A facilidade de uso dos Microformats com certeza fez com que se tornasse uma das maiores iniciativas no sentido de atribuirmos um nível maior de significado ao nosso conteúdo, não ficando presos apenas às tags disponíveis, aproveitando classes e id’s pré-definidos.
Um dos grandes problemas do Microformats é a falta de divulgação por parte dos desenvolvedores e, talvez por isso, não é tão comum vermos projetos comerciais utilizando a técnica, mesmo que seja tão simples de usá-la. Desta forma seu futuro foi colocado em questão, já que o Html 5 está sendo cada vez mais discutido e, com isso, muitos imaginam que os Microformats não terão mais utilidade… Será? Analisemos cada uma das partes para tirarmos nossas conclusões!
HTML 5
A quinta versão do HTML vem aí para solucionar diversos problemas que surgiram com a crescente diversidade de aplicações disponíveis na Internet. Cada vez mais é necessário termos tags específicas para ramificar nosso conteúdo e, desta maneira, classificá-lo mais especificamente, a fim de que humanos e máquinas o compreendam corretamente.
Para isso foi criada uma série de novas tags para facilitar a aplicação do conteúdo e, por que não, do CSS também. Seguem alguns exemplos:
section
– Como o nome diz, representa uma seção do documento ou artigo, por exemplo, que pode englobar umheader
e umfooter
;nav
– Esta é uma das tags mais interessantes, já que foi criada especificamente para o menu do site ou uma simples navegação de links. Vale ressaltar que essa tag não elimina o uso deul
já que serve como elemento pai destas listas;article
– Pode representar um post de um fórum, blog, notícia de jornal, etc.;aside
– A definição dessa tag parece um pouco subjetiva; uma aplicação concreta seria a definição de um termo de determinado artigo. Por exemplo, se você está escrevendo sobre uma nova tecnologia, pode envolver um bloco de texto com a tagaside
com uma pequena dissertação sobre ele, servindo como um conteúdo complementar, sem fazer o usuário sair do artigo;header
– É o cabeçalho de uma seção, podendo englobar diversos títulos (leia-seh1
,h2
,h3
e assim por diante);footer
– Rodapé da seção, contendo informações como autor do conteúdo, copyrights, data de postagem, etc.
Obviamente temos diversas outras novas tags disponíveis no HTML 5, mas estes são alguns exemplos que mostram bem o “espírito” desta nova versão, oferecendo maior flexibilidade para nosso código em relação a sua semântica.
O grande problema do HTML é que foi criado com o intuito de exibir as informações na Web, mas com o tempo foi crescendo a necessidade de criarem tags para estilização, até que os Web Standards fossem amplamente usados. Por isso confio muito na próxima versão do XHTML que, desde seu início, já foi construído da maneira correta, de certa forma “forçando” o desenvolvedor a escrever seu código corretamente, extinguindo totalmente as tags que representam estilização visual. Mas essa discussão deixamos para uma próxima oportunidade!
Microformats
Como foi dito no início deste artigo, a aplicação dos Microformats é bem simples: usam-se nomes pré-estabelecidos para id’s e classes que, desta forma, atribui significado aos elementos.
Porém muita gente acha que este padrão pode morrer no momento que o HTML 5 se tornar realidade mas, analisando os fatos mais profundamente, dá para concluirmos que isso não irá acontecer, já que cada lado tem um foco diferente.
O princípio dos Microformats é solucionar problemas específicos, tomando como base outros padrões como o vCard, iCalendar, usados há vários anos.
A partir do momento que este formado surgiu para aplicarmos em determinadas ocasiões, fica fácil compreendermos a diferença deste caso com as novas tags implementadas no HTML 5. Enquanto um se preocupa com as diversas aplicações surgidas durante toda a evolução da Internet, o outro se atém a aplicações localizadas oferecendo um detalhamento tão grande que seria quase inviável com tags e/ou atributos novos!
Por isso aconselho a todos estudarem as novidades do HTML 5 (apesar de achar que este é o “assunto da moda” e acreditar mais no XHTML 2) e continuarem atentos aos padrões estabelecidos nos Microformats, pois devido sua simplicidade e foco, é uma prática viável tanto em projetos pessoais como profissionais.
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