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Turquia: relatório da ONU detalha graves violações de direitos humanos no sudeste do país

Moradores de Silvan, no sudeste da Turquia, passam por suas casas danificadas por balas. Foto: IRIN/Jodi Hilton

O Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) lançou na semana passada (10) um relatório que detalha relatos de destruições generalizadas, assassinatos e várias outras sérias violações dos direitos humanos cometidos entre julho de 2015 e dezembro de 2016 no sudeste da Turquia.

Durante esse período, as operações de segurança do governo afetaram mais de 30 cidades e bairros e deslocaram entre 335 mil e meio milhão de pessoas, a maioria de origem curda.

“Eu estou particularmente preocupado com os relatos de que nenhuma investigação credível foi feita sobre centenas de homicídios alegadamente ilegais, envolvendo inclusive mulheres e crianças, durante o período de 13 meses entre o final de julho de 2015 e o final de agosto de 2016, frisou o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, em comunicado à imprensa.

“Parece que nenhum suspeito foi preso e ninguém foi processado”, acrescentou.

Zeid reconheceu os complexos desafios que a Turquia enfrentou para responder à tentativa de golpe de Estado, em julho de 2016, e a uma série de ataques terroristas.

No entanto, ele disse que a aparente deterioração da situação humanitária no país é motivo de alarme e só servirá para aprofundar as tensões e fomentar a instabilidade.

O comunicado de imprensa observou que as medidas tomadas no estado de emergência, na sequência da tentativa de golpe do ano passado, incluiu a demissão de mais de 100 mil pessoas de empregos públicos ou privados durante o período de referência. As medidas também afetaram profundamente a situação dos direitos humanos no sudeste do país.

Aproximadamente 10 mil professores foram demitidos por suspeita de ligação com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que o governo considera uma organização terrorista.

“O uso de legislação contra o terrorismo para remover funcionários democraticamente eleitos de origem curda; o fechamento de meios de comunicação independentes e curdos e de associações de cidadãos; e a suspensão em massa de juízes e promotores também enfraqueceram severamente a proteção e promoção dos direitos humanos”, afirmou o alto-comissário.

“O governo da Turquia não nos concedeu o acesso, mas contestou a veracidade das acusações muito graves feitas neste relatório. Mas a gravidade das acusações, a escala da destruição e o deslocamento de mais de 355 mil pessoas significam que uma investigação independente é urgente e essencial”, continuou Zeid.


ONU Brasil



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