Refreadas as chuvas, as madrugadas cheiravam a névoa e deixavam-se ilustrar pelo sincelo pendurado das árvores e dos beirais. O frio imperava embora houvesse quem, indiferente ao tempo, perfurasse as manhãs a caminho do ganha-pão. O anoitecer congelava barulhos e avultava silêncios. O sol, agigantado e vermelhão, deixava-se cair por trás dos montes sem calor […]