
Presente hoje em diversos países do mundo, a Batata foi domesticada nos Andes da América do Sul há cerca de 8.000 anos e só foi levada para a Europa em meados do século XVI, de onde se espalhou para o oeste e para o norte, de volta para as Américas.
Related Articles
É aqui que nasce a chamada batata andina , aquela que do México ao Noroeste argentino, passando pela América Central, Peru, Bolívia e norte do Chile, desenvolveu tantas variedades quanto exigia a geografia; sendo o planalto andino da América do Sul, local onde se registra sua maior variedade.
Azul, Branco, Collajera, Tinto, Malgacha, Moradita, Ojosa Preto, Oca, Sallama, Sani, Santa María, Runa, Tuni , e a variedade continua. Todas elas cultivadas no noroeste argentino, sobreviventes dignas da seleção agrícola por seu valor nutritivo e sua resistência às secas, geadas e qualquer praga que surja. A batata andina exige baixos custos de produção e já deu ampla evidência de sua adaptabilidade às condições ambientais pouco amigáveis.
Ao longo da Cordilheira Dos Andes, da Venezuela ao Chile, são plantados e comidos 4.235 tipos de batatas, com tonalidades que variam do claro ao negro. Os formatos são os mais variados e curiosos possíveis. Tem batata que lembra mandioca, pera, caju, pata de tigre.
Os técnicos falam em até 3.000 variedades de papas originárias da cordilheira, a maioria delas concentrada no Peru, com a Bolívia em segundo lugar. Cerca de 200 variedades são silvestres, ao passo que as demais são cultivadas em hortas a altitudes que podem rondar os 4.000 metros. Os nomes revelam a engenhosidade e a sonoridade da língua quéchua, enquanto as formas são caprichosas e tão chamativas como as cores que muitas delas apresentam.
A preparação dos terrenos para o plantio de batata nesses pisos mais altos da Cordilheira dos Andes ainda é feita com uma junta de boi e um equipamento ancestral. De antes da chegada dos colonizadores, de antes dos incas. De três, quatro mil anos atrás. O arado é de madeira. Recentemente, houve uma adaptação – uma ponta de ferro. Mas, a base da estrutura se perde no tempo.
Leia o post A batata é andina! na íntegra em Jornal Cinco.