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15º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha reuniu os maiores pesquisadores do tema em Goiânia

15º Encontro Nacional De Plantio Direto Na Palha Reuniu Os Maiores Pesquisadores Do Tema Em Goiânia
A Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (Febrapdp), a Embrapa, a Universidade Federal de Goiás-UFG e o Ministério da Agricultura realizaram juntos o evento, que aconteceu no Centro de Eventos da UFG e na sede da Embrapa Arroz e Feijão, esta, em Santo Antônio de Goiás, região metropolitana de Goiânia, entre os dias 20 e 22 de setembro.

O encontro reuniu os principais nomes da pesquisa agropecuária do país, com as mais novas informações sobre o Sistema de Plantio Direto (SPD). Foram dois dias de palestras (20 e 21), com a participação de cerca de 500 pessoas/dia, terminando o evento na quinta-feira (22), com um Dia de Campo, na sede da Embrapa Arroz e Feijão, com a presença de cerca de 250 pessoas, entre pesquisadores, técnicos, produtores, autoridades, estudantes e profissionais da área.

O tema, nesta edição, foi “Palha, Ambiente e Renda”, levantando aspectos para a melhoria da produção e renda agropecuária, a conservação do solo e a melhoria da produção. Nos dois dias de palestras, as opiniões oriundas das experiências obtidas em campo foram trazidas a público, promovendo rico debate entre os participantes. Rotação de culturas, controle biológico de pragas e doenças, fertilidade do solo, estresse hídrico, mecanização agrícola e os sistemas integrados de produção são alguns dos assuntos debatidos na programação.

O Coordenador técnico do Dia de Campo do evento, Mábio Lacerda, também pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, na área de Fitotecnia e Sistemas Agrícolas Sustentáveis, destacou o alto nível técnico das discussões, que têm trazido para os agricultores uma visão mais ampla do Sistema de Plantio Direto na Palha, em especial, no que diz respeito a compactação, formação de palha, manejo de herbicidas, construção de perfil e teor de matéria orgânica no solo. Para Mábio, assim como o evento, o público também foi muito técnico, com a presença de consultores, agricultores, pesquisadores e estudantes da área de Agronomia.

Um dos pontos levantados nas discussões, em especial pelo pesquisador João Carlos de Moraes Sá (Universidade Estadual de Ponta Grossa), é produção de Matéria Orgânica, destacando o prejuízo causado à produtividade no Sistema de Plantio Direto, pelo uso da grade na lavoura. Sobre esse tema, Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira, pesquisador da Embrapa Algodão e membro da Comissão Técnico-Científica do evento, afirma que esse procedimento deve ser adotado, apenas, quando haja algum critério técnico favorável e avaliação da viabilidade, visando a corrigir aquilo que foi detectado.

Segundo dia
No dia 21, pela manhã, dentro do Painel 3 do evento (SPD e os Sistemas Integrados de Produção), o pesquisador João K, da Embrapa Cerrados, conduziu palestra sobre integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF), lembrando em sua fala que um dos objetivos desse sistema é promover eficiência ao plantio direto, pelo uso de forrageiras, que têm capacidade de correção de perfil de solo, com penetração profunda e volume das raízes, fixação e introdução de carbono e nutrientes no perfil. “Nós temos hoje no Brasil 23 milhões de hectares onde se plantam apenas soja ou apenas milho ou, quando muito, sucessão soja-milho. Quando entrarmos aí com ILPF, aumentaremos a produção desses dois produtos, introduzindo ainda a safrinha do boi, gerando matéria orgânica, tornando o ambiente mais produtivo para qualquer cultura que se deseja plantar ali”, afirma João K.

Sobre o conteúdo apresentado nas palestras, o pesquisador Murillo Lobo Júnior, da Embrapa Arroz e Feijão, ressaltou a integração plena entre as diversas linhas de pesquisa, “tudo perfeitamente compatível, conservação de água e solo, sequestro de carbono, tudo convergindo para melhoria do sistema”. Murillo afirma, ainda: “nenhuma prática isolada vai fazer sucesso se não estiver bem entrosada com esse sistema, é uma ação multidisciplinar. Você endossa seu trabalho de manejo de doenças, quando vê um colega que trabalha com manejo de solo e percebe o sinergismo entre essas coisas. Parecem áreas distintas, mas que são conectadas” disse o pesquisador.

O pesquisador Luiz Carlos Hernani (EMBRAPA Solos) apresentou as ações do projeto Solo Vivo, coordenado por ele, uma parceria Embrapa, Itaipu e Febrapdp, que visa à identificação de ferramentas que permitam a qualificação do manejo de solo, nas áreas de plantio direto das regiões Centro-Sul do país. Segundo Luiz Carlos, 43% da área classificada como adoção de Plantio Direto não poderia ser assim considerada. “Trata-se, na verdade de um trabalho sem preparo, no qual se faz a dessecação da cobertura verde, fazendo em seguida o plantio, esquecendo-se dos princípios que regem a agricultura conservacionista. Mesmo com esse equívoco, tem-se conseguido rendimentos razoáveis”, afirmou. O pesquisador ressaltou que a preocupação desse encontro foi mostrar técnicas alternativas também. “Nós vimos aqui a ILPF, que é um processo final da melhoria do manejo de solo em áreas de plantio direto. É um sistema muito melhor, no qual a biodiversidade é ampliada, cobre-se o solo o ano inteiro, com fotossíntese, também, o ano inteiro, com sequestro de carbono cada vez maior”, concluiu.

Dia de Campo
A última etapa do 15º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha aconteceu na Fazenda Capivara, com o Dia de Campo realizado pela Embrapa Arroz e Feijão e o Sistema SENAR/FAEG, por meio do Programa Especial ABC Cerrado. Foram montadas quatro estações que tiveram como temas: 1. Sistema de plantio direto e Integração Lavoura Pecuária (ILP) no sequestro de gases de efeito estufa, com as pesquisadoras Márcia Thaís de Melo Carvalho e Mellissa Ananias Soler da Silva (Embrapa Arroz e Feijão); 2. Manejo de pragas e plantas daninhas com plantas de cobertura, palestra do pesquisador Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira (Embrapa Algodão); 3. Manejo de doenças com plantas de cobertura, assunto que coube aos pesquisadores Murillo Lobo Júnior (Embrapa Arroz e Feijão) e Nelson Suassuna (Embrapa Algodão); e 4. Adubação de sistemas, estação comandada por Álvaro Vilela de Resende (Embrapa Milho e Sorgo).

O evento destacou a importância dos sistemas integrados de produção na mitigação de emissão de gases na atmosfera, principalmente com a utilização da ILP. Nesse aspecto, entre outros pontos, foram apresentadas aos participantes as mais recentes informações sobre gás de efeito estufa, relacionadas à agricultura e mudança do uso da terra; e, ainda, sobre estratégias para mitigar tais emissões e aumentar o sequestro de carbono (C) no sistema solo x planta em ILP.

Outro destaque do Dia de Campo foi o manejo de pragas, plantas daninhas e doenças, com plantas de cobertura, para minimizar os riscos e os prejuízos causados por esses elementos que vêm se tornando problemas para os produtores, em Sistema de Plantio Direto (SPD).

Estes procedimentos estão melhorando a qualidade do sistema, pela incorporação de práticas referentes à rotação de culturas e a diversificação de espécies, além do uso do manejo integrado e do controle biológico.

A próxima edição do Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha será em 2018, em Cruz Alta (RS), em data e tema ainda a serem definidos pela comissão científica do evento.

A Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (Febrapdp), a Embrapa, a Universidade Federal de Goiás-UFG e o Ministério da Agricultura realizaram juntos o evento, que aconteceu no Centro de Eventos da UFG e na sede da Embrapa Arroz e Feijão, esta, em Santo Antônio de Goiás, região metropolitana de Goiânia, entre os dias 20 e 22 de setembro.

O encontro reuniu os principais nomes da pesquisa agropecuária do país, com as mais novas informações sobre o Sistema de Plantio Direto (SPD). Foram dois dias de palestras (20 e 21), com a participação de cerca de 500 pessoas/dia, terminando o evento na quinta-feira (22), com um Dia de Campo, na sede da Embrapa Arroz e Feijão, com a presença de cerca de 250 pessoas, entre pesquisadores, técnicos, produtores, autoridades, estudantes e profissionais da área.

O tema, nesta edição, foi “Palha, Ambiente e Renda”, levantando aspectos para a melhoria da produção e renda agropecuária, a conservação do solo e a melhoria da produção. Nos dois dias de palestras, as opiniões oriundas das experiências obtidas em campo foram trazidas a público, promovendo rico debate entre os participantes. Rotação de culturas, controle biológico de pragas e doenças, fertilidade do solo, estresse hídrico, mecanização agrícola e os sistemas integrados de produção são alguns dos assuntos debatidos na programação.

O Coordenador técnico do Dia de Campo do evento, Mábio Lacerda, também pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, na área de Fitotecnia e Sistemas Agrícolas Sustentáveis, destacou o alto nível técnico das discussões, que têm trazido para os agricultores uma visão mais ampla do Sistema de Plantio Direto na Palha, em especial, no que diz respeito a compactação, formação de palha, manejo de herbicidas, construção de perfil e teor de matéria orgânica no solo. Para Mábio, assim como o evento, o público também foi muito técnico, com a presença de consultores, agricultores, pesquisadores e estudantes da área de Agronomia.

Um dos pontos levantados nas discussões, em especial pelo pesquisador João Carlos de Moraes Sá (Universidade Estadual de Ponta Grossa), é produção de Matéria Orgânica, destacando o prejuízo causado à produtividade no Sistema de Plantio Direto, pelo uso da grade na lavoura. Sobre esse tema, Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira, pesquisador da Embrapa Algodão e membro da Comissão Técnico-Científica do evento, afirma que esse procedimento deve ser adotado, apenas, quando haja algum critério técnico favorável e avaliação da viabilidade, visando a corrigir aquilo que foi detectado.

Segundo dia
No dia 21, pela manhã, dentro do Painel 3 do evento (SPD e os Sistemas Integrados de Produção), o pesquisador João K, da Embrapa Cerrados, conduziu palestra sobre integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF), lembrando em sua fala que um dos objetivos desse sistema é promover eficiência ao plantio direto, pelo uso de forrageiras, que têm capacidade de correção de perfil de solo, com penetração profunda e volume das raízes, fixação e introdução de carbono e nutrientes no perfil. “Nós temos hoje no Brasil 23 milhões de hectares onde se plantam apenas soja ou apenas milho ou, quando muito, sucessão soja-milho. Quando entrarmos aí com ILPF, aumentaremos a produção desses dois produtos, introduzindo ainda a safrinha do boi, gerando matéria orgânica, tornando o ambiente mais produtivo para qualquer cultura que se deseja plantar ali”, afirma João K.

Sobre o conteúdo apresentado nas palestras, o pesquisador Murillo Lobo Júnior, da Embrapa Arroz e Feijão, ressaltou a integração plena entre as diversas linhas de pesquisa, “tudo perfeitamente compatível, conservação de água e solo, sequestro de carbono, tudo convergindo para melhoria do sistema”. Murillo afirma, ainda: “nenhuma prática isolada vai fazer sucesso se não estiver bem entrosada com esse sistema, é uma ação multidisciplinar. Você endossa seu trabalho de manejo de doenças, quando vê um colega que trabalha com manejo de solo e percebe o sinergismo entre essas coisas. Parecem áreas distintas, mas que são conectadas” disse o pesquisador.

O pesquisador Luiz Carlos Hernani (EMBRAPA Solos) apresentou as ações do projeto Solo Vivo, coordenado por ele, uma parceria Embrapa, Itaipu e Febrapdp, que visa à identificação de ferramentas que permitam a qualificação do manejo de solo, nas áreas de plantio direto das regiões Centro-Sul do país. Segundo Luiz Carlos, 43% da área classificada como adoção de Plantio Direto não poderia ser assim considerada. “Trata-se, na verdade de um trabalho sem preparo, no qual se faz a dessecação da cobertura verde, fazendo em seguida o plantio, esquecendo-se dos princípios que regem a agricultura conservacionista. Mesmo com esse equívoco, tem-se conseguido rendimentos razoáveis”, afirmou. O pesquisador ressaltou que a preocupação desse encontro foi mostrar técnicas alternativas também. “Nós vimos aqui a ILPF, que é um processo final da melhoria do manejo de solo em áreas de plantio direto. É um sistema muito melhor, no qual a biodiversidade é ampliada, cobre-se o solo o ano inteiro, com fotossíntese, também, o ano inteiro, com sequestro de carbono cada vez maior”, concluiu.

Dia de Campo
A última etapa do 15º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha aconteceu na Fazenda Capivara, com o Dia de Campo realizado pela Embrapa Arroz e Feijão e o Sistema SENAR/FAEG, por meio do Programa Especial ABC Cerrado. Foram montadas quatro estações que tiveram como temas: 1. Sistema de plantio direto e Integração Lavoura Pecuária (ILP) no sequestro de gases de efeito estufa, com as pesquisadoras Márcia Thaís de Melo Carvalho e Mellissa Ananias Soler da Silva (Embrapa Arroz e Feijão); 2. Manejo de pragas e plantas daninhas com plantas de cobertura, palestra do pesquisador Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira (Embrapa Algodão); 3. Manejo de doenças com plantas de cobertura, assunto que coube aos pesquisadores Murillo Lobo Júnior (Embrapa Arroz e Feijão) e Nelson Suassuna (Embrapa Algodão); e 4. Adubação de sistemas, estação comandada por Álvaro Vilela de Resende (Embrapa Milho e Sorgo).

O evento destacou a importância dos sistemas integrados de produção na mitigação de emissão de gases na atmosfera, principalmente com a utilização da ILP. Nesse aspecto, entre outros pontos, foram apresentadas aos participantes as mais recentes informações sobre gás de efeito estufa, relacionadas à agricultura e mudança do uso da terra; e, ainda, sobre estratégias para mitigar tais emissões e aumentar o sequestro de carbono (C) no sistema solo x planta em ILP.

Outro destaque do Dia de Campo foi o manejo de pragas, plantas daninhas e doenças, com plantas de cobertura, para minimizar os riscos e os prejuízos causados por esses elementos que vêm se tornando problemas para os produtores, em Sistema de Plantio Direto (SPD).

Estes procedimentos estão melhorando a qualidade do sistema, pela incorporação de práticas referentes à rotação de culturas e a diversificação de espécies, além do uso do manejo integrado e do controle biológico.

A próxima edição do Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha será em 2018, em Cruz Alta (RS), em data e tema ainda a serem definidos pela comissão científica do evento.

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