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LUÍS BERNARDO DESMONTA ESTRATÉGIAS DE ATAQUE AO BENFICA

O Ministério Público e a Polícia Judiciária terão juntado num processo único três dossiês com suspeitas levantadas sobre resultados do Benfica – é esta a manchete do semanário “Expresso” neste sábado. De acordo com o jornal, as autoridades decidiram concentrar o caso dos vouchers, o caso dos emails e a alegada compra de jogos numa única investigação.
O “Expresso” argumenta nas páginas interiores que essa decisão demonstra que o Ministério Público e a Polícia Judiciária admitem que são três faces de “uma estratégia encarnada de controlar ou condicionar os órgãos decisórios do futebol português, nomeadamente o sector da arbitragem”.

Em estúdio na BTV, Luís Bernardo, diretor de Comunicação do Benfica, respondeu a perguntas sobre as temáticas e esclareceu os Benfiquistas.

O que é que tem de novo esta notícia do “Expresso”?
De novo não tem nada, isto é, nada que não tenha já sido noticiado por outros órgãos de Comunicação Social. Aproveitamos esta oportunidade para dar uma palavra de esclarecimento e serenidade a todos os Benfiquistas. Vamos decompor os diversos aspetos focados por esta notícia, indo de cada um dos supostos casos para a tese geral. Começamos pelo caso dos vouchers. Já foi arquivado em diferentes entidades: na Comissão de Instrutores da Liga, no Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, no Tribunal Arbitral do Desporto e pelo Comité Disciplinar da UEFA. Estamos a falar de diversas instituições que já tiveram oportunidade de analisar e que arquivaram, demonstrando que não havia ali qualquer irregularidade.
É bom recordar que os vouchers eram uma preda dada dentro das normas estabelecidas pelas diferentes organizações, independentemente do resultado (ganhasse ou perdesse o Benfica), e que nunca nenhum árbitro se insurgiu contra tal facto. Temos o exemplo do atual presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, que também recebeu e melhor do que ninguém pode testemunhar que nunca sentiu qualquer tipo de pressão ou interpretou esse gesto como algo de ilegal ou irregular.
É bom lembrar também que esta denúncia partiu da parte do Sporting CP e do seu presidente, tendo também feito a denúncia à Polícia Judiciária. Desconhecemos neste momento em que trâmite está o processo. Apesar de ainda não termos sido contactados por parte da Polícia Judiciária em relação a este assunto, é natural que possam ter concentrado este processo e este caso noutro que esteja a decorrer.
Quanto à hipótese de compra de jogadores no Rio Ave Benfica de 2015/16…
A investigação sobre alegada manipulação de jogos que se sabe que existe tem a ver com o Feirense-Rio Ave. E estavam cinco jogadores indiciados. De repente passaram a quatro. A seu tempo também se saberá porque é que o quinto jogador, que é um empréstimo de um dos nossos rivais, desapareceu do processo.
Vou-me cingir àquilo que veio a público: dos quatro jogadores que diziam que o Benfica teria eventualmente tentado subornar, veio-se a saber que um nem estava em Portugal, jogava no estrangeiro, e outro nem atuou nessa partida. Quanto aos outros dois, o guarda-redes Cássio e o defesa-central Marcelo, basta consultar toda a Comunicação Social da altura para se constatar que até foram dos melhores em campo. Portanto vale o que vale. Inclusive dizem que é uma denúncia não confirmada. Em relação a essa situação, o Benfica nunca foi contactado.
E o caso dos emails?
Esse é conhecido, já há desenvolvimentos. O que acontece é o seguinte: o Benfica está perfeitamente tranquilo. Não há nenhuma instituição neste País que tenha visto toda a sua correspondência privada na praça pública. E a verdade é que até hoje não há um facto sobre o qual se possa dizer que existe uma relação de causa-efeito no que respeita a qualquer tipo de interferência que tenha acontecido e que tenha resultado numa qualquer alteração de um resultado. O que é grave, e ainda esta semana o pudemos constatar, é ver na praça pública o boletim clínico de atletas, que é a informação mais privada e confidencial que deve existir para qualquer cidadão. O que assistimos é a uma total inércia do Ministério Público e isso é inconcebível.
Outro exemplo do absurdo a que isto chega: recentemente um comentador conhecido esteve 20 minutos na televisão a descrever o que era uma troca de correspondência normal entre elementos do gabinete de comunicação do Benfica, perfeitamente natural sobre estratégica, etc., e invocava o facto de Luís Filipe Vieira ter conhecimento… “Está aqui o Luís Filipe, está aqui o Luís Filipe”… E ao fim de 20 minutos, depois de estar a descrever aquilo que são emails privados que não têm qualquer gravidade, é que o informaram que aquele Luís Filipe afinal era um elemento do gabinete de Comunicação e não o presidente Luís Filipe Vieira.
A leviandade com que isto tudo é tratado é que é preocupante. O Benfica está tranquilo em relação aos emails, quer que a justiça faça o seu trabalho de forma criteriosa, com serenidade, mas também com a necessária celeridade. Em relação a estes três temas a posição do Benfica é de estar com a tranquilidade de quem tem a razão e não cometeu qualquer tipo de ilegalidade.
Agora vamos à tese geral, que também é extraordinária: o controlo do Benfica do futebol português. Os dois principais responsáveis de estruturas ligadas ao futebol são o presidente da Liga, que curiosamente foi eleito com votos do FC Porto e do Sporting e com os votos contra do Benfica. Se o Benfica tivesse esse controlo e esse poder, o presidente da Liga até seria uma pessoa escolhida pelo Benfica; não foi! Segundo facto: o atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol, que, diga-se de passagem, está a fazer um extraordinário trabalho reconhecido por todos, é um ex-dirigente do FC Porto. É ele que escolhe os elementos do Conselho de Arbitragem e do Conselho de Disciplina. Como é que uma coisa joga com a outra. Quem tem um poder de controlo naquilo que é mais evidente teria toda a capacidade e preocupação de pôr nos principais locais dos organismos do futebol português pessoas que estivessem ligadas ao Benfica. Logo por aí a tese perde todo o seu efeito.
Porque é que o Benfica tem ganhado mais? Porque tem mais e melhores projetos; porque houve um trabalho de infraestruturas que é notável e único em Portugal; porque tem melhores treinadores. Não é por acaso que ainda há dois anos um dos treinadores que contribuíram para o Tetra, o Jorge Jesus, foi contratado pelo Sporting, que quase sentiu essa contratação como uma conquista de um campeonato, naturalmente pela qualidade que reconhecia ao seu trabalho. O Benfica ganha mais porque tem melhores jogadores, melhor formação - isso é reconhecido internacionalmente nos mais diferentes estudos. O Benfica ganha mais porque está no top das assistências; ganha mais nas receitas com patrocinadores, parceiros. Construiu um projeto que lhe permitiu ganhar o Tetra e ambicionar o Penta.
Eu posso estar aqui a falar dos projetos de futuro do Benfica: o alargamento do Caixa Futebol Campus, a construção de um futuro Centro de Treino de Alto Rendimento… Permite explicar às pessoas que há aqui um conjunto de projetos para o futuro. Agora diga-me um projeto que o FC Porto e o Sporting possam apresentar. Diga-me apenas um! Naturalmente há uma tendência para encontrar uma explicação montar toda uma estratégia com denúncias anónimas e suspeitas levantadas para criar a ideia de que as vitórias, que foram conquistadas com verdade desportiva e dentro de campo, se deveram a outros fatores.
Atendendo à forma como este Campeonato está a ser discutido pelos três crónicos candidatos ao título, e entrando já na segunda volta, acredita que esta estratégia ou tentativa de condicionar ambiente no futebol português vai agravar-se ainda mais?
Eu penso que sim, porque há um desespero muito grande da parte dos nossos adversários para ganharem e apresentarem resultados, até tendo em conta as dificuldades financeiras que enfrentam.  A mim compete-me falar sobretudo do Benfica e aquilo que podemos afirmar a todos os Benfiquistas é que estamos com a serena determinação de quem tem razão. Os Benfiquistas nada têm a temer. Estamos dispostos para dar todos os esclarecimentos no local adequado. Temos tido a preocupação de uma certa sobriedade, de evitar entrar neste foguetório. Estamos muito tranquilos nesse sentido, mas há sinais preocupantes.
Ainda esta semana fomos alertados que se estava a congeminar uma estratégia de dar a entender que havia manipulação nas apostas desportivas. O que o Benfica fez quando teve conhecimento foi contactar as entidades de monitorização das apostas, informando que chats ligados ao FC Porto estavam a montar uma estratégia para fazer uma aposta concentrada nesses jogos no sentido de passar a ideia de que era o Benfica. Ainda bem que houve quem nos fizesse chegar isso. Fizemos o nosso trabalho, enviar para as entidades competentes, no sentido de precaver e alertar para esta situação. E é isto que tem sido o futebol português nestes últimos tempos: armadilhas e certas situações para de alguma forma fazer esquecer os maus resultados que se têm conseguido.
Este último caso a que fez referência de uma estratégia de criar uma imagem falsa relativamente a apostas para os jogos do Benfica é mais uma dessas faces criativas dessa estratégia de afetar a imagem do Benfica?
É mais um elemento, aí está mais uma prova. Apelamos a que a justiça faça o seu trabalho célere. Na questão dos emails é muito preocupante esta inércia, porque agora é o Benfica, de hoje para amanhã pode ser com outra entidade qualquer. Portugal não pode ser visto como um paraíso do cibercrime. As entidades competentes têm de assumir posições fortes, Não é possível verificar todas as semanas um anúncio de que se vai cometer um crime – porque a violação de correspondência é crime – e nada seja feito. Isso é um mau sinal para a sociedade nos mais diversos sectores.
Dificilmente qualquer outra instituição conseguiria passar este teste. Todos os nossos emails estão na praça pública e não há um dado concreto que se possa dizer que aqui há algo de ilegal ou um crime cometido. Nada. Depois da devassa que houve sobre a vida privada desta instituição não existir um facto desses diz muito por que estamos tão serenos em relação a saber que neste clube não foi cometida nenhuma ilegalidade.
O outro objetivo desta divulgação de notícias ou avanço de alguns casos com alegadas suspeitas, além de obviamente colocar em dúvida a credibilidade e o trabalho do Benfica nas últimas épocas, tem também o objetivo de dividir os Benfiquistas?
Obviamente que há essa tentativa, mas os Benfiquistas estão muito unidos. Lá estaremos todos no Belenenses-Benfica na segunda-feira, aí é que temos de dar a nossa principal resposta. O Benfica cada vez mais vai ter uma postura construtiva e pela positiva. Os Benfiquistas têm de ter noção de que a marca Benfica vende muito e, com a crise que há no papel, muitas vezes vamos ser tema de manchete e de capa nos jornais, mesmo que seja uma repetição de notícias já conhecidas.
Os Benfiquistas têm de estar preparados para toda essa contrainformação. Vamos comunicar cada vez mais com os Benfiquistas, vamos é concentrar-nos nas vitórias desportivas, na criação de infraestruturas de futuro para as novas gerações. É esse o principal foco. Aliás, o presidente Luís Filipe Vieira é muito claro em relação a isso na mensagem que nos passa: o ruído fica lá fora, vamo-nos concentrar naquilo que temos de fazer, temos de dar a melhor resposta, em termos desportivos são as vitórias nas diferentes modalidades, este ano sobretudo rumo ao Penta, é nisto que devemos estar todos focados.


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