“Alternámos a marcação do canto, porque sabíamos que havia um momento mais frágil na área do Feirense, mais concretamente na zona longe do poste e aproveitámos Isso. Os jogadores acreditaram. Tínhamos de voltar a marcar de bola parada”, afirmou. 

“Entrámos fortes. Era fundamental não dar conforto ao Feirense. Há uma jogada antes do golo que foi muito bem delineada, com um passe do Rúben Dias entrelinhas, o Diogo Gonçalves faz um passe atrasado e Jonasremata. Poderia ter dado golo, mas não aconteceu. O Feirense não soube, nesta altura, parar o nosso processo ofensivo”, recordou. 
Rúben Dias e Diogo Gonçalves têm crescido muito em termos exibicionais e isso mesmo foi reconhecido pelo técnico. 

“Estou muito satisfeito. Gosto particularmente das respostas dadas por jogadores jovens que são chamados a contextos de exigência elevada e que têm capacidade de responder. É mérito deles, de uma Formação integral que possibilita que estes jogadores cheguem à equipa do Benfica com um nível competitivo elevado. Sabemos que, à medida que os jogos vão acontecendo, o impacto no desenvolvimento destes jovens é enorme”, disse. 

“O Rúben tem um bom jogo aéreo e vai com muita determinação. Tem estado perto do golo. Acredita que a bola pode sobrar para ele”, sublinhou Rui Vitória. 

A equipa de Santa Maria da Feira criou perigo em remates de meia distância e em lances de bola parada. Svilar, entre os postes, correspondeu sempre. 

“A equipa do Feirense optou por atacar através de lances de bola parada. O Svilartem muita qualidade e esteve muito concentrado nos remates. Isso é revelador do trabalho que tem vindo a desenvolver”, considerou o técnico. 

O 2-0 para o Benfica esteve perto em várias ocasiões. Uma delas foi num remate de Salvio e Rui Vitória explicou o que mudou da primeira para a segunda parte. 

“Era importante que não deixássemos o Feirense se posicionar quando recuperávamos a bola. Ao intervalo apelámos a isso, que um lance defensivo se transformasse em ofensivo. Foi isso que aconteceu no lance entre o Seferovic e o Salvio”, esclareceu. 

RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS DOS ADEPTOS

Quando fiz uma alusão a este assunto não era concretamente em relação àquele ou a outro sistema tático, mas sim em relação a nuances. Estava dependente de vários fatores, nomeadamente jogadores. Temos um modelo de jogo, mas não gosto muito de falar em 4-4-2, porque isto é tudo muito dinâmico. Temos utilizado outros sistemas, nomeadamente com o Manchester United. Tem muito a ver com a disponibilidade dos jogadores ou com o que pretendemos para o jogo em concreto. Depende da estratégia em relação ao adversário. 

Qual é a estratégia para voltar a ganhar o campeonato?
Queremos muito um objetivo final que se resolve em maio. Mas para isso há microestratégias que são ultrapassadas jogo a jogo. Temos de nos focar em cada jogo. Não gosto de pensar a longo prazo. O percurso é longo, há várias alternâncias. As contas fazemos no final. 

PEDRO MARQUES – SEIA 

De que forma vai preparar o próximo jogo com o Manchester United?
Vamos começar a treinar a partir de sábado [hoje] com o foco no Manchester United. Entramos em cada jogo para vencer e a abordagem vai começar agora. O primeiro passo é analisar o que foi feito na Luz, conhecer bem o adversário e a nós próprios, de forma a percebermos como podemos enfrentar o jogo. Vamos jogar uma cartada. Não será fácil, mas vamos com o objetivo de vencer.