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António Silva: "Aproveitar ao máximo todos os dias"


 

No mesmo registo – tranquilo e maduro – que o define e diferencia no terreno de jogo, António Silva deu uma entrevista ao jornal A Bola em que falou da sua primeira e inesquecível época ao serviço da equipa sénior do Benfica. Desde o momento em que o sonho se começou a desenhar na pré-época, em que fez por "mostrar" quem era, até à festa no Marquês de Pombal, o tempo passou a voar.

Quarenta e quatro jogos numa época! Eis o número de desafios que António Silva, aos 19 anos, tem pela Equipa principal do Glorioso. O defesa-central estreou-se no Bessa (27 de agosto de 2022), frente ao Boavista (0-3), ainda com 18 anos, uma "idade de transição", como o próprio descreve. Depois disso, não mais deixou de ser uma aposta de Roger Schmidt no onze do Benfica, quase sempre ao lado de Otamendi, com quem tenta "aprender ao máximo".

Se há um ano a sua ideia era começar a fazer a pré-época na equipa A, mas depois "descer para a equipa B", hoje, naturalmente, as "expectativas" são "completamente diferentes". Tudo isto e muito mais em 10 minutos à... António Silva, para ver e ler aqui.

FESTEJOS DO 38

"É algo que fica marcado na história dos jogadores e do Clube, depois de uma seca de quatro anos para o Benfica, algo que não é normal. Mas hoje já estamos a pensar no que vai ser a próxima temporada, que vai ser muito difícil para nós."

SER CAMPEÃO PELO BENFICA

"Eu, particularmente, não pensava acabar a temporada no Marquês como jogador. Sabia que ia ser muito difícil para mim, as coisas acabaram por acontecer, e estou muito feliz por poder fazê-lo pelo Benfica."

ONDE ESTAVA HÁ UM ANO?

"Há um ano o Campeonato de Juniores já tinha acabado, tinha sido campeão, provavelmente estava a ir de férias, como vou agora, mas com expectativas completamente diferentes. Sei que estava nas férias de verão, na altura até tinha ido para Barcelona com o João e com o Hugo Félix, e com mais um amigo. Estava na ansiedade de saber se começava a pré-época na equipa A, estava à espera que me dissessem alguma coisa. Quando cheguei de férias fui para Viseu, e comunicaram-me que ia começar a temporada com a equipa A, mas o que tinha na minha ideia era que ia começar, mas depois ia descer para a equipa B e fazer o meu percurso na equipa B. As coisas foram correndo bem, fui ficando. Começaram a surgir alguns sinais no treino e também no próprio jogo que eu poderia ter o meu espaço, mas nunca pensei que tivesse a capacidade de poder jogar uma temporada toda no Benfica, com jogos de Liga dos Campeões, e depois também com a entrada na Seleção."

A MAIORIDADE AOS... 18 ANOS

"Os 18 anos são uma idade de transição. Nos jogadores de futebol sabemos que as coisas acabam por ser diferentes. Tive a oportunidade de entrar na equipa A muito precocemente, e, neste momento, já tenho 19 anos, o tempo vai passando, e o que tenho de fazer é aproveitar ao máximo todos os dias que tenho no Clube e na minha carreira futebolística."

AGARRAR A OPORTUNIDADE

"Estava a tentar aproveitar ao máximo, tentar mostrar o que sou, quer ao míster, quer também aos meus colegas de equipa. Comecei a titular no jogo com o Reading, as coisas correram bem. A pré-época foi passando, acabo por entrar também no estágio do Algarve, joguei duas partes de 45 minutos... E as coisas acabaram por correr bem, até que surge a 1.ª jornada do Campeonato e os play-offs da Champions, e fui sempre convocado. A partir daí foi um processo, depois houve as lesões e acabei por aproveitar."


A INESQUECÍVEL TARDE NO BESSA

"Durante a semana não sabia se ia jogar. O míster depois acaba por me transmitir, também para não ser uma grande surpresa para mim, para me ir adaptando ao que ia ser o jogo. A decisão acaba por recair em mim, como poderia ter sido no Vertonghen, que era um jogador de muita qualidade, que sempre dignificou o Clube da melhor maneira possível. O míster acabou por escolher que eu jogasse, e as coisas correram bem."

O EXEMPLO DE OTAMENDI

"Acho que o Nico não é tanto pelas palavras e de vir falar comigo, mas é o que ele faz no treino e dentro do jogo para o qual eu tenho de olhar e tentar perceber. É um jogador muito forte nos duelos, na antecipação, que é o ponto mais forte dele, e depois é um autêntico guerreiro dentro de campo, dá tudo pelo emblema. É o nosso capitão, tentei aprender ao máximo com ele, quer dentro, quer fora do campo, como capitão também, porque tento sempre melhorar e tentar perceber aquilo que um capitão tem de transmitir para a equipa. Foi isso que aprendi com o Nico."

UMA QUESTÃO DE DUPLAS

"Eu sou central, não jogo só com o Nico, não somos um par. Ele sempre jogou também com outros centrais, cada jogador tem as suas qualidades, temos de nos adaptar uns aos outros. Assim como já joguei com outros centrais na formação, é normal haver mudanças, não vou jogar com o Nico a minha carreira inteira, como é óbvio. Por isso, é tentar coordenar com alguém, ou com os meus colegas, porque sabemos que há muita qualidade no eixo defensivo e qualquer jogador que jogue vai sempre ser uma parelha."

O TRABALHO FÍSICO


"Claramente que houve um plano que foi bem-sucedido no que é o trabalho de aumento de massa muscular, de velocidade, de potenciação, de aceleração e de core, essas coisas que são muito importantes no que é o jogo e o treino, porque sem dúvida que o nosso corpo é o nosso suporte e precisamos dele para jogarmos e treinarmos da melhor maneira possível."

DA FORMAÇÃO AO SONHO

"Sei que era lutar por um lugar, mas eu no início não tinha a expectativa de jogar. Estava a tentar aproveitar a pré-época. Sabia que ia ser muito difícil jogar, tinha na minha cabeça que eu até podia treinar na equipa A, mas que o meu jogo ia ser o ano todo na equipa B, porque era isso que estava, mais ou menos, planeado. Porque eu não tinha tido épocas na equipa B, tenho apenas quatro jogos. As coisas foram acontecendo, foram correndo bem, e ainda bem para mim, e também para o Clube, pois ter jogadores do Seixal na equipa A é muito importante. Espero que haja mais jogadores do Seixal na equipa A, que vai ser sempre o suporte do Benfica. As coisas foram-se proporcionando. Hoje, estou eu a jogar, joguei eu nesta época, mas amanhã pode estar outro e isso é o mais importante."

A CONFIANÇA DE ROGER SCHMIDT

"Confiou em mim, deu-me sempre toda a ajuda possível para eu estar bem nos jogos, que é o mesmo que faz com os outros jogadores."

OS CONSELHOS DE LUISÃO

"Luisão está sempre envolvido no treino e no dia a dia do centro de estágio. Foi-me dando sempre força, ajudando, passando palavras de motivação, de apreço, porque sabe que um jovem também precisa de algum carinho, ou de algum sermão, e ele sempre foi muito correto comigo, como é com todos os jogadores."

A NOITE ANTES DE DEFRONTAR MESSI, MBAPPÉ E NEYMAR

"Naquela altura estava a começar, eu queria era jogar, aproveitar. Sabia que era um momento muito especial para mim. A noite passei-a de forma normal, como sempre: jantei, dormi e descansei. Nervosismo suplementar? Não, acho que não. Sabia que ia ser um dia muito especial, acabou por ser um empate [1-1] que se calhar soube a pouco, mas para o Benfica, poder defrontar o PSG em casa [na fase de grupos da Liga dos Campeões] e jogarmos da maneira como jogámos, cara a cara, acho que foi um dia muito especial."

O BENFICA NA CHAMPIONS 2022/23

"Desde o início da época entrámos em todos os jogos para ganhar, provámos na fase de grupos que nos podíamos bater com qualquer equipa da Europa. É certo que os quartos de final tiveram um sabor agridoce, porque sabíamos que tínhamos capacidade para passar, mas os jogos tiveram a sua história, o Inter acabou por ser mais forte do que nós, passou e agora está na final com todo o mérito."

CENTRAL GOLEADOR

"Fiz cinco golos, tento fazê-los, é algo que também é muito bom para um jogador, sentir o golo, o festejo em conjunto com os adeptos. Nós, centrais, não temos essas oportunidades muitas vezes, eu tento criá-las, ser o mais incisivo possível nas bolas paradas ou em qualquer momento do jogo."

APRENDER COM OS MOMENTOS NEGATIVOS

"São coisas que acontecem. Um penálti contra o Sporting [na 1.ª volta]... acaba por ser um bocado duvidoso, mas é o que é. Tive um lance também em Alvalade em que podia ter feito melhor, mas, acima de tudo, são erros que têm de acontecer. Não vou passar uma época toda sem cometer erros, vão sempre acontecer. O mais importante é aprender com eles e tentar reduzi-los ao máximo."

OS PONTOS ALTOS NA LIGA PORTUGUESA

"As melhores exibições foram nos primeiros jogos, de um nível muito elevado. Depois tive uma quebra, também por causa do Mundial, porque fui jogando pouco. Foi um mês em que treinei e pouco joguei, é difícil voltar ao ritmo. Este jogo aqui em casa com o Braga [31.ª jornada da Liga Bwin] foi muito positivo."

A CHAMADA PARA O MUNDIAL

"Foi algo que aconteceu muito rápido. Na altura eram convocados quatro centrais, três um pouco mais fixos, e depois havia a opção para a quarta vaga. As coisas foram-me correndo bem, acho que os jogos da Liga dos Campeões também influenciaram a escolha do míster Fernando Santos. Sou-lhe muito grato por me ter convocado, mas qualquer jogador que fosse daria um contributo tão bom, ou melhor, e isso é o mais importante, que a Seleção vai estar sempre com jogadores à porta e vai haver sempre muita qualidade."

UMA ÉPOCA (QUASE PERFEITA)

"Acho que foi perfeita, ficou a faltar, se calhar, uma Taça de Portugal e ir mais longe na Liga dos Campeões, mas fico-me bem pelo 38 e também pela ida ao Catar [Mundial 2022], que foi sem dúvida um momento muito bom para mim. Espero que a próxima época seja melhor."




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