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O Homem mais Sábio do Mundo

 Há cerca de 450 anos a.C. em Atenas um grande pensador chamado Xenofonte, foi até o oráculo mais conhecido e importante de toda a Grécia:

O oráculo do templo de Delfos, em homenagem ao deus da sabedoria Apolo.

Chegando lá, Xenofonte foi atendido pela pítia (sacerdotisa) principal do templo.

Ela se dirigiu a uma fenda no chão, de onde vapores exalavam "o sopro de Apolo", e logo após inalar tais vapores, entrou em uma espécie de transe, e nesse momento, o deus Apolo passou a falar por sua boca...




Em seguida, Xenofonte perguntou ao deus da sabedoria, quem seria o homem mais sábio na face da terra.

Pela boca da pítia, o deus Apolo afirmou sem titubear: Sócrates!

Após receber tal notícia, Xenofonte desceu o monte em Delfos, correndo velozmente para encontrar Sócrates.

Ao encontrá-lo, ainda retomando o fôlego, contou a ele o que afirmou o deus Apolo.

Sócrates se assustou.

Sabia que possuía certa sabedoria, mas ser escolhido como o mais sábio entre todos, era uma notícia que o deixou atônito, e principalmente, descrente do deus.

Por causa disso, Sócrates passou boa parte de sua vida questionando outras pessoas, fossem sofistas, artífices, militares, artesãos, cidadãos e estrangeiros em geral, a fim de verificar qual o motivo de ter sido escolhido por esse deus.

Elaborou um método próprio, conhecido como maiêutica, onde através de perguntas e respostas, conseguia mostrar as inconsistências do conhecimento de seus interlocutores.

Quanto mais ele perguntava, mais ele verificava que, quanto maior a empáfia e arrogância, menos conhecimento real essas pessoas tinham.

Contudo, continuava Sócrates sem entender como ele poderia ser o homem mais sábio do mundo.

Até que foi percebendo que, apesar de saber que detinha um elevado conhecimento, tinha a real percepção de quanto ainda poderia aprender.

Com isso, percebeu que era realmente o mais sábio, não por saber muito, mas por saber que ainda tinha muito, mas muito a aprender, proferindo supostamente a sua famosa frase:

"Só Sei que Nada Sei".


Esse gesto de modéstia intelectual, posteriormente se tornou quase que um lema para pensadores, pesquisadores e cientistas, ganhando o nome de douta ignorância, por Nicolau de Cusa.

Portanto, saber que nada sabemos não é desmerecer nosso conhecimento, mas sim ter a certeza que ainda existe um universo de possibilidades e de saberes a conquistar.

Quanto mais aprendemos, mais percebemos que temos mais e mais para aprender.

E é exatamente nesse ponto que a filosofia tanto agrega:

Descobrir os mais relevantes dilemas existenciais, refletir sobre questões pertinentes ao nosso cotidiano, enfim, repensar sobre tudo os que nos atinge e nos influencia, desenvolvendo um pensamento crítico, que nos permite ver além e encontrar nossos próprios valores.
A filosofia é um convite para enxergarmos um mundo fora de Matrix, ou seja, fora de uma caixa fechada pelo pensamento vigente da sociedade em que vivemos.

Espero que tenha gostado do texto, um pedacinho do que veremos a partir da próxima segunda, na Semana da Filosofia.

Forte abraço e vamos filosofar!

Prof. Dr. Thiago Rodrigues Pereira
Diretor Pedagógico do Novo Liceu
Doutor em Direito e Pós-doutor em Direito Humanos
Doutorando em Filosofia


 
Christiane Corrêa
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