
Sampaoli assumiu a seleção Argentina há apenas quatro jogos. Mesmo assim, o ex-comandante de Sevilla, Universidad de Chile e Seleção Chilena vem demonstrando dificuldade na formatação da equipe, além de apresentar algumas decisões questionáveis. Com Sampaoli, os “hermanos” não possuem esquema tático definido, nem base de equipe titular. Além disso, o técnico realizou convocações bem questionáveis, inserindo jogadores pouco acostumados a vestir a camisa albiceleste. A escolha em deixar Dybala e Icardi no banco de reservas nos dois últimos jogos decisivos das eliminatórias também não parece ter explicação plausível. Higuaín, da Juventus, sequer foi convocado. Nos momentos decisivos, contar com os atletas de maior peso é fundamental. Não fosse o talento de Messi, a cabeça do treinador estaria a premio.
Passado o sufoco da classificação, Sampaoli ganha um tempo precioso para avaliar melhor o grupo que tem mão e configurar uma equipe forte até o mundial. Ele já demonstrou grande capacidade em outros momentos e o material humano disponível é, no mínimo, do mesmo nível das outras seleções favoritas. Esses poucos jogos não demonstraram em nada as principais virtudes que o treinador costuma implantar em seus times: marcação alta, saída de bola qualificada com os volantes e jogadas rápidas pelas alas. Durante o período, alguns jogadores lesionados (Aguero) ou em má fase técnica (Di María, Higuaín, Pastore, Gaitán e Lamela) podem elevar a qualidade do time. Será uma verdadeira corrida contra o tempo e com pouquíssimos amistosos. De qualquer forma, uma carta importantíssima do baralho volta ao jogo. Não menosprezemos a Argentina.