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Euro 2024: Previsão Grupo A

Euro 2024: Previsão Grupo A

  Em contagem decrescente para o Euro 2024, iniciamos hoje uma sequência de seis artigos de análise detalhada a cada um dos grupos da competição. Neles, pretendemos realizar uma sumária retrospetiva do apuramento de cada seleção, identificando forças e fraquezas, esquematizando como deve jogar cada Equipa, até que fase imaginamos que chegue e que jogadores podem brilhar. Ao longo de um mês teremos tardes e noites com muito futebol, numa competição que não terá grandes nomes como Haaland, Odegaard, Gyökeres e Isak (não se qualificaram), que lamenta as lesões de Alaba, Gavi, Isco, Frenkie de Jong, Koopmeiners ou Wieffer, e em que surpreendem as ausências por opção de Courtois, Hummels, O'Riley, Branthwaite ou Zirkzee.

    Disputado em 10 cidades diferentes da Alemanha, o Euro começa em Munique com o Alemanha-Escócia (sexta-feira, 14 de Junho, às 20 horas) e termina exatamente um mês depois no Olympiastadion, em Berlim. No Grupo A, a anfitriã Die Mannschaft fará um tour por Munique, Estugarda e Frankfurt, acompanhada por 3 equipas que tudo indica ser irão apresentar com 3 centrais.
    Aos 36 anos, Julian Nagelsmann tem o peso de uma exigente nação nos ombros. O herdeiro de Löw e Flick sabe que a História abona a favor dos alemães em competições organizadas por eles: em 1974, a Alemanha Ocidental venceu a Holanda de Cruyff na final do Mundial, disputada em Munique, e tanto no Euro'88 como no Mundial 2006 os alemães conseguiram chegar às meias-finais. Falhar esse Top-4 será defraudar o passado. Qualificada automaticamente, a Alemanha não pôde realizar um apuramento competitivo, o que permitiu ao precoce Nagelsmann realizar experiências atrás de experiências (chegou a testar Kai Havertz a lateral-esquerdo). A equipa perdeu os amigáveis iniciais (Áustria e Turquia) mas endireitou-se, acabando por aparecer em bom plano diante de oponentes com outro estatuto como a França (2-0) e os Países Baixos (2-1). Um momento determinante na caminhada desta Alemanha aconteceu a 22 de Fevereiro de 2024, quando Toni Kroos anunciou que regressaria à seleção naquela que entretanto sabemos será a sua despedida em definitivo dos relvados. Com o quarterback do Real Madrid como organizador, jogadores com ADN vencedor (o 11 misturará Bayern Munique, Bayer Leverkusen e Real Madrid) e talentos geracionais como Musiala e Wirtz, a Alemanha pode sonhar.

    Para dificultar a vida aos da casa, e focados em escrever um trajeto notável, temos Escócia, Hungria e Suíça. Em comum, a disposição tática alicerçada em 3 centrais, muitíssimo diferente porém nas dinâmicas (Suíça e Hungria usarão melhor os corredores, a Escócia irá povoar mais o corredor central com vários médios combativos).
    Destas três nações, a Suíça é quem tem apresentado maior sucesso recente. Os helvéticos passaram sempre a fase de grupos em todas as grandes competições desde 2014 (3 mundiais e 2 europeus, caindo sempre nos oitavos exceto em 2020, quando chegaram mesmo aos quartos-de-final). No entanto, a qualificação não foi brilhante (2
º lugar atrás da Roménia num grupo bastante acessível) e há dúvidas se Murat Yakin estará à altura dos trabalhos de Petkovic ou Hitzfeld.
    Quanto à Hungria, é inequívoco o crescimento desta seleção: basta pensar que em 2018 estavam na Liga C da Liga das Nações e entretanto estão no patama A) Os húngaros, orientados há 6 anos pelo italiano Marco Rossi, festejaram um primeiro lugar sem qualquer derrota no apuramento (deixaram a Sérvia, teoricamente com outros argumentos, em 2º) e convém não esquecer a impressionante Liga das Nações 22/ 23, quando no Grupo 3 da Liga A conseguiram superar em pontos Alemanha e Inglaterra. Dominik Szoboszlai, hoje jogador do Liverpool, é o capitão e o talismã, carregando a sua seleção jogo sim, jogo sim.
    A Escócia também está mais forte com Steve Clarke, ex-adjunto de José Mourinho no Chelsea. Os escoceses confirmaram o seu bilhete com apenas uma derrota num grupo ganho pela Espanha (Escócia venceu a Espanha, com um bis de McTominay, em Glasgow) e no qual a Noruega de Haaland e Odegaard terminou 6 pontos atrás dos scots. Com menor qualidade técnica mas muita energia, os jogos desta equipa prometem ser bom entretenimento caso o 5-4-1 não se deixe afundar num bloco muito baixo.

    Ao antecipar o Grupo A, temos que apontar a Alemanha ao 1º lugar, com a equipa da casa a poder totalizar 7 a 9 pontos. Logo na primeira jornada, o Hungria-Suíça será determinante nas contas do grupo, interessando em particular o duelo à distância entre Gulácsi e Sommer. Teremos uma fluida Alemanha, uma Hungria em que os jogadores vão levantar a cabeça e procurar o inspirado Szoboszlai, podendo faltar golo à Suíça e à Escócia.

    Fiquem então com a análise mais aprofundada do Grupo A:

1. ALEMANHA  
(Previsão: Finalista vencido)

  • Guarda-Redes: Manuel Neuer (Bayern Munique), Marc-André Ter Stegen (Barcelona), Oliver Baumann (Hoffenheim)
  • Defesas: Joshua Kimmich (Bayern Munique), Benjamin Henrichs (RB Leipzig), Jonathan Tah (Bayer Leverkusen), Robin Koch (Eintracht Frankfurt), Waldemar Anton (Estugarda), Antonio Rüdiger (Real Madrid), Nico Schlotterbeck (Borussia Dortmund), David Raum (RB Leipzig), Maximilian Mittelstädt (Estugarda)
  • Médios: Toni Kroos (Real Madrid), Robert Andrich (Bayern Munique), Aleksandar Pavlovic (Bayern Munique), Pascal Gross (Brighton), Ilkay Gündogan (Barcelona)
  • Extremos/ Avançados: Thomas Müller (Bayern Munique), Florian Wirtz (Bayer Leverkusen), Leroy Sané (Bayern Munique), Jamal Musiala (Bayern Munique), Chris Führich (Estugarda), Kai Havertz (Arsenal), Deniz Undav (Estugarda), Niclas Füllkrug (Borussia Dortmund), Maximilian Beier (Hoffenheim)
Seleccionador: Julian Nagelsmann;
Baixas: Serge Gnabry, Timo Werner; Ausências: Mats Hummels, Leon Goretzka, Julian Brandt.

Forças: A última dança de Toni Kroos e a magia, em casa, de Musiala e Wirtz; O 11 preferido de Nagelsmann permite ótima dinâmica, com Havertz e Gündogan a poderem realizar movimentos contrários, podendo-se ainda verificar uma metamorfose em jogo para um 4-4-2 à Ancelotti com Musiala e Wirtz libertos como Vinícius e Rodrygo; Quase todos os jogadores da equipa base ganharam jogos atrás de jogos esta época, revelando personalidade e fome ao serviço de Bayern Munique, Bayer Leverkusen, Real Madrid, Arsenal ou Estugarda; Sané, Gross ou Undav são ótimas opções para poder lançar no decorrer dos jogos.
Fraquezas: Dificuldade recente da Alemanha colocar em campo o que parece ter tudo para funcionar no papel; Eventual deslize vai gerar a discussão de porque é que Hummels ou Goretzka não foram convocados, ou porque razão é Neuer o titular em vez de Ter Stegen.

Equipa-Base (4-2-3-1): Neuer; Kimmich, Tah, Rüdiger, Mittelstädt; Kroos, Andrich; Wirtz, Gündogan, Musiala; Havertz

Depois de muito experimentar, Nagelsmann estabilizou satisfeito com uma ideia. O 4-2-3-1 alemão, ocasionalmente mais 4-3-3 ou mais 4-4-2 losango de acordo com os momentos do jogo, terá Toni Kroos como pensador. Toda a Alemanha vai passar pelos pés do jogador, que qual relojoeiro vai procurar controlar e ditar o ritmo de jogo.
    Neuer é o preferido de Nagelsmann, tendo mostrado em jogos recentes (meias-finais da Champions e num amigável da Seleção) ser capaz de borrar a pintura depois de somar defesas extraordinarias, e Tah-Rüdiger têm a confiança do selecionador, que riscou Hummels mesmo depois do central do Dortmund ter sido o melhor defesa na Liga dos Campeões. 
Mittelstädt procurará dar sequência à boa temporada no Estugarda, tal como Andrich, jogador-chave de Xabi Alonso no Leverkusen, que será o guerreiro protetor de Kroos.
    Gündogan é o capitão desta equipa, e Havertz parte na frente para solução como 9. O esquema permite libertar Musiala e Wirtz de tarefas defensivas, e os dois jovens de 21 anos prometem deslumbrar.

Destaques Individuais (Previsão):


    A última imagem de Toni Kroos. Depois de se despedir a nível de clubes com a sua sexta Champions, o médio dirá adeus em definitivo ao futebol, em sua casa e junto dos seus, neste Europeu. Aos 34 anos, Kroos parece melhor que nunca e quer sair na plenitude das suas capacidades. A motivação e crença deste grupo ficou muito reforçada com o anúncio do seu regresso à Mannschaft, e podem esperar autênticas aulas de acerto de passe, distribuição e controlo.
    Uma boa campanha da equipa da casa está também bastante dependente das duas pérolas, Jamal Musiala e Florian Wirtz. O elegante craque do Bayern será um dos grandes dribladores neste Euro 2024, com a camisola 10 nas suas costas, e antecipamos um alto impacto seu em termos de golos e assistências. Wirtz, a grande figura do campeão Bayer Leverkusen, pode ter eventualmente mais dificuldade em encontrar o seu espaço tático neste 11 (será fundamental boa dinâmica nas movimentações com Havertz e Gündogan) mas, se esse clique for dado, a Alemanha pode tornar-se quase imparável.
    Depois de recuperar toda a sua confiança no Arsenal, Kai Havertz será o jogador mais adiantado desta Alemanha, batendo até ver a concorrência de Undav, Füllkrug e Beier. Ao jogador de 1,93m vão ser pedidos golos, mas temos mais interesse em assistir ao seu trabalho sem bola e à influência que pode ter nos desempenhos dos dois mágicos da equipa. Robert Andrich será o lutador desta equipa, Joshua Kimmich um dínamo sempre ligado, quer ao longo do corredor direito quer a inverter para dentro, e Antonio Rüdiger terá que se assumir como patrão numa defesa que tem desiludido e muito nas últimas fases finais.

2. SUÍÇA  
(Previsão: Oitavos-de-final, eliminada pela Itália)

  • Guarda-Redes: Yann Sommer (Inter), Gregor Kobel (Borussia Dortmund), Yvon Mvogo (Lorient)
  • Defesas: Silvan Widmer (Mainz), Fabian Schär (Newcastle), Nico Elvedi (Gladbach), Cédric Zesiger (Wolfsburgo), Leonidas Stergiou (Estugarda), Manuel Akanji (Manchester City), Ricardo Rodríguez (Torino)
  • Médios: Denis Zakaria (Mónaco), Ardon Jashari (Luzern), Vincent Sierro (Toulouse), Remo Freuler (Nottingham Forest), Granit Xhaka (Bayer Leverkusen), Michel Aebischer (Bologna), Fabian Rieder (Young Boys)
  • Extremos/ Avançados: Dan Ndoye (Bologna), Steven Zuber (AEK), Renato Steffen (FC Lugano), Xherdan Shaqiri (Chicago Fire), Rubén Vargas (Augsburgo), Breel Embolo (Mónaco), Noah Okafor (AC Milan), Zeki Amdouni (Burnley), Kwadwo Duah (Ludogorets)
Seleccionador: Murat Yakin;

Forças: Yann Sommer e Granit Xhaka costumam transcender-se em competições de seleções; Defesa super competente com Schär e Akanji, podendo o rapidíssimo Dan Ndoye acrescentar a objetividade e o desequilíbrio que parece faltar numa fase em que Shaqiri já está há três temporadas na MLS;
Fraquezas: Yakin tem sido contestado e Breel Embolo, a principal esperança de golos, só voltou aos relvados em Abril depois de uma lesão grave; Okafor e Amdouni poderão iniciar a competição como suplentes, e cremos que quanto mais cedo forem incorporados no 11, melhor.

Equipa-Base (3-4-3): Sommer; Schär, Akanji, Rodríguez; Widmer, Freuler, Xhaka, Ndoye; Shaqiri, Amdouni, Vargas (Okafor)

    Com 3 centrais, tal como a Hungria e a Escócia, a Suíça de Murat Yakin conta com uma linha defensiva muito capaz. Sommer é um grande guarda-redes, Akanji e Schär realizaram excelentes épocas, e ter Widmer como ala direito e Ricardo Rodríguez como central do lado esquerdo permite formar uma linha de 4 pontualmente.
    O grande desafio de Yakin estava em encontrar quem desse largura e acrescentasse velocidade a partir da esquerda, e Dan Ndoye parece ser uma excelente solução para a até então lacuna. Quem tem Xhaka e Freuler tem qualidade a recuperar e pensar, restando apenas dúvidas relativamente ao trio da frente - Shaqiri tem apenas 32 anos mas está afastado da alta roda há vários anos, e não nos surpreenderá se Okafor e Amdouni reclamarem como suas as posições que em teoria estariam entregues a Embolo e Rubén Vargas.

Destaques Individuais (Previsão):


    Granit Xhaka merece outro reconhecimento. O médio helvético esteve soberbo em 22/ 23 ao serviço do Arsenal, e ainda melhor em 23/ 24 no quase invicto Leverkusen. Com o hábito desenvolvido de se agigantar ao serviço da sua Suíça, na qual é capitão, esperamos que possa ser ele a fazer a diferença em muitos momentos.
    O 3-4-3 suíço parece, em teoria, algo preso e rígido. Dan Ndoye pode ser a resposta de Yakin para mudar isso, contribuindo com muita velocidade e atrevimento. Se arrancar como esperamos, pode dar-se inclusive o caso da Suíça ficar bastante dependente dele.
    Na decisão entre Suíça e Hungria para o segundo lugar, pesou fundamentalmente a existência de Yann Sommer e Manuel Akanji. O guardião do Inter brilhou no Euro 2020 e quererá fazer o mesmo na Alemanha, país onde passou grande parte da sua carreira; Akanji foi um dos centrais com melhor rendimento no Manchester City esta temporada, uma apreciação que nos parece suficiente para estar apresentado.
    Entre os elementos da linha ofensiva existe bastante incerteza. Suspeitamos que Okafor pode ser apenas utilizado como Ás para lançar durante os jogos, e por isso Zeki Amdouni é talvez o principal candidato a goleador desta Suíça. A vida não lhe correu bem no Burnley, mas um bom Euro 2024 pode levar a que muita gente o queira impedir de descer ao Championship.

3. HUNGRIA  
(Previsão: Oitavos-de-final, eliminada pela Ucrânia)


  • Guarda-Redes: Peter Gulácsi (RB Leipzig), Denes Dibusz (Ferencváros), Péter Szappanos (Paksi)
  • Defesas: Loïc Nego (Le Havre), Bendegúz Bolla (Servette), Endre Botka (Ferencváros), Willi Orban (RB Leipzig), Attila Szalai (Friburgo), Ádám Lang (Omonia), Márton Dárdai (Hertha), Botond Balogh (Parma), Milos Kerkez (Bournemouth), Zsolt Nagy (Puskas Akadémia), Attila Fiola (MOL Fehérvár)
  • Médios: Ádám Nagy (Spezia), Mihály Kata (MTK), András Schäfer (Union Berlin), Dániel Gazdag (Philadelphia Union), Krisztofer Horváth (Kecskeméti TE), László Kleinheisler (Hajduk Split), Callum Styles (Sunderland), Dominik Szoboszlai (Liverpool)
  • Extremos/ Avançados: Kevin Csoboth (Újpest FC), Roland Sallai (Friburgo), Martin Ádám (Ulsan Hyundai), Barnabás Varga (Ferencváros)
Seleccionador: Marco Rossi;

Forças: Dominik Szoboszlai está para esta Hungria como Gareth Bale esteve nos últimos anos para o País de Gales; Futebol prático, rápido, com a equipa junta, compacta e sintonizada; Kerkez será arma frequentemente utilizada e tanto Sallai como Varga querem retirar alguma responsabilidade do seu capitão e número 10;
Fraquezas: Anular Szoboszlai é, em certa medida, anular a Hungria; Meio-campo é inferior ao escocês, a defesa é inferior à suíça, mas como sabemos no futebol o todo é bem diferente da soma das partes.

Equipa-Base (3-4-2-1): Gulácsi; Lang (Botka), Orban, Szalai; Nego, Nagy, Schäfer, Kerkez; Szoboszlai, Sallai; Varga

    Equipa simples nos seus processos (eficazes) e com o onze totalmente identificado, a Hungria apresentará no certame alemão um 3-4-2-1 com muita energia nos corredores e 100% pensada para retirar o melhor aproveitamento do melhor jogador que apareceu no futebol húngaro desde os tempos antigos.
    O trio de centrais não é incrível, mas é bem protegido por Nagy e Schäfer (Kleinheisler poderá ser um bom suplemento vitamínico no refrescar do meio-campo) e nos corredores Nego à direita e Kerkez à esquerda terão ordem para subir sem pedir licença.
    Varga e Sallai não são nenhuns portentos de técnica mas são jogadores muito esforçados, e é provável que se deixem contagiar por 
Dominik Szoboszlai. Esta equipa é dele.

Destaques Individuais (Previsão):


    O futebol de seleções é muitas vezes diferente do futebol de clubes, e perceber isso é meio caminho andado para preparar bem um Europeu ou um Mundial. Se há arquétipo de seleções que geralmente "resultam" são as equipas solidárias, combativas e bem organizadas, iluminadas por um jogador diferenciado. Dominik Szoboszlai vai carregar esta Hungria, assumindo responsabilidades como talvez mais nenhum jogador noutra seleção deste Europeu (Kvaratskhelia, na Geórgia, será o mais aproximado). O médio do Liverpool, que falhou o Euro 202 por lesão, vai ser procurado pelos seus colegas até à exaustão no último terço. Esperamos remates violentos e bolas paradas de qualidade. É o Gareth Bale deste Euro 2024.
    Disposto a dizer que esta não é uma one man team estará Milos Kerkez, sempre em alta rotação ao longo do flanco esquerdo). Num ataque bem "chato" para qualquer defesa, Roland Sallai é um elemento imprevisível e Barnabas Varga quer ser converter as oportunidades que tiver, mostrando que os jogadores do Ferencváros conseguem ter impacto ao mais alto nível.

4. ESCÓCIA  

  • Guarda-Redes: Angus Gunn (Norwich), Zander Clark (Hearts), Liam Kelly (Motherwell)
  • Defesas: Anthony Ralston (Celtic), Liam Cooper (Leeds United), Grant Hanley (Norwich), Scott McKenna (Copenhaga), Jack Hendry (Al Ettifaq), Ryan Porteous (Watford), Kieran Tierney (Real Sociedad), Andy Robertson (Liverpool), Greg Taylor (Celtic)
  • Médios: Ross McCrorie (Bristol City), Kenny McLean (Norwich), Ryan Christie (Bournemouth), John McGinn (Aston Villa), Billy Gilmour (Brighton), Callum McGregor (Celtic), Ryan Jack (Rangers), Scott McTominay (Manchester United), Stuart Armstrong (Southampton)
  • Extremos/ Avançados: James Forrest (Celtic), Lewis Morgan (NY Red Bulls), Tommy Conway (Bristol City), Lawrence Shankland (Hearts), Che Adams (Southampton)
Seleccionador: Steve Clarke;

Forças: Terrível para qualquer adversário o desgaste de travar uma batalha no meio-campo contra McGinn, McGregor, McTominay e Gilmour; Angus Gunn melhorou a baliza e a defesa irá convidar os adversários a abusar da largura e dos cruzamentos para a área, capítulo onde os escoceses devem estar confortáveis;
Fraquezas: Bloco demasiado baixo pode sujeitar a Escócia a jogos de grande aperto e asfixia desde muito cedo; Nem Che Adams nem Shankland são super-goleadores e, embora McTominay e McGinn sejam jogadores com boa capacidade de aparecer na área a finalizar, parecerem faltar "pernas" (Robertson já não é o mesmo) para originar transições realmente perigosas nesta equipa.

Equipa-Base (5-4-1): Gunn; Ralston, Hendry, Hanley, Tierney, Robertson; McGregor, McGinn, Gilmour, McTominay; Che Adams (Shankland)

    Enquanto que Suíça e Hungria terão bem marcadas as linhas de 3 e de 4 na disposição dos seus jogadores em campo, a Escócia pode cair na tendência de se afundar com um quinteto atrás. Essa pode ser, aliás, uma estratégia de Steve Clarke para deixar o campo curto para os adversários, forçando-os a tentarem cruzar e cruzar, sem sucesso.
    Angus Gunn é um guarda-redes bastante capaz, e na defesa a principal dúvida está no papel de Hendry. Com qualidade a sair a jogar, coisa que Hanley ou Porteous não têm, o jogador do Al Ettifaq tanto pode surgir como central do lado direito ou mesmo como ala, relegando Ralston para o banco.
    Na frente, haverá disputa entre Che Adams e Lawrence Shankland, este último um jogador adorado na Escócia e que realizou uma super época pelo Hearts, apontando 31 golos. Mas a maior força desta Escócia está mesmo no meio-campo: McGregor, McGinn, Gilmour e McTominay estão acostumados a competir ao mais alto nível, sempre com intensidade, não sendo de excluir Stuart Armstrong como alternativa.

Destaques Individuais (Previsão):


    Com um meio-camo operário e de Premier League, a Escócia poderá claramente escapar a este vaticínio de quarta classificada se conseguir defender bem e corrigir a aparente falha de, à exceção de 2 jogadores, não ter grandes argumentos para sair rápido em transição. Scott McTominay costuma ser goleador ao serviço do seu país, e John McGinn é o exemplo perfeito de um jogador que num palco destes se faz gigante. Andy Robertson será determinante para fazer a equipa galgar metros, e Lawrence Shankland é a nossa aposta para jogador desconhecido que passa a cair no goto não só dos adeptos escoceses e do Hearts, mas dos adeptos de futebol em geral.



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