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BRASÍLIA, RIO e SÃO PAULO – Manifestantes protestam na manhã desta quinta-feira na Esplanada dos Ministérios contra a Reforma da Previdência. Cerca de cinco mil pessoas participam do ato, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). O Ministério da Fazenda foi invadido, por volta das 5h, por cerca de 200 integrantes do Movimento Sem-Terra (MST). Vidraças do prédio foram quebradas. Eles jogaram paus e pedras danificando as dependências do edifício, segundo a Polícia Militar. Em São Paulo, metalúrgicos também fizeram protestos e provocaram atrasos nas linhas de produção. Outras manifestações estão convocadas para esta tarde no Rio e em São Paulo.
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O grupo espalhou cruzes em frente ao Congresso Nacional para simbolizar pessoas que vão morrer sem poder se aposentar, caso a reforma da Previdência seja aprovada. Também participam do ato o Movimento de Luta pela Terra (MLT) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Por causa da manifestação, os dois sentidos do Eixo Monumental foram interditados, entre a Catedral e o Congresso Nacional. O trânsito ficou congestionado na região.
NO RIO, MANIFESTAÇÃO NA CANDELÁRIA
No Rio, uma manifestação de professores saiu do Largo do Machado pela manhã e deixou o trânsito no Flamengo congestionado. Outro protesto foi realizado pela Frente Internacionalista dos Sem-Teto, que interditou a Avenida Rio de Janeiro e chegou a ocupar duas pistas da Avenida Brasil, na altura do Into.
A maior manifestação, no entanto, é esperada para a tarde. Movimentos sociais convocam protesto para 16h na Candelária.
MOBILIZAÇÃO EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Cerca de dez mil metalúrgicos de São José dos Campos, cidade a 90 quilômetros de São Paulo, fizeram mobilizações neste Dia Nacional de Paralisações contra a reforma da previdência e trabalhista. De acordo com o sindicato da categoria, houve passeatas, atrasos em linhas de produção de empresas e greve de 24 horas.
As manifestações começaram por volta das 5h30 desta quarta, com os trabalhadores da TI Automotive, que fizeram uma passeata na Rodovia Presidente Dutra, na pista sentido SP-Rio. Eles caminharam por cerca de dois quilômetros até a Refinaria Henrique Lage, da Petrobras.
Os metalúrgicos da General Motors também realizaram uma passeata, com cerca de 2,5 km, e ocuparam a Via Dutra, no sentido Rio – SP (altura do km 147). Houve atraso de três horas no início da produção.
Na montadora Chery, em Jacareí, os trabalhadores decidiram entrar em greve de 24 horas. Na Embraer, a produção teve um atraso de uma hora. Também aconteceram manifestações de metalúrgicos da JC Hitachi e Prolind.
O Sindicato dos Condutores de São José dos Campos também fez um protesto pela manhã. Os ônibus percorreram alguns dos principais corredores do centro da cidade, em quase duas horas (das 7h30 às 9h20). Os veículos saíram da rodoviária velha, seguiram pelas avenidas São José e João Guilhermino, terminando em frente ao INSS.
À tarde, uma caravana seguirá para São Paulo, onde uma manifestação deverá reunir milhares de trabalhadores de diferentes categorias e cidades na Avenida Paulista.
1 comentário
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José Tadeu Dacol •
Se a reforma não for aprovada e a Previdência falir, os segurados deverão procurar esses protestantes para receberem as suas pensões e aposentadorias.
OGlobo