“E Eu pedirei ao Pai, e Ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da Verdade. O Mundo Exterior não pode recebê-lo, porque não O vê nem O conhece. Mas vocês O conhecem, pois Ele vive com vocês e estará em vocês, dentro do seu Mundo Interior”. (Jo 14.16,18)

Se estudar um assunto com atenção, esse assunto aparece nítido, claro, ao espírito. Diz-se então que ele é consciente,  e que constitui o “conteúdo da Consciência” nesse momento. Essa reflexão e análise exigem certa duração e servem-se da atenção e da memória. O espírito, por assim dizer, desdobra-se no sujeito que conhece e no objeto a conhecer. O sujeito então analisa, reflete, e o que a princípio era confuso e global, torna-se claro e distinto. É o que se chama “consciência reflexiva”.  A “Consciência” pode ser definida como: “a função pela qual se conhece a vida interior, isto é, os fenômenos psíquicos que todo momento se passa neste Mundo Interior”.  Haverá uma guerra entre o Mundo Interior e o Mundo Exterior. “Batalhas constantes entre aqueles que têm a mente corrompida e que são privados da verdade, os quais imaginam que a piedade é fonte de lucro”. (1 Tm 6.5)

O Que é o Mundo Interior? Segundo José Roberto Marques: “Quando se fecha os olhos,  uma pessoa continua enxergando, porém de uma maneira diferente da visão tradicional. Geralmente, isso acontece quando se deita para dormir e se fecha os olhos até que o sono chegue”.  Com a correria do dia a dia, as pessoas estão sempre focadas ao Universo Exterior, que é o Universo que elas enxergam com os olhos humanos. Com isso, deixam de olhar também para si mesmas a fim de conhecer o seu próprio Mundo Interior. Neste Mundo Interior é o local dos desafios, de descobrir sua essência e aprender a lidar com o Mundo da Coragem.  Isso é importante porque a forma como cada pessoa vive e sente surge primeiro dentro do seu interior para só depois ser colocado para o externo. “Então, Jesus propôs também uma Parábola: É possível um Cego guiar outro cego? Não acontecerá que ambos venham a cair em algum buraco”?

A Parábola do Cego que guia outro cego está no contexto do Evangelho em que os fariseus, em suas hipocrisias, valorizavam mais as práticas “exteriores” do que realmente seguir os ensinamentos da prática do “Amor”. A maioria dos fariseus e escribas estava cega e surda espiritualmente. Há cegos do corpo e cegos do espírito, e se horrível é a cegueira do corpo, mil vezes pior é a cegueira espiritual. É impossível encontrar um cego guiando outro cego, ao passo que, no que se refere às coisas do Espírito Santo de Deus, por toda parte, cegos que guiam cegos. O orgulho é a catarata que cobre a visão daqueles que a si mesmos se acham sábios em sua própria sabedoria. Para o cego do Espírito, o Mestre ensina a consequência: “se um cego guiar outro cego, ambos cairão no abismo”. “Sabes que os fariseus ouvindo o que disseste, ficaram escandalizados”?

Mas o Mestre respondeu: “Toda a planta que Meu Pai Celestial não plantou será arrancada pela raiz. Deixai-os, são cegos guias de cegos. Ambos cairão no buraco”. Que acontece ao cego que caminha sem Guia? Um cego ignorante do Mundo Interior não podem guiar almas. Para entender a importância de conhecer o seu Mundo Interior, é preciso concentrar sua energia neste Caminho que direcionará sua meta e construir a sua própria história. Respondeu Jesus: “Eu Sou o Caminho, a Verdade, e a Vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por Mim”. (Jo 14.6) Portanto, a orientação espiritual é poder reconhecer que há mais do que os olhos humanos podem ver e buscar neste Mundo Exterior. Em muitos momentos da vida todas as pessoas buscam  por uma “Consciência Reflexiva” à respeito da sua existência. Muitas vezes o Orientador Espiritual também está buscando pela Paz Interior. O Espírito Santo vai muito além deste Mundo Exterior, pois Ele é o próprio Deus. A origem da palavra “espírito”, na Bíblia, se traduz como algo invisível aos olhos do ser humano mas que produz algo visível. O Mestre disse que Ele é o “Conselheiro de todas as Almas”, o Guia para o Mundo Espiritual. O SENHOR Jesus Cristo é apresentado nos Evangelhos como sendo o Messias há muito profetizado, que batiza não com água, mas com o “Espírito Santo” e com Fogo. (Lc 3.16)

“Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”. (1 Co 6.19,20)

“Rev@: “MÔNICA DRUZIAN”

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