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100 Melhores Personagens de Séries - Nº 68



Série: Mad Men
Actriz: Elisabeth Moss

por Lorena Wildering


    Chegámos a Madison Avenue dos anos 60. Não há ninguém sem chapéu na cabeça, nenhum homem sem fato e nenhuma secretária sem a bainha da saia demasiado curta. O pequeno-almoço de whisky com gelo inaugura o dia e a presença de “Mad Men” no nosso Top.
    Ignorando, para já, o primeiro nome que nos vem à cabeça quando pensamos nesta série, vamos ao segundo. O primeiro episódio centra-se em Peggy Olson (Elisabeth Moss), a nova secretária da agência de publicidade Sterling Cooper. O primeiro conselho que ouve é de Joan Holloway (Christina Hendricks): as secretárias devem andar algures entre uma mãe, uma empregada de mesa, e o resto… bem, o resto demonstra o que uma mulher dos anos 60 representava aos olhos de um homem e da sociedade.

   Ainda e logo neste primeiro episódio, vemos Peggy a submeter-se a este terceiro factor, encarado como normal e inevitável, ao dormir com o executivo de contas, Pete Campbell. Sem que ele saiba, Peggy acaba por engravidar e só se aperceber no momento do parto, em estado de choque e negação. Escolhe dar a criança para adopção e seguir com a sua vida — uma em que a carreira é mais importante do que ser mãe.
    Acompanhamos o princípio da sua carreira em 1960 com “basket of kisses”, o seu primeiro insight criativo que desperta o interesse do director criativo, Don Draper (Jon Hamm). Graças à sua capacidade de encarar as mulheres como mais do que uma entre muitas, dá-lhe a oportunidade de uma vida. Peggy quebra barreiras ao passar de secretária a copywriter, um caso verdadeiramente raro num mundo e negócio dominado por homens. Enquanto sobe as fileiras criativas por mérito próprio, continua a ter de suportar o sexismo e constrangimentos sociais verbalizados pelos seus colegas e clientes. Apesar desta descriminação, Peggy responde sempre da melhor forma: exige reconhecimento com determinação, força de vontade e sem medo de ir contra o status quo. É esta atitude que faz com que Don a respeite ao longo de toda a série. Primeiro, torna-se quase como um mentor para Peggy, que o idolatra. No final da série, é a Peggy que Don escolhe telefonar num dos piores momentos da sua vida.

    Passadas sete temporadas, depois de ter passado por agências rivais, vêmo-la como uma intransigente copywriter sénior depois de anos de luta constante contra os preconceitos daquilo que uma mulher deveria ser. Num mundo ditado por homens, a maior evolução que vemos nesta série são quase sempre das personagens femininas. O criador Matthew Weiner trouxe-nos papéis de mulheres complexas e corajosas e não as habituais girls next door. A evolução de Peggy é a mais evidente e a que mais se destaca: da década de 60 como secretária de olhos pestanejantes até à década seguinte como uma cobiçada criativa e profissional realizada. O melhor exemplo daquilo que uma mulher se podia tornar numa altura regulada pelo machismo.                                                                                                  
                                                 
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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.


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