
A vida fenomênica carrega em si oportunidades incontáveis de aprendizado, e um dos mais destacados que conheci é a necessidade que temos de reaprender a aprender.
Na vida, a mudança é certa... novos eventos, novas pessoas, novos cenários, novas situações... o novo, a mudança, revelam-se a todo momento.
Embora a mudança, o impermanente, o transitório sejam fatos certos na vida de toda a gente, há quem resista...
Embora a mudança, o impermanente, o transitório sejam fatos certos na vida de toda a gente, há quem resista...
É sério... seriíssimo! Acredite: há gente que rejeita a transformação por meio do apego ao velho. Há o apego aos velhos conhecimentos, às velhas soluções, às velhas crenças, aos velhos hábitos... Brincadeiras à parte, rejeitar o novo é conhecido e comum hábito observável.
Ok, a mudança é aparentemente desconfortável. Porém, mais desconfortável é o sofrimento causado por rejeitar a mudança - observe! Vou dar um exemplo: a pessoa do tipo “eu já sei”...
Você conhece alguém assim? A pessoa do tipo “eu já sei”, tende a se agarrar à sua disposição de conservar o que já conhece e normalmente trata novos conhecimentos com velhos filtros de percepção carregados de opiniões, conceitos e suposta sabedoria...
O “eu já sei” costuma rejeitar o novo apresentando o velho, pois considera que detêm muitos conhecimentos... Se o velho funcionar bem e servir bem às novas situações e eventos, ok, nenhum problema. Mas quando não há utilidade no velho, a abertura a novos aprendizados e a disposição de reaprender a aprender revelam-se atitudes pacificadoras excepcionais.
Quando tratamos do sofrimento psicológico, há algo interessante no reconhecimento do que já é conhecido: ‘É’ útil? Praticável? Está à disposição? Quando necessário, é utilizado? Uma única resposta “não”, indica que há algo mais para conhecer além do que já é conhecido.
Exemplo? Você sabe lidar com a irritabilidade, conhece alguma ferramenta? Sim? É útil, praticável, disponível se necessário, e você usa quando precisa? Um único “não”, já indica que é preciso aprender algo mais. Se o “não” for para a última pergunta... amigo... amiga... há mais ainda a aprender!
Se há uma crença que nós podemos guardar (mas para usar, não para empoeirar na memória) sem receio, é esta: “Delicie-se com a possibilidade de aprender sempre, principalmente aprender a aprender”.
Um abraço, do amigo Lucius Augustus, IN.