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UNESCO premia prefeita de Lampedusa e ONG por salvarem mais de 19 mil pessoas no Mediterrâneo

Centenas de refugiados e migrantes a bordo de um barco de pesca momentos antes de serem resgatados pela Marinha italiana, como parte de sua operação Mare Nostrum, de junho de 2014. Foto: Marinha italiana/Massimo Sestini

A UNESCO concedeu a Giuseppina Nicolini, prefeita de Lampedusa, na Itália, e à organização não governamental SOS Méditerranée, da França, o Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny de 2017. Agência da ONU reconheceu o trabalho da dirigente e da instituição “para salvar a vida de refugiados e migrantes” no Mediterrâneo. Em 15 meses de atuação nas proximidades da costa da Líbia, a ONG resgatou mais de 19 Mil Pessoas.

“Não podemos simplesmente ficar olhando sem fazer nada, enquanto milhares de Pessoas se afogam no mar bem à nossa frente, nos portões da Europa”, defende a cofundadora e vice-presidente da SOS Méditerranée, Sophie Beau. Foi essa conclusão que a levou a fundar a ONG, ao lado do capitão mercante alemão Klaus Vogel.

A entidade trabalha com resgate em alto-mar no Mediterrâneo. Nos últimos 15 anos, pelo menos 46 mil pessoas morreram cruzando essas águas para escapar da fome e da guerra e buscar melhores condições de vida no continente europeu. A ONG conta com a colaboração das autoridades italianas, como o Centro de Coordenação de Resgate Marítimo, em Roma.

A central da iniciativa é o Aquarius, um navio de 77 metros, operado por uma tripulação de 11 pessoas, junto com uma equipe da organização Médicos Sem Fronteiras e um time de resgate da SOS Méditerranée. No total, 30 pessoas estão sempre de prontidão para acolher até 500 passageiros — às vezes, mais — na embarcação.

“Nós estamos muito felizes por receber este prêmio junto com Giusi Nicolini”, disse Sophie ao receber a premiação. “Nós a visitamos em Lampedusa quando fundamos nossa associação em 2015, para explicar o nosso projeto de iniciar atividades de resgate com um navio fretado por cidadãos europeus. Ela disse a Klaus Vogel, nosso cofundador: ‘Vocês são malucos, mas estou com vocês’”, lembrou a criadora da ONG.

O reconhecimento da UNESCO também elogiou os esforços do prefeita e da instituição para acolher pessoas deslocadas com dignidade. De fevereiro de 2016 a maio de 2017, a associação resgatou quase 20 mil pessoas. A maioria dos sobreviventes vem da África Subsaariana, principalmente do Oeste e do Chifre da África, mas também de outras partes do mundo. É o caso dos indivíduos vindos de Bangladesh, Síria, Líbia, Paquistão e Palestina.


ONU Brasil



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