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Workshop de Micologia do Inpa apresenta pesquisa de infecção fúngica pulmonar

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Palestras e minicursos constam na programação do evento, que segue esta quarta-feira. O fechamento será com um minicurso de preparação de cerveja artesanal, que está com vagas esgotadas

Da Redação- Ascom Inpa

Foto: Cimone Barros

Um estudo realizado com apoio do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazonas (Inpa/MCTIC) identificou que 7% dos pacientes tratados erroneamente em Manaus com suspeita de Tuberculose não tinham a doença, mas sim micose pulmonar, quando o indivíduo se infecta do meio ambiente com fungos patogênicos fazendo o indivíduo adoecer. O Amazonas é o primeiro estado do Brasil em incidência de casos novos de tuberculose, com 2.806 registros em 2015, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A incidência é o número de casos novos divididos pela população.

A pesquisa de infecção fúngica pulmonar foi apresentada pela médica e estudante de doutorado Joycenéa Matsuda, nesta segunda-feira (12) no II Workshop do Laboratório de Micologia do Inpa, evento que segue esta quarta-feira (14), no Auditório da Ciência do Inpa. Matsuda é pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz e médica na Policlínica Cardoso Fontes, referência no estado no tratamento de tuberculose, doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. O tratamento dura seis meses e a doença tem cura.

Matsuda observou que alguns casos que tinham o exame de escarro negativo não respondiam bem ao tratamento da tuberculose, então ela começou a pesquisa para investigar outras patologias, focando na micose pulmonar, que não é uma doença de notificação compulsória como o é a tuberculose.

“Esses são os primeiros dados e estou continuando a pesquisa. Acredito que a gente deva chegar entre 7% e 10%. Não é que o valor seja alto, mas é importante pela descoberta”, destaca Matsuda, que é estudante de doutorado em Doenças Tropicais e Infecciosas.

A pesquisa utilizou dados de 2013 de 215 pacientes do Cardoso Fontes e do Hospital de Medicina Tropical, referência para pacientes com HIV/Aids. A tuberculose é a primeira causa de morte entre os pacientes com HIV/Aids.

O trabalho também é importante porque os pacientes que eram tratados erroneamente para tuberculose podem receber a medicação correta e ficar curados. Antes do estudo, os pacientes eram tratados seis meses para tuberculose e se não houvesse melhora aí que seriam investigadas outras doenças.

“Agora, logo no começo, já estamos investigando. Com o diagnostico certo, as pessoas têm o tratamento certo. Isso é bom para a saúde pública porque economiza em tratamento errado e para o próprio indivíduo, que não ficará tomando a medicação errada”, conta Matsuda.

O trabalho contou com o suporte dos laboratórios de Micologia do Inpa, fiocruz e Medicina Tropical, e agora o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen), que é referência no diagnóstico de tuberculose do estado, está começando a se envolver no diagnóstico de micologia, ampliando para toda a rede SUS.

Dos pacientes com micose pulmonar, o principal fungo encontrado foi o Aspergillus, que é oportunista aproveitando-se, por exemplo, de lesões nos pulmões já que há muitos casos de tuberculose na região.

Evento

A mesa de abertura do Workshop de Micologia contou com a presença dos os pesquisadores do Inpa João Vicente Braga de Souza, diretor organizador do Evento; Mauricio Morishi Ogusku, líder do Grupo de Pesquisas em Micobactérias e Fungos da Amazônia, e Antônia Maria Ramos Franco, que é a titular da Coordenação de Sociedade Ambiente e Saúde do instituto.

De acordo com Souza, o workshop é fruto da meta do laboratório de se tornar referência regional focando em problemas regionais, tanto com trabalhos sobre substâncias da ciência farmacêutica quanto de micologia médica. Para isso, estão investindo na formação de pessoas e na divulgação das informações e resultados produzidos por elas. Atualmente, 25 estudantes de iniciação científica ao doutorado estão ligadas ao Laboratório de Micologia do Inpa.

 “Temos que juntar pessoas de diferentes capacidades para resolver os nossos problemas, como a criptococose em criança, esses altos números de micoses pulmonares. Isso nós não vamos encontrar nos livros, e nós – grupos de pesquisas, instituições – temos que nos juntar para ajudar essa população que passa perdida, negligenciada”, destacou.

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