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ISAÍAS, O PÉ-CANHÃO QUE VIBRA COM O BENFICA EM DIA DE ANIVERSÁRIO

Tags: benfica onde

Isaías, o Pé-Canhão da década de 1980 e 1990, comemora 54 anos. Cinco deles passou-os ao serviço do Benfica e foi no Clube que se tornou um dos futebolistas que marcaram o campeonato português. Deixou o seu nome gravado na história do emblema benfiquista, de onde levou recordações para a vida.

Isaías Marques Soares, ou simplesmente Isaías. Era assim o seu nome de guerra nos relvados portugueses. Uma ameaça a todos os guarda-redes, com os seus inconfundíveis remates fulminantes que, invariavelmente, davam aqueles golos de bandeira.
Um ano em Vila do Conde, com a camisola do Rio Ave, foi suficiente para dar o salto para o Boavista – onde esteve duas temporadas (1988/89 e 1989/90). Dois anos de alto nível no Bessa garantiram uma transferência memorável para o Estádio da Luz
"Aconteceu naturalmente, pelos jogos que eu tinha feito pelo Boavista, Onde tinha mostrado qualidade. Foi essa a principal razão da minha transferência para o Benfica. Joguei no Bessa e marquei um golo num jogo em que ganhámos 1-0 e, nesse momento, ficou praticamente cimentado o acordo entre as duas direções", contou o ex-jogador em entrevista ao Site Oficial.
"Na semana anterior, o presidente do Boavista tinha-me dito que os três grandes estavam interessados na minha contratação. Atualmente, penso que nesse momento já estava tudo certo com o Benfica. Os jogadores de referência que o Benfica tinha – Ricardo Gomes, Mozer, Valdo... – também pesaram na minha decisão. As direções entraram num acordo e eu fui assinar o contrato", recordou.
Aquele que ficou também conhecido como Profeta foi aposta do então treinador encarnado, Sven-Goren Eriksson, e o médio rapidamente provou que tinha valor para se impor como titular na equipa encarnada.
"Eu estava a chegar a Portugal, não conhecia muito. Não sabia ainda diferenciar os clubes, as camisolas. Eu era o patinho feio que estava a chegar a uma ilha maravilhosa. Comecei a perceber, através da Imprensa e do convívio com os jogadores – principalmente os estrangeiros –, e foi contagiante esta mística. Surgiu de uma forma muito rápida", descreveu.
"Sabia que, se quisesse ser titular no Benfica, teria de trabalhar muito. Focar simplesmente no trabalho. Foi isso que eu fiz", referiu.  
"É sempre contagiante vestir uma camisola como a do Benfica. Depois, eu passei a acompanhar mais o historial, a mística do Benfica e é realmente um privilégio de poucos vestir essa camisola. E eu, com o meu trabalho, consegui honrar a camisola. Não tenho arrogância, tenho uma satisfação muito grande em contar aos meus amigos os tempos que passei no Benfica."

Ao falar-se de Isaías não há quem não recorde os fortíssimos remates de longe que lhe valeram a alcunha Pé-Canhão.

"Apesar de termos conquistado só dois títulos nacionais e uma Taça de Portugal nesses cinco anos, foi maravilhoso. Consegui atingir um patamar dentro do Benfica que é privilégio de poucos. Vinha de Cabo Frio, uma cidade que ninguém conhecia e conquistei logo parte do Benfica… Ganhar jogos já era maravilhoso, ganhar títulos era melhor ainda. O primeiro título no primeiro ano já foi uma coisa fantástica", salientou.
Esteve ao serviço das águias durante cinco anos, entre 1990/91 e 1994/95. Nesse período, realizou 178 jogos e apontou 71 golos, alguns dos quais verdadeiramente memoráveis e fundamentais para o títulos conseguidos em 1990/91 e em 1993/94.
"Ficámos muito felizes com o título conquistado em 1993/94, porque foi uma altura em que tínhamos de jogar contra tudo e contra todos. Com muita dificuldade, soubemos dar a volta às adversidades e conquistámos o campeonato. Foi marcante, até pelo percurso que fizemos. A conquista da Taça de Portugal também foi muito bonita, numa festa maravilhosa no Jamor. É um ambiente incrível, com pessoas a acampar na rua de um dia para o outro, a vibrarem… E acreditavam que íamos ganhar o jogo, claro", afirmou.
"Nessa minha segunda casa deixei um bom legado e uma história maravilhosa", assegura.
O Pé-Canhão tem pelo Estádio da Luz – marcou 36 golos no antigo recinto – o afeto de quem que ali viveu alguns dos momentos mais marcantes da carreira. Apesar do carinho e da nostalgia com que recorda a velha Catedral, onde jogou e marcou perante 120 mil espectadores, Isaías aprecia a modernidade e o conforto do novo estádio.
"A sensação de jogar com 120 mil pessoas nas bancadas é, obviamente, muito maior do que jogar com 65 mil. O Estádio da Luz é o mais bonito de Portugal e, neste novo, as pessoas estão mais perto dos jogadores, mas nunca é igual jogar perante o dobro dos adeptos", opinou.
"A única coisa que o estádio antigo perde para o novo são as estruturas, não dentro do campo, mas tudo o que está em torno do relvado. A estrutura dentro do próprio Estádio é uma coisa espetacular, muito bem pensada", elogiou.
O Penta, na Liga NOS, é o grande objetivo do Benfica na temporada. Isaías confessa que, "por incrível que pareça", tem acompanhado a equipa liderada por Rui Vitória de forma "superficial", mas acredita que "o Benfica está a começar a engrenar novamente".
"Temos de continuar a trabalhar, a acreditar no míster e mostrar em campo a qualidade que os jogadores do Benfica têm, sem se precipitarem. Vamos chegar ao título. O importante é não perdermos pontos em casa. Acho que o Benfica está no caminho certo", afirmou.
Para isso, muito tem contribuído Jonas. O avançado é, para Isaías, quem se destaca na equipa do Campeão Nacional, ele que já ultrapassou o Pé-Canhão, tornando-se o maior goleador brasileiro do Benfica aos 72 golos.
"O jogador do Benfica que está constantemente em destaque é o Jonas. O homem que marca e continua a marcar. Que continue a marcar porque é um jogador com muita qualidade e que faz a diferença. Claro que não trabalha sozinho e não faz a diferença sozinho, precisa da ajuda e da entrega dos companheiros, mas penso que está no caminho certo", disse.
Em dia de aniversário, Isaías assume que "receber presentes é sempre bom, seja um carinho, um abraço, tudo o que seja de coração".
Com a entrada de Artur Jorge no Benfisa, Isaías saiu do plantel, indo então para Inglaterra, onde assinou pelo Coventry. Por lá ficou duas temporadas e, apesar da sua idade (já com 34 anos), ainda assinava exibições de qualidade, voltando a Portugal para jogar pelo Campomaiorense. Um jogador que deixou saudades em todos os clubes por onde passou e que fará sempre parte da história de um dos melhores períodos do Benfica.
"Penso que 80 por cento dos adeptos do Benfica se lembram do Isaías e têm um carinho especial por mim", disse.
"O que eu posso dizer aos Benfiquistas é que continuem a acreditar que o Benfica vai conquistar o título. Claro que é preciso trabalho, muito trabalho. Quando se trabalha, conquista-se. O Benfica tem potencial e tem estrutura", finalizou.


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