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Mercado desanima com volta de bilionário à presidência do Chile

Por Ben Bartenstein e Daniela Guzman com a colaboração de Carlos Torres.

Sebastián Piñera, o bilionário que lidera as intenções de voto na eleição presidencial de domingo, comandou o Chile durante o período mais lucrativo para investidores da dívida local. Isso não significa que Wall Street gostaria de vê-lo novamente na presidência.

Piñera, que ocupou o cargo máximo do país entre 2010 e 2014, pode implementar políticas mais favoráveis ao Mercado do que a atual ocupante, Michelle Bachelet. No entanto, isso pode não resultar em taxas de retorno maiores nos títulos, de acordo com gestoras de recursos como BlackRock e Goldman Sachs Asset Management.

Há quem ressalte o avanço impressionante dos títulos denominados em moeda local durante o mandato de Piñera — 17 por cento comparado a 6,4 por cento durante a presidência de Bachelet. Outros lembram que o governo do antigo executivo do setor bancário se beneficiou do superciclo de commodities.

“Teve menos a ver com ele e mais com as commodities”, avaliou Pablo Goldberg, gestor de carteiras de mercados emergentes da BlackRock. “Estou mais preocupado com o que acontece com os juros, com o que acontece com o preço do cobre, com a inflação e com o setor imobiliário na China.

As eleições não importam tanto.”

O Chile é o maior produtor mundial de cobre. O preço do metal está perto do maior nível desde julho de 2014, alimentando temores de uma queda iminente. A correlação entre os títulos negociados no mercado chileno e a cotação do cobre se aproxima do maior patamar desde outubro de 2016. O recuo das compras de imóveis residenciais na China — segmento que ajudou a embalar a valorização do cobre — é outro sinal de alerta.

Seja quem for o vencedor no domingo, dificilmente mudará substancialmente a situação de déficit fiscal e a reputação do Chile como mercado mais tranquilo da América Latina. Os principais concorrentes de Piñera são Alejandro Guillier e Beatriz Sanchez, que foi apresentadora de televisão.

“Não é como no Brasil, onde há um enorme desvio entre a Dilma de centro-esquerda e Temer de centro-direita”, disse Samy Muaddi, gestor de recursos da T. Rowe Price Group, que recomenda alocação superior em créditos chilenos. “No Chile, as instituições fiscais se sobrepõem aos partidos políticos.”

Compilamos alguns comentários de investidores sobre o país:

* O melhor desfecho para o mercado seria a continuidade das políticas de Bachelet. Com Piñera, a alta dos juros seria “fatal para o mercado de renda fixa”, declarou Francisco Sanz, trader do Scotiabank Sud Americano, em Santiago.

* Angus Bell, que ajuda a supervisionar US$ 45 bilhões na área de dívidas de mercados emergentes da Goldman Sachs Asset Management, monitora oportunidades para negociar dívidas no mercado interno no ano que vem. Ele vê pouco espaço para melhora dos preços dos títulos chilenos denominados em dólares.

* A vitória de Piñera traria medidas favoráveis ao mercado e ao crescimento econômico, “o que eventualmente se traduziria em alta da inflação e dos juros”, disse Gregorio Velasco, gestor de carteiras da BCI Asset Management, em Santiago.

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