Quem assistiu à primeira parte da decisão da eliminatória, que valia um lugar na fase de grupos da Liga dos Campeões, não acreditaria que as escocesas eram quem estavam obrigadas a vencer. O domínio do Benfica foi avassalador e as águias apenas não saíram para intervalo na frente do marcador graças a uma excelente prestação da guardiã visitante, Victoria Esson, que foi sucessivamente evitando o golo.

A britânica protagonizou grandes intervenções a remates de meia distância de Andreia Faria (aos 17’ e 27’), Nycole Raysla (24’) e até numa 'carambola' após remate de Valéria Cantuário (32'). Aos 38', um remate colocado de Cloé Lacasse encontrou o travessão e o nulo prolongava-se pela segunda parte, que mantinha a toada dominante do Benfica, ainda que numa menor velocidade na execução.

O Rangers mostrava-se dócil no seu processo atacante, ainda assim mantendo-se a apenas um golo de forçar o prolongamento. Um cenário injusto, mas a águia seria punida aos 87 minutos num lance confuso na área encarnada, com a bola a ressaltar em Ana Vitória para que Emma Watson surgisse na recarga a confirmar a meia hora de tempo extra.

Um 'castigo' que espicaçou as águias, que necessitaram de dois minutos para marcar no prolongamento, através de excelente passe de Andreia Faria para o espaço livre e a progressão de Cloé Lacasse, que só travou... quando fez o 1-1.
 

O Benfica conseguia a vantagem (na eliminatória) que procurava, mas viu-se obrigado a jogar mais de dez minutos em inferioridade numérica mercê da expulsão de Lúcia Alves. Contudo, a passagem não esteve em causa. Pelo contrário, o conjunto encarnado conseguiu inclusivamente chegar ao golo da reviravolta no jogo, aos 119 minutos, num passe longo que desmarcou Jéssica Silva para o 2-1.