em 1938, com a chegada de Carlos Volante ao Flamengo. Porém, vamos voltar um pouco no tempo: Carlos Mantín Volante nasceu em Lanús, na Argentina, em 11 de novembro de 1910. Começou no futebol no Argentino, de sua cidade, e logo em seguida foi para o Lanús, onde estreou profissionalmente. Ainda no futebol albiceleste, Volante atuou por General de San Martín, Platense, San Lorenzo e Vélez Sársfield.

Em 1931, Carlos Volante foi para a Itália, onde estreou no Napoli, jogando depois por Livorno e Torino. No futebol italiano, foi campeão da Série B em 1933-1934 pelo Livorno. Em 1934, ele foi para França, onde atuou por Rennes, Olympique Lillois e CA Paris Charenton, voltando à América do Sul em 1938, mas aportando no Brasil.

O Flamengo se tornou a nova casa do jogador. A passagem de Volante pelo rubro-negro carioca ficou marcada por sua raça e vibração dentro de campo. Era um meio-campista que se doava na marcação e sempre incentivava os seus companheiros a nunca desistirem da jogada.

Assim, com esse jeito diferente e eficaz de jogar futebol, não demorou muito para que seu sobrenome fosse usado na identificação dos atletas defensivos de meio de campo aqui no país. A partir de então, os jogadores marcadores de meio-de-campo passaram a ser chamados de volante, em homenagem ao atleta. Aliás, no Flamengo, ele foi campeão carioca em 1939, 1942 e 1943.

Carlos Volante encerrou a carreira de jogador no ano de seu último título. Em seguida tornou-se treinador aqui no Brasil, onde dirigiu o Internacional, bi-campeão gaúcho em 1947 e 1948, o Vitória, campeão baiano em 1953 (tirando a equipe de um longo jejum) e 1955, e o Bahia campeão da Taça Brasil de 1959. Depois, ele voltou para a Itália, fixou residência em Milão, e faleceu no dia 9 de outubro de 1987. Porém, seu nome ficou marcado para sempre no futebol brasileiro.


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