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Jorge Jesus: "Equipa teve coragem, alma e crença"



 

Jorge Jesus fez a análise ao desafio da 32.ª jornada da Liga NOS entre Nacional e SL Benfica, uma partida em que as águias estiveram a perder, mas conseguiram a reviravolta. Triunfo por 1-3 no Estádio da Madeira.

Primeiro na entrevista rápida, depois em conferência de Imprensa, Jorge Jesus fez a avaliação da partida, assumiu que houve duas partes distintas e que as mudanças no xadrez ao longo do desafio foram determinantes para a reviravolta no marcador. Tempo ainda para falar do "menino Gonçalo Ramos", da eficácia e também do VAR.

Análise ao jogo

"Entrámos taticamente desfocados. Lancei jogadores que não têm jogado tanto e não perceberam muito bem o que andavam fazer. Ao intervalo falámos, ajustámos ideias. Os jogadores que entraram [na Segunda parte] mudaram o jogo, principalmente o Everton e o Darwin e depois o menino [Gonçalo] Ramos. Precisávamos de um jogador com as características dele nesta segunda parte, onde a Equipa estava a chegar com muita facilidade à área, mas só tínhamos o Seferovic para três centrais. Falei com ele, expliquei-lhe como havia de se posicionar e acabou por fazer dois golos. A equipa teve coragem, alma, crença, que é isso que tem caracterizado o Benfica nesta segunda volta. Se ganharmos os últimos dois jogos, seremos a equipa com mais pontos nesta segunda volta. Isso prova o que foi a nossa primeira volta e também o que foi a segunda. Neste jogo, o Benfica da segunda parte foi o Benfica da segunda volta do Campeonato."

O sistema e as ideias

"Entrámos com um 4x4x2, com alguma dificuldade para termos largura no lado esquerdo. O nosso grande problema na primeira parte foi esse, o Cervi e o Luca não deram largura ao jogo e a equipa não tinha espaço. Esteve sempre mal posicionada na perda de bola, e o Nacional conseguiu dividir o jogo. Na segunda parte falámos, vimos o que tinha de ser feito para mudar e a entrada dos jogadores também ajudou a que isso acontecesse. Corrigimos posições, ideias e as substituições mudaram tudo. O jogo tornou-se mais fácil. Há uns meses esta segunda parte não existia porque os jogadores do Benfica não tinham capacidade física. Começámos de uma maneira, acabámos de outra, mudámos as dinâmicas de jogo, os jogadores, não os sistemas e as ideias."

O que falta jogar

"É importante ganhar ao Sporting [na próxima jornada] como hoje era importante ganhar ao Nacional, independentemente de o Benfica ter perdido o seu primeiro objetivo, que era ser campeão e, como já disse, sei perfeitamente porque é que não é campeão neste ano. Esta segunda volta mostrou um Benfica completamente diferente. Eu vou atrás do sonho quando ele depende de mim, não quando depende dos outros, portanto, não sonho com essa possibilidade [2.º lugar]."

A evolução de Gonçalo Ramos

"Estou muito feliz com os golos do Gonçalo Ramos. Ele tem evoluído muito. Vai ser sempre um goleador, nunca um segundo avançado. Vai ser um primeiro avançado e um bom primeiro avançado. Nunca torceu o nariz, mesmo chegando à uma ou às duas da manhã e no dia seguinte ser convocado para a equipa B e jogar. É uma mentalidade de um miúdo que quer vencer e é nestes jogadores que nós acreditamos. 'Estás a falar disto, porque é que não o puseste a jogar mais tempo?' Não! Os jogadores vão-se fazendo com o tempo. Há um mês ou dois não fazia estes movimentos e não conhecia tanto as ideias da equipa. Isto é a evolução, por isso é que a equipa tem feito uma segunda volta muita forte."

O VAR tem de mudar

"O que eu defendo é o futebol e tudo o que seja para ele evoluir. O VAR tem de mudar, e antes deste jogo eu falei disto... Não pode acontecer uma situação dentro do meio-campo de quem ganha a bola e, passado um minuto (onde houve várias ações de jogo, onde o adversário teve tempo para parar o jogo e de se organizar), o VAR ir buscar uma jogada atrás. Este não é um problema do futebol português, é um problema do futebol. Aconteceu o mesmo no recente jogo do Real Madrid com o Sevilha. Isto tem de acabar. É a interpretação. Tem de mudar. O VAR tem de ser só nas últimas três decisões do jogo. Não protege o futebol, não protege o espetáculo, não protege o jogo, não protege nada, é zero. O VAR veio para valorizar o futebol como no râguebi e no ténis, nas últimas decisões. Tem de haver uma conversa com todas as pessoas para isto mudar. Antigamente havia reuniões da UEFA e, se tornar a ir neste ano, vou abordar isto. Esta é uma defesa que faço em defesa do futebol, não em defesa do Benfica, e não é pelo golo anulado ao Nuno [Tavares] neste jogo."

Eficácia

"O Benfica fez três golos. Quando uma equipa tem quatro ou cinco oportunidades de golo, dizemos que é uma equipa que não foi eficaz. Quando uma equipa tem quatro ou cinco remates e faz três golos é uma equipa que rematou pouco à baliza. O que querem dizer com isto? Temos de começar a ganhar seis ou sete a zero…"

Muitos avançados

"Muitas vezes colocar muitos avançados não resulta e outras vezes resulta. Olhei para o jogo de uma forma e senti que ia resultar. E todos eram avançados com características e posicionamentos diferentes. Sabia que tinham condições posicionais para mudar o jogo. Não se fez tantos remates ao golo e fez-se golos. O que conta no futebol são os remates enquadrados. O que conta é na baliza, isso é que é estatística."





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