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Por que Dele Alli é a maior esperança inglesa?

Não é de hoje que o inglês Dele Alli, camisa 20 do Tottenham, é um dos grandes destaques da Premier League. Em sua segunda temporada no mais alto escalão do futebol mundial, o garoto de 20 anos segue demonstrando um futebol maduro e sendo decisivo. Por mais oportunista que possa parecer falar sobre seu futebol após uma sequência impressionante de três dobletes, não fazê-lo é, na mesma medida, injusto, não só pelo que vem mostrando, mas pelo que seu desempenho atual revela sobre as expectativas de seu futuro no futebol inglês.



Embora seja filho de pai nigeriano, Alli tem mãe inglesa, nasceu em solo britânico e lá cresceu como futebolista. Do MK Dons, clube que o recebeu aos 11 anos e lhe oportunizou sua estreia como jogador profissional aos 16, ao forte Tottenham, tem visto sua carreira só crescer. Por mais que sua personalidade forte e determinada tenham papel fundamental nisso, a forma como atua também o possui.

Diferentemente de tempos recentes em que a Inglaterra possuiu uma safra de jogadores excelentes, contudo semelhantes em características e que impuseram o rótulo de “engessada” à Seleção Inglesa – atletas da estirpe de Steven Gerrard, Frank Lampard e David Beckham –, hoje os bretões têm algumas esperanças em sentido diverso. Aptos a exercer diversas funções, peças como Adam Lallana e Ross Barkley (que vive má fase em sua carreira) são bons expoentes dessa realidade. Entretanto, nenhum deles a encarna tão bem quanto Dele Alli.

De movimentação intensa, Alli atua como se, metaforicamente, fosse uma mola, que vai à frente e retorna. Seu apoio constante aos companheiros e capacidade incomum para ler o jogo, constantemente, o colocam em condições de marcar gols e de ser decisivo. O meia é atleta que dificilmente se omite e agregador de jogo, pois impede que meio e ataque se desconectem.

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Alternativa como meia central, pelos flancos ou mesmo mais avançado, supre como poucos a necessidade cada vez mais evidente no futebol atual de figuras que exerçam múltiplas funções. Além disso, detém ótima técnica em seus fundamentos. Embora não possua maestria em qualquer deles e não seja um virtuoso nos dribles, não é deficiente em nenhum; seu passe e finalização são bons, sua noção de espaços notável e movimentação inteligentíssima.

É impressionante perceber que um jogador de 20 anos já tenha tanta maturidade enquanto atleta e, além de suas características, que potencializam o desempenho de seus companheiros e podem decidir partidas, o fator idade é outro ponto importante que coloca Alli como a grande esperança para o futuro da Inglaterra.

Em tempos de bons atacantes (Harry Kane, Jamie Vardy, Daniel Sturridge, Marcus Rashford), meio-campistas talentosos e de características variadas, uns mais táticos (Jordan Henderson, Jack Wilshere e Danny Drinkwater), outros mais técnicos (Barkley e Lallana), ainda havendo a presença forte e importante de Eric Dier na contenção, Alli pode se tornar o fio condutor do jogo do English Team.

“Ele é um jogador muito agressivo no ataque, implacável e determinado quando vai à frente, o que o torna perigo extra. Ele entende o jogo muito bem e é um mestre em atacar os espaços, é mentalmente forte e tem confiança em si mesmo. Ele é o jogador mais importante a aparecer no futebol inglês nos últimos anos”, disse Mauricio Pochettino, seu técnico no Tottenham, à Agência EFE, no início dessa semana.

Essa impressão só é reforçada quando pensamos no momento atual da maior referência da equipe. Aos 31 anos, Wayne Rooney, capitão inglês e outrora um atleta capaz de exercer grande número de funções de meio e ataque, não vive seu melhor momento. 

Em outros tempos, quando a Inglaterra precisou de um jogador que se movimentava como o Shrek, não havia na frente a artilharia pesada que hoje existe e o jogador precisou atuar mais avançado e isolado. Hoje, contudo, passado seu pico físico, tem concorrência mais qualificada tanto para ser agregador de jogo quanto para ser o poacher, o goleador. O atacante ainda é influência importante, mas sua escalação em todos os jogos já alimenta questionamentos.

Dando mostras regulares de personalidade forte e capacidade para exercer vários dos papeis que Rooney desempenhou durante a carreira, Alli se apresenta como um candidato forte a sucedê-lo no futuro. Talvez não como capitão, já que Henderson parece ser o candidato mais preparado para isso, quando ocorrer, mas como referência técnica.

Meio-campista de muitos gols (já são 47 em 174 partidas como profissional), criatividade, bom passe e que circula por todo o campo, Alli reúne em seu futebol um rol de características que unidas o tornam um atleta extremamente raro (talvez o grande expoente recente tenha sido Yaya Touré, que já não vive grande fase); tipo que todo treinador deve desejar e atleta que chama muita atenção. 

Por essas questões, é preciso reconhecer que Alli tem tudo para se tornar cada dia mais influente no jogo da Seleção Inglesa, assumindo as rédeas de seu meio-campo e tentando por fim a anos de expectativas altas e fracassos seguidos.



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