
Há momentos fartos de pedras preciosas: deliciamo-nos com estes... Às vezes é tamanha nossa satisfação, que nem nos damos conta do quão gratificante é viver a nossa vida... o quão gratificante é vestir nossa pele e corpo... é fantástico! De tão realizador o momento, não atentamos às preciosidades, apenas curtimos. E é ótimo curtir, mas ainda melhor é curtir com atenção àquilo que é curtido... aquece o peito e treina nosso olhar.
Há momentos que se apresentam como se neles nada houvesse além de pedras sem valor, pontiagudas e ásperas... Momentos que preferimos evitar – embora boa parte seja inevitável (mas rejeitamos a inevitabilidade... ou preferimos desconsiderá-la, no mais das vezes). Nesses momentos, tencionamos... ansiamos... tememos... e os rejeitamos. Assim, reconhecer nessas ocasiões que JÁ fluímos, essencialmente, em harmonia com o Fluxo-Vida, é bastante difícil. Além disso, às vezes é tamanha nossa insatisfação, que nem nos damos conta do quão gratificante é viver a nossa vida.
Satisfeitos ou insatisfeitos, sejamos gratos: o ‘reconhecimento com amor’ é a atenção voltada aos detalhes que constituem nossos momentos, nosso agora. A gratidão oferece beleza à harmonia que já existe entre nós e a vida (o fluxo), e graças a ela, nos tornamos hábeis para perceber tal harmonia Desse modo, independendo de como é o momento, reconhecemos sempre a existência de preciosidades, e por isso mesmo, nos sentimos em paz.
Gratidão gera mais reconhecimento, pois nutre nossas lentes mais refinadas, e reconhecimento resulta em gratidão. Então, gratidão só gera mais gratidão, e assim inundamo-nos de amor, por nós, pelo outro, pela vida...
Esse é o mundo dos detalhes, alma amiga! E nossa disposição de reconhecer as preciosidades nos faz sóbrios para vivermos de um modo mais gostoso e com entusiasmo.
Força, coragem, fé!
Um abraço,
Seu amigo, Lucius Augustus IN.