Brazzaville / Cairo, 30 de julho de 2020 - Em pouco mais de três semanas, o número de Casos no continente quase dobrou para 889 457, com 18 806 mortes. 

No geral, a pandemia está se acelerando com o número de novos casos aumentando em 50% nos últimos 14 dias em comparação com a quinzena anterior. No entanto, apenas cinco países representam cerca de 75% dos casos cumulativos de COVID-19 - Argélia, Egito, Gana, Nigéria e África do Sul. Somente a África do Sul representa cerca de metade do total de casos do continente. As mortes também estão aumentando. Um total de 4376 novas mortes foram registradas nos últimos 14 dias, representando um aumento de 22% em relação às duas semanas anteriores. 

Sete países da África Subsaariana que impuseram bloqueios e agora começaram a abrandá-los sofreram um salto de 20% nos casos nas últimas duas semanas. Alguns países como a República do Congo e Marrocos tiveram que reimplementar restrições parciais devido a um aumento de casos. 

"Quando a África se aproxima de um milhão de casos, o continente está em um ponto crucial", disse o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África. “O vírus se espalhou das principais cidades e se espalhou para o interior distante. Os países precisam manter o ritmo e descentralizar urgentemente seus principais serviços de resposta. Ainda podemos impedir que o COVID-19 atinja o momento máximo, mas a hora de agir é agora. ” 

Uma de nossas responsabilidades coletivas mais importantes é proteger os profissionais de saúde da linha de frente, que estão em alto risco. Quarenta e um países africanos relataram quase 14.000 infecções por trabalhadores da saúde. Em 16 países que relataram infecções por profissionais de saúde no mês passado, quase um quarto registrou um aumento nas últimas duas semanas em comparação com a quinzena anterior. 

A expansão da escala e da qualidade das medidas de saúde pública, como testes, rastreamento de contatos, isolamento e atendimento dos pacientes, permanece central na resposta, além de prevenir a infecção por lavagem das mãos, distanciamento físico e uso de máscaras. A suspensão dos bloqueios que ajudaram a desacelerar a disseminação do COVID-19 deve ser baseada em evidências, faseada e direcionada.

À medida que as fronteiras começam a reabrir e com o feriado islâmico Eid al-Adha, prestes a começar na sexta-feira marcado por reuniões sociais e religiosas, existe a preocupação de que o vírus se espalhe ainda mais, mesmo em áreas ainda intocadas pelo COVID -19, se as precauções necessárias não forem tomadas.

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