João nos conta que durante a festa dos Tabernáculos, Jesus voltou à cidade de Jerusalém e lá os judeus já o procuravam. Então seria novamente naquele cenário das festas e do templo que a liderança judaica mais uma vez haveria de demonstrar toda a hostilidade que nutria contra Jesus Cristo.
Entre os pontos principais que os opositores de Cristo levantavam para o acusar estava a questão das origens do seu conhecimento e autoridade (veja Jo 7:15); de seu nascimento (7:41); e de seu testemunho (8:13).
Segundo os acusadores, Jesus se colocava numa posição acima de Moisés e de Abraão, igualando-se ao próprio Deus-Pai (leia Jo 8:53). Ao que Jesus respondeu declarando com ênfase: antes que Abraão existisse, EU SOU (Jo 8:58). É verdade Jesus é, em sua essência, o unigênito do Pai, cheio de graça e verdade (Jo 1:14).
Logicamente as reações a tais declarações foram as mais diversas. Se por um lado, os guardas que tinham a tarefas de prendê-lo ficaram admirados com suas palavras (vá a Jo 7:32 e 45-46); por outro, Nicodemos, que já o havia procurado, tentou proporcionar-lhe apenas um julgamento "mais justo" diante dos acusadores (7:50-51).
Contudo foi em meio à multidão que podemos perceber as mais variadas reações (veja a citação de Jo 7:40-44): uns identificaram nele a figura do profeta prometido; outros e verdadeiro Messias, outros apenas duvidaram, e mais alguns apoiaram a sua prisão.
Sem dúvida, uma atitude ou outra sempre ocorrerá diante de Jesus Cristo. É impossível se continuar indiferente diante dele.