BRASÍLIA – O ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, disse nesta quinta-feira que há um “indicativo forte” de que o Governo vai conceder à iniciativa privada, em 2018, o aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio, e o aeroporto da cidade fluminense de Macaé.
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Segundo fontes do governo, a ideia é que, quem vencer o leilão do Santos Dumont também deve levar no pacote, além de Macaé, os aeroportos de Jacarepaguá (RJ), da Pampulha, em Belo Horizonte, e os aeroportos do Espírito Santo. O martelo será batido na segunda-feira.
— Há um indicativo forte de que o governo encaminhará para concessão os aeroportos do Santos Dumont e de Macaé, dois ativos muito importantes que gerarão outorga e investimentos no Estado do Rio — afirmou o ministro.
O governo pretende licitar o Santos Dumont até junho do ano que vem e espera arrecadar, com a concessão, cerca de R$ 2 bilhões. Com movimento de 9 milhões de passageiros em 2016, o Santos Dumont é o segundo ativo mais valioso da Infraero, depois de Congonhas, em São Paulo, que registrou 20,81 milhões de passageiros no ano passado. Por isso, a concessão do aeroporto paulistano ficaria para outro momento, já que arrecadaria o dobro do valor do terminal do Rio, ou R$ 4 bilhões, segundo uma fonte do governo. Esses recursos seriam suficientes para cobrir todos os investimentos e as despesas que o governo teria caso resolvesse posteriormente acabar com a Infraero. Os funcionários da estatal, contudo, têm estabilidade no emprego até 2021.
Como parte de um pacote de medidas para ajudar o Rio, o ministro dos Transportes também anunciou hoje a assinatura de um termo de compromisso, já em setembro, de três aeroportos no Estado fluminense: Angra dos Reis, Itaperuna e Resende.
O ministro também anunciou a apresentação do novo sócio do aeroporto do Galeão, no Rio, o fundo chinês HNA. Como O GLOBO informou, a fatia da Odebrecht no aeroporto foi vendida para o fundo chinês.
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