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Senadores batem boca por causa de tumultos da greve do dia 28


Lindbergh Farias – Ailton de Freitas / Agência O Globo

BRASÍLIA – Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e José Medeiros (PSD-MT) protagonizaram um acalorado bate boca no plenário por causa das manifestações do dia 28, que resultaram na agressão do estudante Mateus Ferreira, ainda em estado grave em Goiânia. Ao final de um dia inteiro de discursos de senadores da oposição comemorando a paralisação, que segundo os petistas teve a adesão de 40 milhões de trabalhadores, o senador mato-grossense subiu à tribuna para responder os oposicionistas, alegando que na verdade foram impedidos de trabalhar por causa dos piquetes e que os organizadores insuflaram os confrontos que resultaram na agressão de Matheus e que a mesma solidariedade não foi prestada ao cinegrafista Santiago Andrade, morto ao ser atingindo por um rojão atirado por black blocs.

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Na quarta-feira, a lider do PT , Gleisi Hoffman (PR), Lindbergh e outros senadores da oposição vão à Goiânia visitar Mateus. O bate boca começou quando Medeiros disse que a greve não tinha sido espontânea e que “baderneiros” como Mateus colocam a vida da polícia em risco. E disse que tinham, em outras manifestações, esfaqueado um policial na Esplanada e apedrejaram a cabeça de outro.

E, sem citar o nome de Lindbergh, que é paraibano de nascimento, ironizou ter lembrado de um filósofo nascido na Paraíba, mas criado no Rio de Janeiro, que quando era líder estudantil deu uma entrevista e disse o seguinte: “Os números a gente dizia qualquer número, porque a gente queria passar a ideia de que bombou”.

Do plenário Lindbergh acusou o golpe e perguntou se estava insinuando que ele seria o tal “filósofo”. Medeiros ignorou a pergunta e continuou:

— Vi muitos impropérios contra a Polícia, devido a esse incidente que ocorreu lá em Goiás. Eu quero dizer o seguinte: não é nem tanto ao mar nem tanto à terra. Hoje ouvi dizer que pais de família, trabalhadores que foram à greve apanharam da polícia. Eu quero dizer e fazer uma homenagem ao Santiago, aquele cameraman da TV Bandeirantes que foi assassinado por esses – aí eu coloco aspas – “trabalhadores”, por esses “guerreiros”!

— O senhor devia estar falando do Mateus, o estudante, que está entre a vida e a morte? — questionou Lindbergh.

— Vocês não têm respeito pela morte do Santiago! O Santiago morreu por causa desses black blocs. E vêm aqui os Senadores darem apoio para essa gente! Eu espero que o Mateus escape, que ele tenha boa saúde e que nunca mais volte a fazer baderna. Sabe o que é que acontece? Esses baderneiros põem a vida da polícia em risco — continuou Medeiros.

— Ele não fez baderna! Tenha respeito pela vida dele! — defendeu Lindbergh.

— Ele estava indo para a igreja! — ironizou Medeiros.

Irritada, a senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) entrou na discussão:

— Senador, o senhor viu os vídeos?

— Eu assisti ao vídeo do Santiago sendo assassinado por black bloc. vocês são responsáveis por essa morte — respondeu Medeiros ainda mais exaltado.

— Eu não estou falando do Santiago. Eu lamento! — disse Vanessa.

Lindbergh disse então que lamentava a morte de Santiago e exigiu respeito ao goiano agredido na última sexta-feira. E disse que se retiraria do plenário em protesto.

— Vossa Excelência devia respeitar um jovem que está entre a vida e a morte! Eu vou me retirar! Estou indignado! — disse Lindbergh aos gritos.

— Vocês têm culpa por causa disso. O senhor é um baderneiro desde criança! Este País está pegando fogo por causa de vocês! Está morrendo gente no campo porque vocês insuflam! — continuou Medeiros até que o senador Elmano Ferrer (PMDB-PI), na presidência, suspendeu a sessão até que parou o bate boca.

No plenário, o senador Magno Malta (PR-ES), colocou lenha na fogueira:

— Manda os dois decidirem no corredor. Briga de rua é assim!

Depois que a sessão foi retomada, o senador Cidinho Santos (PR-MT) se juntou a Medeiros na critica a greve contra a reforma trabalhista que começa a tramitar no Senado. E criticou os senadores da oposição que subiram hoje a tribuna para discursar contra a reforma.

— Na verdade, dos que subiram na tribuna para dizer que são contra a reforma trabalhista, não vi nenhum que gerou um emprego um dia. Todos são funcionários de sindicatos, funcionários de governos, que não têm compromisso com o Brasil, que nunca geraram empregos e só fazem discurso fácil. Não têm compromisso com a responsabilidade que este País exige num momento em que nós temos uma máfia formada por sindicatos e alguns advogados para extorquir o empresário brasileiro, o empreendedor do Brasil — atacou Cidinho Santos.

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