“Levanta-te e resplandece, porque vem a tua Luz, e a Glória do SENHOR vai nascendo sobre ti!” (Is 60.1)

A Flexibilidade é a capacidade de realizar movimentos em certas articulações com apropriada amplitude de movimento. Ser como o bambu implica trabalhar o “eu interior”. É entender que o cuidado interno requer tempo e paciência, e não importa o quanto se é atingido pelo vento ou pela tempestade, porque se aprende a ser flexível,  e, acima de tudo, resistentes. É provável que em todo o reino vegetal não exista uma planta mais marcante e cheia de mistérios do que o bambu. O bambu simboliza a força, o frescor e a beleza do verão. O bambu contém em suas sementes o poder do triunfo e da força. Quando ele consegue tocar o céu, não importa se o infortúnio cai sobre ele e alguém o corta. Ele voltará a acariciar o topo novamente.

A Piracema é um fenômeno que ocorre com diversas espécies de peixes ao redor do mundo, sendo uma importante “estratégia reprodutora”. A palavra Piracema vem do tupi e significa “subida do peixe”. O processo recebe esse nome, porque todos os anos, algumas espécies de peixes nadam rio acima, em busca de locais adequados para reprodução e alimentação. A Piracema garante que o peixe complete seu ciclo de vida e dê continuidade à sua espécie. Grande jornada rio acima, os Salmões nadam contra a correnteza, vencendo obstáculos naturais, como as cachoeiras, e também aqueles criados pelo homem, como barragens hidrelétricas. Nadam mais de dois mil quilômetros até alcançarem as nascentes , sendo uma viagem exausta, mas “essencial para a reprodução”.

Pororoca é um fenômeno natural caracterizado por grandes e violentas ondas que são formadas a partir do encontro das águas do Mar com as águas do rio. Este duelo de Titãs, entre as forças da natureza, Mar e Rio disputam a ocupação de espaço. O Mar empurra seu adversário, tentando, literalmente, “invadir a praia” do vizinho. O Rio, por sua vez, resiste ferozmente. Dessa luta surge um grande estrondo, a Pororoca.  Ondas fortes, poderosas, temidas por todos que ousam desafiá-la. O Mar, na sua luta incansável, puxa o Rio.  Silêncio Mortal, os animais se calam e recolhem-se. Os pássaros fogem em retirada. O tempo fecha, fica nublado. A chuva cai. Uma força que não se tem como dominar, que vem do nada, e a briga por espaço marca a disputa pelo Poder. Daí o estrondo, o estardalhaço. Não se sabe quem “vence” quem. Quando o Mar invade o Rio, é porque o Mar é formado principalmente pelos cursos de água dos Rios, que nele desemboca. A grande flexibilidade do Rio, que sempre corre para o Mar.

A Flexibilidade é a disposição de aceitar as circunstâncias e de se ajustar a qualquer mudança que se possa encontrar. A vida tem imprevistos para os quais a melhor resposta é a flexibilidade.  Embora seja sábio planejar o futuro, se deve fazê-lo conscientes de que os propósitos de Deus podem ser diferentes do pensamento do homem. Em vez de dizer simplesmente: “Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade”, o apóstolo Tiago aconselha aos discípulos ser flexíveis em relação à direção de Deus na vida. E afirmou: “Em vez disso, devíeis dizer: Se o SENHOR quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (v.15)  O desejo de seguir o Rio da Vida, faz o coração descansar em Seus Planos perfeitos. A Flexibilidade de Samuel, mesmo tão pequeno no Templo, lhe deu a adaptação a toda e qualquer circunstâncias. Samuel precisou aprender a ver a vida com os olhos de Deus. O maior de todos os juízes precisou de prontidão para fazer adaptações. Ele não se tornou uma criança amargurada pelo voto que sua mãe Ana fez, em entregá-lo no Templo. Cresceu longe da sua família, mas aprendeu que a flexibilidade ocupou o papel principal da sua história, porque Samuel aprendeu a ouvir a Voz de Deus: “Eis- aqui SENHOR”.

“MÔNICA DRUZIAN” – Psicopedagogia Através da Palavra