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Tendências e cenários para o mercado do trigo

Tendências E Cenários Para O Mercado Do Trigo

A colheita do Trigo na região sul do País inicia agora no Paraná, em meio a uma supersafra mundial com a menor cotação do trigo dos últimos dez anos na Bolsa de Kansas e Chicago. O tema foi discutido na reunião da Câmara Setorial do Trigo do Rio Grande do Sul, que aconteceu dia 12 de agosto, na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS.

A produção mundial de trigo cresceu 4% em relação ao ano passado, subindo de 952 milhões de Toneladas para 984 milhões t. (USDA). No Brasil, a tendência de aumento de produtividade também deverá resultar numa produção nacional 11% maior, totalizando mais de 6 milhões de toneladas. Contudo, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o consumo de trigo no Brasil vem diminuindo nos últimos anos. Em 2013, o consumo foi de 11,3 milhões de toneladas e no ano passado caiu para 10,2 milhões de toneladas. O consumo per capita do brasileiro que chegou a 44,5 kg/habitante/ano em 2012, em 2015 caiu para 39,5 kg/hab/ano (Serra Morena, Reunião do Trigo 2016).

Não bastasse o aumento da produção e a freada no consumo de trigo no Brasil, a oferta do cereal no Mercosul será ampla podendo atingir 22,6 milhões de toneladas, frente a um consumo de 17,8 milhões de toneladas (Conab). Somente a Argentina deverá produzir um excedente de 8 milhões de toneladas.

De acordo com o engenheiro agrônomo Irineu Pedrollo, da I&MP Consultoria, a Argentina é, atualmente, o vendedor mais eficiente no mercado mundial. “Os custos de logística da Argentina são muito baixos. Por exemplo, o trigo saí de uma fazenda na Argentina e chega no nordeste do Brasil a R$ 30,00 a tonelada. O mesmo preço é para sair de Santa Rosa, no RS, até o porto de Rio Grande, no mesmo Estado. Fica difícil para o trigo gaúcho competir com o trigo importado do Mercosul”, explica Pedrollo.

O analista de mercado aponta que o Rio Grande do Sul tem grande vantagem competitiva, já que conta com três grandes centros de desenvolvimento de tecnologia e genética em trigo, além de indústria moderna e reconhecida pela eficiência no setor.

Segundo o SinditrigoRS, a indústria gaúcha tem capacidade para absorver entre 1,1 e 1,4 milhões de toneladas de trigo, considerando uma safra prevista acima de 2 milhões de toneladas neste ano. Uma das saídas para liquidez da safra gaúcha, segundo Pedrollo, são as exportações, alternativa nem sempre vantajosa economicamente: “Ainda que a exportação nos dê liquidez, ela paga mal. No mercado interno o trigo é cotado a 280 dólares a tonelada, enquanto que para a exportação o valor é de 180 dólares. Isso acontece porque o trigo gaúcho ainda não construiu tradição e reconhecimento que agregue valor. É preciso criar um padrão estável para o estado se torne referência no mercado”, diz Pedrollo e alerta: “A triticultura precisa aproveitar este momento em que o governo ainda oferece subvenções para se estabelecer em mercados que garantam independência no futuro”, afirma Irineu Pedrollo.

Com a grande oferta de trigo no mercado mundial, o principal condutor dos preços da temporada 2016/17 será a qualidade, já que houve deterioração nas safras do trigo nos Estados Unidos, na França, na Alemanha e parte da safra na Rússia. De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Eduardo Caierão, a expectativa para a safra sul-brasileira, que começa agora e responde por 90% do trigo produzido no País, é boa já que o cenário climático tem se mostrado positivo até o momento. “No Rio Grande do Sul, principalmente, o mês de setembro e outubro são fundamentais para a confirmação do potencial produtivo das lavouras. A expectativa é pela não ocorrência de geadas a partir de agora e que o período de maturação das lavouras seja seco”, avalia Caierão.

No momento, o trigo argentino está chegando aos moinhos de SP, PR e RS cotado a R$ 670,00/tonelada. “Este é o indicador de preços para a próxima safra”, finaliza o consulor Irineu Pedrollo.

A Câmara Setorial do Trigo do RS é promovida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, sob coordenação de Altair André Hommerding. A próxima reunião está prevista para o mês de outubro. Informações através do telefone (51) 3232-6773.

A colheita do trigo na região sul do País inicia agora no Paraná, em meio a uma supersafra mundial com a menor cotação do trigo dos últimos dez anos na Bolsa de Kansas e Chicago. O tema foi discutido na reunião da Câmara Setorial do Trigo do Rio Grande do Sul, que aconteceu dia 12 de agosto, na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS.

A produção mundial de trigo cresceu 4% em relação ao ano passado, subindo de 952 milhões de toneladas para 984 milhões t. (USDA). No Brasil, a tendência de aumento de produtividade também deverá resultar numa produção nacional 11% maior, totalizando mais de 6 milhões de toneladas. Contudo, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o consumo de trigo no Brasil vem diminuindo nos últimos anos. Em 2013, o consumo foi de 11,3 milhões de toneladas e no ano passado caiu para 10,2 milhões de toneladas. O consumo per capita do brasileiro que chegou a 44,5 kg/habitante/ano em 2012, em 2015 caiu para 39,5 kg/hab/ano (Serra Morena, Reunião do Trigo 2016).

Não bastasse o aumento da produção e a freada no consumo de trigo no Brasil, a oferta do cereal no Mercosul será ampla podendo atingir 22,6 milhões de toneladas, frente a um consumo de 17,8 milhões de toneladas (Conab). Somente a Argentina deverá produzir um excedente de 8 milhões de toneladas.

De acordo com o engenheiro agrônomo Irineu Pedrollo, da I&MP Consultoria, a Argentina é, atualmente, o vendedor mais eficiente no mercado mundial. “Os custos de logística da Argentina são muito baixos. Por exemplo, o trigo saí de uma fazenda na Argentina e chega no nordeste do Brasil a R$ 30,00 a tonelada. O mesmo preço é para sair de Santa Rosa, no RS, até o porto de Rio Grande, no mesmo Estado. Fica difícil para o trigo gaúcho competir com o trigo importado do Mercosul”, explica Pedrollo.

O analista de mercado aponta que o Rio Grande do Sul tem grande vantagem competitiva, já que conta com três grandes centros de desenvolvimento de tecnologia e genética em trigo, além de indústria moderna e reconhecida pela eficiência no setor.

Segundo o SinditrigoRS, a indústria gaúcha tem capacidade para absorver entre 1,1 e 1,4 milhões de toneladas de trigo, considerando uma safra prevista acima de 2 milhões de toneladas neste ano. Uma das saídas para liquidez da safra gaúcha, segundo Pedrollo, são as exportações, alternativa nem sempre vantajosa economicamente: “Ainda que a exportação nos dê liquidez, ela paga mal. No mercado interno o trigo é cotado a 280 dólares a tonelada, enquanto que para a exportação o valor é de 180 dólares. Isso acontece porque o trigo gaúcho ainda não construiu tradição e reconhecimento que agregue valor. É preciso criar um padrão estável para o estado se torne referência no mercado”, diz Pedrollo e alerta: “A triticultura precisa aproveitar este momento em que o governo ainda oferece subvenções para se estabelecer em mercados que garantam independência no futuro”, afirma Irineu Pedrollo.

Com a grande oferta de trigo no mercado mundial, o principal condutor dos preços da temporada 2016/17 será a qualidade, já que houve deterioração nas safras do trigo nos Estados Unidos, na França, na Alemanha e parte da safra na Rússia. De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Eduardo Caierão, a expectativa para a safra sul-brasileira, que começa agora e responde por 90% do trigo produzido no País, é boa já que o cenário climático tem se mostrado positivo até o momento. “No Rio Grande do Sul, principalmente, o mês de setembro e outubro são fundamentais para a confirmação do potencial produtivo das lavouras. A expectativa é pela não ocorrência de geadas a partir de agora e que o período de maturação das lavouras seja seco”, avalia Caierão.

No momento, o trigo argentino está chegando aos moinhos de SP, PR e RS cotado a R$ 670,00/tonelada. “Este é o indicador de preços para a próxima safra”, finaliza o consulor Irineu Pedrollo.

A Câmara Setorial do Trigo do RS é promovida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, sob coordenação de Altair André Hommerding. A próxima reunião está prevista para o mês de outubro. Informações através do telefone (51) 3232-6773.

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