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O SOFRIMENTO DOS ESPÍRITOS APÓS A MORTE

Por que os espíritos ficam em sofrimento após a morte?
As causas do sofrimento dos espíritos após a morte são múltiplas e variadas, mas podemos citar aqui as principais causas:


Porque não aceitam APÓS A MORTE.


O principal motivo do sofrimento dos espíritos após a morte do corpo material é a revolta contra a morte e o final inevitável da encarnação.

A maioria das pessoas deseja sempre viver até idade avançada, tentando extrair o máximo possível de satisfação e prazer da encarnação.

Muitos construíram toda uma estrutura psicológica e emocional de vida baseados na materialidade, nas normas e padrões humanos e mundanos de vida.

Quando morrem, sentem que todos os esforços empreendidos para se viver de forma confortável no mundo foram em vão, pois percebem que a vida continua e que a verdadeira vida é a vida eterna do espírito.

Construir toda uma existência pautada na materialidade do mundo e depois ver que tudo Isso foi perdido, ou nunca existiu, é muito frustrante para a maioria. Por isso, sofrem ao perceber que colocaram toda a sua vida em algo vazio e ilusório, como o conforto mundano, a falsa segurança, a ilusória estabilidade da vida humana, dinheiro, posses, status etc etc.

Jesus falou sobre isso na parábola da construção de nossa casa em cima da areia ou em cima da rocha. Aquele que constrói sua casa em cima das coisas do mundo é como se estivesse construindo sua residência em cima da areia, em cima de valores mundanos e passageiros.

Vem uma tempestade e a casa cai. Mas aquele que constrói sua casa (sua vida) assentado na rocha, está construindo sua existência fundamentado em valores espirituais, que são eternos.


Porque estão presos e apegados aos prazeres da vida.


Os prazeres, as paixões e o usufruto de tudo aquilo que gostamos pode aprisionar o espírito mais do que as pessoas imaginam.

Gostar muito de alguma coisa e depois da morte não poder mais sentir esse prazer pode ser extremamente aflitivo para alguns, principalmente no que se refere a vícios de todos os tipos. Fumantes sofrem profundamente por não poderem mais fumar…

Alcoólatras sofrem pelo mesmo motivo por não usufruírem mais o vício da bebida… Pessoas viciadas em comida e doces sofrem por não poderem mais experimentar o que sempre apreciaram… Mas isso não engloba apenas os vícios orgânicos, mas também nossos vícios psicológicos.

Qualquer que seja nossa paixão, pode criar um vício, uma mania, uma necessidade de se repetir aquele prazer… Como após a morte não há mais como viver nossas paixões, a ausência delas causa revolta, vazio e forte desejo por algo que não existe mais.

Em O Livro dos espíritos se diz sobre os espíritos inferiores: “Desejam todos os gozos e não os podem satisfazer: eis o que os tortura.” (Pergunta 970)


Porque ficam preocupados com as pessoas que deixaram.


É muito comum o espírito viver um árduo e intenso sofrimento por não poder mais participar da vida de parentes e pessoas próximas.

A preocupação com nossos entes queridos e amigos pode permanecer após a morte quando a pessoa era muito preocupada com eles durante a vida. Muito comum mães se torturarem no plano espiritual por não poderem mais “ajudar” seus filhos que podem estar vivendo certas provações graves.

A preocupação com nossos entes queridos é sério indicativo de apego e até mesmo de falta de fé em Deus. O espírito que vivencia provações na matéria está aprendendo lições preciosas para sua vida na eternidade… está se desenvolvendo e aprendendo o amor ao próximo, a paz e a felicidade mesmo em meio a confusão, a perda e as adversidades.

Sabemos que muitas pessoas vivem pelas outras, só existem em função de outras e muitas vezes se anulam completamente para viver pelo outro.

Essas pessoas, ao chegarem no plano espiritual, podem ficar completamente perdidas por não poderem mais viver pelo outro, por terem que seguir sua jornada sem o outro e por não poderem mais usar o outro como seu alimento emocional.

O espírito agora precisa seguir seu caminho em outro plano e se anulou tanto pelo outro que não sabe mais quem é ou como viver sem estar ligado ao outro.

Por isso, sofre sentindo falta do outro e pode sofrer também sentindo que perdeu a sua vida apenas existindo em função de alguém.


Porque não aceitam perder todos os bens materiais que tinham em vida.


Muitas pessoas são bastante apegadas a seus bens materiais, principalmente a dinheiro.

O dinheiro nos confere uma sensação de poder e uma sensação de que podemos realizar todos os nossos desejos, além de ter o controle sobre outras pessoas.

O rico acredita se bastar, o ser humano em geral se acha muito poderoso quando tem dinheiro, pois é o sistema financeiro que praticamente movimenta tudo em nosso mundo. Após a morte, tudo isso termina… todo o dinheiro que ele tinha já não faz mais nenhuma diferença; tudo foi perdido e nada pode ser levado.

Por isso, todo aquele “poder pessoal” de realização que a pessoa tinha em vida, já não tem mais durante a morte. Dessa forma, o espírito se sente fragilizado e perdido.

Deseja ter o dinheiro para poder gastar com seus desejos, posses e paixões, mas já não dispõe mais seu suporte emocional. Assim, sofre muito em decorrência da perda do poder mundano. O mesmo se dá com seu patrimônio e todos os seus bens materiais.

A casa que ele morava há décadas é vendida… e o espírito pode ficar bravo por outros estarem vendendo algo que “é de sua propriedade”. Por isso, pode se manter na casa e recusar-se a sair, tentando prejudicar os novos habitantes. Todo esse processo, obviamente, lhe gera angústia, desespero e um grande sentimento de perda.

O ser humano funciona assim: quanto maior é o sentimento de posse… maior é o sofrimento pela perda. Esse processo pode durar vários anos até o espírito perceber que sua vida acabou e que ele não possui mais coisa alguma.


Porque ficam desejando as coisas que os encarnados têm.


Semelhante ao processo anterior, o espírito pode também ficar invejando as coisas que os encarnados possuem, pois durante sua vida ele queria ser o possuidor de tudo aquilo.

O espírito pode ver, por exemplo, um banquete enorme sendo servido numa festa, muitas pessoas comendo e se fartando com os alimentos expostos na mesa.

Então, ele querendo usufruir daquilo, já não pode mais, pois não tem mais um corpo material para desfrutar dos alimentos. Assim, ele sente inveja de quem pode participar da festa, enquanto ele mesmo não pode. Essa inveja obviamente também pode ser causa de muito sofrimento.

O espírito deseja algo que outros possuem, mas não pode possuir… deseja usufruir daquele prazer, mas não pode usufruir… deseja viver naquela mansão do seu vizinho, mas não pode morar lá…. deseja viajar para onde seu amigo passa férias, mas não pode mais sentir o mar, o sol, o jantar, o conforto do quarto de hotel etc. Tudo isso tem origem nos apegos terrenos.

Os espíritos que se libertam desses desejos durante a encarnação não sofrem mais com a inveja. Mas aqueles que não se libertaram, que foram invejosos em vida, continuarão sendo na morte.

Obviamente todo esse processo não é eterno, posto que não existe nada que seja eterno no universo, a não ser o divino ser universal que dá origem a tudo. Toda essa condição é passageira.

Ela vai durar um período maior ou menor conforme a disposição do espírito de se libertar dela ou se permanecer nela por orgulho.


Porque estavam manipulados por religiões e acreditavam que deveriam já estar no céu.


Essa é outra causa de sofrimento para muitos espíritos recém desencarnados, que viveram existências de fanatismo religioso, dogmatismo, intolerância, superstição, carolice, discriminação, preconceito, defesa cega de uma doutrina, ataques sistemáticos a fé alheia etc.

Quando estes espíritos desencarnaram, eles se deparam com a realidade nua e crua.

Todo o fanatismo era na verdade uma fraqueza interior.

O espírito buscava uma segurança na religião, pois vivia inseguro consigo mesmo. Assim, criou uma dependência emocional com seu credo, descontava suas frustrações na sua doutrina predileta, e por isso, ao chegar no plano espiritual, percebe que não há céu para os crentes e nem inferno para os descrentes, mas apenas a realidade de quem ele é, com seus medos, seus anseios, suas inseguranças, sua melancolia etc.

Alguns espíritos muito fanatizados em vida podem até ficar com ódio do líder religioso e reclamarem o quanto foram enganados por ele. Na próxima vida, esses espíritos podem nascer com uma aversão a qualquer tipo de religião ou espiritualidade, adotando o ateísmo como princípio de vida e sentindo ódio de qualquer manifestação religiosa.

É certo que alguns espíritos podem se recusar a aceitar sua realidade nua e crua, e por um mecanismo de defesa, criam mentalmente um “céu” ou um “paraíso” semelhante ao paraíso prometido pela religião, e passam a viver nele.

No entanto, tudo isso é falso e ilusório… e apesar dos esforços desses espíritos em fugirem de sua realidade, eles permanecem sofrendo da mesma forma. Enquanto o fanatismo religioso se mantiver neles, vão continuar sofrendo pela sua própria cegueira autoimposta.


Podem sofrer muito também por mágoa e ódio de pessoas que os maltrataram durante a vida.


O ódio e a mágoa dos desafetos, de pessoas que os maltrataram em vida, é um dos maiores motivos de prisão dos espíritos no nível da Terra e de seu sofrimento.

O espírito sente ódio daquele que o matou, daquele que o enganou, que o traiu, que o roubou, que o prejudicou de alguma forma. No plano espiritual, esse ódio aumenta e o espírito decide permanecer aqui na Terra para destruir aquele que também o destruiu.

No entanto, esse estado de ódio o degrada moralmente e cria uma série de sofrimentos complexos cujos nós são bem difíceis de desatar.

Aqui na Terra o ódio e o desejo de vingança podem fazer o encarnado sofrer, ter pensamentos negativos, ficar repetindo mentalmente a cena do mal que o fizeram; pode fazer com que fique ansioso, deprimido; pode até mesmo deixá-lo doente com o ódio, a mágoa e o desejo de ver o outro mal.

Costumamos dizer que o espírito que deseja o mal a outro já está sentindo esse mal nele mesmo.

O espírito que deseja fazer o inferno na vida de outras pessoas já se encontra nesse mesmo inferno que ele quer conduzir outrem.

O espírito que quer o mal para seu algoz se torna algoz de si mesmo e cai no mesmo buraco de maldades no qual ele deseja que o outro caia.

Ele tece uma teia para o outro cair e acaba se prendendo nessa mesma teia de amargura, desespero e solidão. Por isso, os espíritos que desejam o mal a seus algozes se tornam vítimas desse mesmo mal que tentam provocar em outros. Isso é válido para os espíritos e igualmente válido para os encarnados.

Eles se envolvem tanto em energias densas e pesadas que podem ficar anos, décadas ou mesmo séculos mergulhados em sofrimento.


APÓS A MORTE Podem sofrer tormentas terríveis pela culpa dos erros cometidos em vida.


Outra causa de prisão ao plano terrestre e de sofrimento para os espíritos é a culpa pelos erros cometidos.

Muitos espíritos não conseguem se perdoar por terem errado e, por isso, mergulham num intenso automartírio. Culpar-se pelos erros é o mesmo que autoflagelar-se mentalmente, é pegar um chicote e ficar batendo em si mesmo.

Além desse automartírio gerar muito sofrimento para os espíritos após a morte, ele é totalmente inútil para sua elevação e seu aprendizado.

Os espíritos precisam aprender com seus erros… e não atacarem a si mesmos. Todo erro no plano material nada mais é do que um aprendizado.

E esse aprendizado ajuda o espírito a se melhorar e progredir. Quem erra aprende, mas quem se culpa, fica paralisado na culpa e acaba não tirando as lições que precisa. Na realidade não existem erros, pois tudo é aprendizado e elevação.

O espírito julga que já deveria ser “perfeito” para não mais errar, ele se cobra muito, e por isso, acaba se culpando mais intensamente pelo erro. Algumas pessoas simplesmente não aceitam suas imperfeições e seus limites.

Elas acreditam que já deveriam ser boas o suficiente para não mais errar. Quanto mais uma pessoa se cobra em vida, mais ela tende a se sentir culpada após a morte.

Por conta da culpa, o espírito pode ficar um tempo preso na matéria tentando reparar o erro que ele julga ter cometido. Por isso, pode tentar consertar algo, mas nessa tentativa ele pode acabar prejudicando uma pessoa ou até mesmo se tornando um obsessor para outros.

Nenhum espírito desequilibrado por causa da culpa pode ser útil no auxílio ao próximo. Por isso, os espíritos precisam se libertar do sofrimento da culpa para somente depois ascenderem aos planos mais elevados.


(Hugo Lapa)
Do livro: Luminosofia: perguntas e respostas.

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