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Quais cuidados com a pele os atletas devem ter quando praticam esporte? Contato com equipamentos e outros esportistas pode provocar lesão na pele e nas unhas, reduzindo assim a principal barreira de proteção contra os agentes externos

Atletas também devem ter cuidado com a pele durante a prática esportiva(Foto: Arte/Eu Atleta)

Sempre que falamos em dermatologia relacionada ao esporte, pensamos quase automaticamente no dano solar por exposição direta. Porém, esquecemos que todo Atleta Apresenta Algum tipo de contato durante a sua rotina, seja com algum equipamento necessário (capacete, luvas, calçado, bolas, protetores, etc.) ou com outro esportista.

De fato, esse contato pode provocar, em menor ou maior grau, lesão na Pele e nas unhas, reduzindo assim a principal barreira de proteção contra agentes externos, e nos expondo a várias infeções bacterianas ou fúngicas.  

Além disso, segundo o dermatologista Misael do Nascimento, ”outro elemento que aumenta a incidência de patologias na pele e nas unhas é o aumento da umidade, provocado, por exemplo, pelo suor,  que altera o ph da pele, favorecendo assim a colonização por agentes nocivos para o organismo.”

Micose: doença causada por fungos ataca pele, unha e cabelos

Veja as alterações dermatológicas mais comuns nos atletas:

Dermatite por atrito
A dermatite no  esportista pode ocorrer por vários fatores, uma dos mais comuns é a fricção. Esta lesão é mais frequente na região das dobras (virilha, axila e antebraço) e apresenta-se como uma placa avermelhada, sensível e, raramente, com coceira, e corresponde ao que chamamos popularmente de assaduras.

Para prevenir, deve-se evitar o uso de roupas inadequadas para a prática esportiva, principalmente nas áreas das dobras, evitando-se assim o atrito.

Miliária
É uma dermatite inflamatória causada pela obstrução das glândulas sudoríparas, o que impede a saída do suor. No atleta, ocorre por exposição a ambientes quentes e úmidos ou pelo uso de roupas sintéticas, que aumentam a umidade por reterem calor. 

Apresenta-se como bolhas de água, que podem ser pequenas, transparentes e sem sinais de inflamação local, ocorrendo principalmente no tronco, pescoço, axilas e áreas de dobras.
Manter as áreas comprometidas arejadas e secas, e preferir o uso de  roupas de algodão ajudam na prevenção.

Micose
Tecnicamente chamada de tínea corporis, é uma das infeções fúngicas da pele mais comum. Costuma atingir a região inguinal (virilhas), coxas, nádegas, unhas e axilas, causando placas avermelhadas, intensa coceira e descamação.

É uma infecção fúngica que acomete a região genital e inguinal (virilhas), sendo a segunda micose mais comum, perdendo apenas para a tínea pedis ou o ”pé de atleta”. 

Todo atleta apresenta algum tipo de contato durante a sua rotina de treino ou atividade física (Foto: Getty Images)

Corredor precisa sofrer com a micose intertrigo, o famoso 'pé de atleta'?

"Pé de Atleta”
 O intertrigo ou “pé de atleta”, como é chamado popularmente,  acomete homens e mulheres que usam calçados fechados por tempo prolongado e permanecem com os pés úmidos por suor ou por não secarem corretamente após o banho ou mergulho.

Apresenta-se como uma área de pele branca macerada, com odor desagradável, podendo até ocorrer descamação. Acomete principalmente a região entre os dois menores dedos dos pés, porque são locais com maior tendência à umidade e menor circulação de ar. 

O intertrigo pode evoluir para uma tínea pedis ou tínea do pé, quando se associa à infecção por fungos, causada principalmente pelo hábito de andar descalço em lugares públicos. Também corresponde a um potencial risco para a saúde, uma vez que o fungo digere o extrato córneo entre os dedos, provocando fissuras que permitem a entrada de bactérias.

Tínea ungueal (onicomicose)
Lesão bastante frequente em unhas de atletas, com predomínio nas unhas dos pés em 80% dos casos, principalmente no dedo maior. Ocorre por vários fatores, como contato direto com local infectado, porém os principais fatores de risco são o uso de sapatos fechados por períodos prolongados e traumatismos que fazem com que a unha perca sua função de proteção.

O tratamento é prolongado, por um período aproximado de 3 a 6 meses, e dependendo do caso, pode ser feito via tópica ou oral.

Candidíase
Outra micose superficial que, em esportistas, acomete especialmente as áreas onde ocorre oclusão da pele (virilha, região entre os dedos, região inframamária, etc).  Causada por calor excessivo e umidade aumentada no local, apresenta-se como uma placa avermelhada, macerada, com leve coceira.  O diagnóstico e tratamento devem ser realizados por um médico. 

Enfim, o dano solar!
O dano solar entre os atletas já é bastante conhecido, por estar associado ao envelhecimento precoce da pele e à predisposição para formação de lesões malignas. 

Para evitarmos esse dano é necessário o uso correto do protetor solar, contra raios UVB e UVA, à prova d’água, que deve ser aplicado quinze minutos antes da exposição solar prolongada, sob a pele seca.  Outros fatores coadjuvantes para essa prevenção são as barreiras físicas, como bonés, camisetas, calças, e luvas com proteção UV encontradas em lojas especializadas.

Cuidar da sua pele antes, durante e após o exercício físico, favorece uma melhor performance, e evita doenças dermatológicas a médio e longo prazo. Consulte seu dermatologista, e de acordo com esporte que você pratica, ele poderá indicar as melhores medidas preventivas para seu caso.

*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com

GUILHERME RENKE
Médico pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia INCL RJ e Endocrinologia pela IPEMED. Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Membro do American College of Sports Medicine, Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Membro do Departamento de Ergometria e Reabilitação da SBC.

Via: Globo Esporte



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