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Quais os carros que mais desvalorizam?

Você pensa na venda de algo logo quando o compra? Por mais difícil que seja fazer Isso, especialmente quando falamos de carros, um produto com forte apelo emocional, essa é a atitude correta se você quiser perder menos dinheiro.

A desvalorização de um automóvel tem se tornado um fator cada vez mais importante ao decidir qual Modelo levar para casa. O que comprova isso é a preocupação que muitas marcas tem demonstrado em relação ao valor de seus produtos depois do primeiro ano de uso, desenvolvendo até estratégias para diminuir essa perda.

Esse é o caso, por exemplo, da Chevrolet. Segundo Hermann Mahnke, diretor de marketing da General Motors no Mercosul, oferecer muitos opcionais na venda de um modelo zero km afeta diretamente o consumidor, pois o dinheiro investido nesses equipamentos não é recuperado depois. Por isso a estratégia da marca foi na direção de oferecer mais itens de série, e menos opcionais.

A importância da desvalorização não aparece apenas na compra de carros novos, mas também na aquisição de modelos seminovos. Os índices que levam em conta esse fator mostram a distância entre esses modelos usados e suas respectivas versões zero km, indicando quais podem representar um bom negócio para quem procura aquele carro específico. Mas quais fatores determinam essa desvalorização?

O que determina a depreciação de um automóvel

São muitos fatores que acabam determinando a desvalorização de um carro, sendo que a procura por ele no mercado é um dos mais importantes. Quanto menor essa procura, mais ele perde. Isso leva também a outros fatores, como a aceitação de uma marca ou modelo específicos, que muitas vezes são grandemente prejudicados quando existe um problema crônico (o que exige vários recalls) ou uma fama ruim (como o preconceito contra certas marcas).

A lista de pontos que determina a depreciação de um modelo também inclui o tamanho da rede de concessionárias, o pós-venda (valor de revisões e disponibilidade de peças), crises econômicas, novas condições de financiamento e outros. Tudo isso acaba dando uma boa ideia de como será a revenda daquele modelo no futuro.

Mas, levando em conta tudo isso, quais são os carros que mais desvalorizam no Brasil? A Agência AutoInforme publica, anualmente, um estudo que visa apontar quais são os melhores e os piores modelos nesse quesito. Chamado de Selo Maior Valor de Revenda, esse comparativo usa os dados da tabela Molicar, cruzando o valor do modelo zero km com seu preço 12 meses depois. Distorções de preços (como quando um modelo é ofertado com grande desconto) são excluídas.

Em 2017, o estudo levou em conta os 120 modelos zero km mais vendidos, abrangendo as seguintes marcas: Audi, BMW, Chery, Chevrolet, Citroën, Dodge, Fiat, Ford, Honda, Hyundai, JAC, Jeep, Kia Motors, Land Rover, Lifan, Mercedes-Benz, MINI, Mitsubishi, Nissan, Peugeot, Renault, Subaru, Suzuki, Toyota, Volkswagen e Volvo.

Veja abaixo quais são os 10 modelos que mais desvalorizam no Brasil:

1) Mitsubishi ASX (-19,8%)

O carro que mais desvaloriza atualmente no Brasil, segundo o estudo, é o Mitsubishi ASX, que perde 19,8% de seu valor após um ano de uso. Esse é um dado que realmente pode assustar um possível comprador, especialmente quando levamos em conta que o modelo que menos desvaloriza no mercado é exatamente um rival de sua categoria, o Honda HR-V, que perde apenas 8,8%.

O ASX é vendido hoje em três versões, com preços que variam entre R$ 97.490 e R$ 128.490. Em 2017, seu desempenho entre os SUVs não foi tão bom. Foram 4.922 Unidades ao longo do ano, o que significou apenas 1,19% de participação e um modesto 16º lugar. Em 2018 o modelo emplacou 1.640 unidades no primeiro trimestre.

2) Dodge Journey (-18,5%)

Em segundo lugar na lista aparece o Dodge Journey, o gêmeo mais potente do descontinuado Fiat Freemont. Vendido no Brasil por R$ 144.990, o modelo conta com motor 3.6 V6 de 280cv e uma extensa lista de opcionais, sendo um carro muito elogiado por quem procura um automóvel desse segmento.

Mas, com apenas 45 concessionárias espalhadas pelo país, a maioria nas capitais, o Journey sofre um pouco quando falamos de seu pós-venda. Além disso, alguns recalls afetaram um número expressivo de unidades, especialmente quando levamos em conta suas vendas por aqui (em 2017 ele nem apareceu na lista dos mais vendidos da Fenabrave). No final de 2015 foram quase 8 mil unidades, enquanto um chamado de setembro de 2017 envolveu 10.743 unidades.

3) Audi Q5 (-18,1%)

De longe o modelo mais caro entre os 10 citados nessa lista, o Audi Q5 chega a desvalorizar 18,1% em seu primeiro ano de uso. Claro que podemos discutir se compradores desse segmento se importam tanto com isso ou não, mas também é óbvio que isso joga contra o modelo na disputa com seus concorrentes.

Aqui no Brasil o Q5 é vendido nas versões Attraction (R$ 248.817), Ambiente (R$ 279.239) e Ambition (R$ 297.773), sempre com motor 2.0 Turbo FSI de 252cv e 37,7 kgfm de torque, aliados a uma transmissão de sete velocidades.

4) Hyundai Azera (-17,6%)

Outro modelo relativamente caro e com uma rede de concessionárias menor, o Azera também perde bastante após 12 meses de uso, chegando a 17,6% de depreciação. E é fácil perceber que, nos motivos citados acima, ele sai atrás de sua concorrência direta, que inclui modelos como Accord e Passat (ambos com uma rede maior) e o tão desejado trio alemão BMW Série 3, Mercedes-Benz Classe C e Audi A4.

O Hyundai Azera é vendido atualmente por R$ 180.590, com motor 3.0 V6 de 250 cv.

5) Hyundai i30 (-17,2%)

Segundo modelo da Hyundai na lista, o i30 não pode se dar ao luxo de usar a mesma justificativa dos modelos acima para sua desvalorização de mais de 17%. Com valores mais acessíveis e um bom tempo de mercado aqui no Brasil, o hatch sofreu com uma acentuada queda nas vendas, o que influenciou diretamente em sua depreciação.

Esse desempenho acabou culminando em sua descontinuação por aqui, em maio de 2017. Na época a marca não deu nenhuma previsão sobre a chegada de novos lotes dessa geração, nem do lançamento do modelo vendido em outros países (já na terceira geração).

6) Volkswagen SpaceFox (-17,2%)

Com a mesma desvalorização do 5º colocado, a SpaceFox aparece na 6ª posição como um dos modelos mais acessíveis dessa lista. Vendida pela VW na versão Trendline, a perua tem motor 1.6 de 104 cv e a opção de câmbio manual (R$ 60.290) ou I-Motion (R$ 63.690). Em 2017 foram 2.021 unidades vendidas, o que lhe rendeu o 2º lugar em seu segmento. Uma posição que a VW certamente não comemorou, já que são apenas dois concorrentes entre as peruas médias.

Mesmo com uma ampla rede de concessionárias e muito tempo de mercado, parece que a SpaceFox sofre por estar num segmento que o brasileiro não abraçou, já que a preferência de alguém que precisa de um carro maior passa primeiro por SUVs e picapes.

7) Mitsubishi Outlander (-17,1%)

Marca com mais representantes na lista, a Mitsubishi também vê seu SUV Outlander entre os que mais perdem valor após um ano de uso, com mais de 17% de depreciação.

O modelo ficou uma posição abaixo do ASX nas vendas de 2017 (17º), com 4.675 unidades emplacadas. Hoje ele é vendido em versões a gasolina e diesel, com preços que variam entre R$ 144.990 e R$ 205.990.

8) Fiat Weekend (-17%)

Lembra do segmento das peruas médias citado acima, que conta com apenas dois concorrentes? Pois é, a Weekend é quem ficou acima da SpaceFox, fechando 2017 com 3.497 unidades comercializadas. Isso, porém, não ajudou a diminuir sua depreciação no mercado, que ficou em 17% no ano passado. O motivo, aparentemente, é o mesmo do modelo da VW, apesar de seus números mostrarem uma aceitação maior.

Atualmente a Fiat vende a Weekend a partir de R$ 61.390, valor da versão Attractive 1.4, enquanto a opção Adventure 1.8 16V sai por R$ 77.390.

9) Mitsubishi Pajero (-17%)

Fechando o trio de representantes da Mitsubishi entre os 10 veículos que mais desvalorizam, a Pajero ocupa a 9ª posição, com 17% de depreciação.

O modelo é vendido por R$ 165.990 na versão Outdoor e R$ 194.990 na configuração HPE, ambas 4X4 diesel. Podem parecer valores altos quando consideramos que a Pajero já pede uma atualização visual, mas o fato é que a procura ainda é relativamente grande: foram 1.899 unidades vendidas em 2017.

10) Nissan Frontier (-16,9%)

Primeira picape da lista, a Nissan Frontier foi renovada em março de 2017, mas isso não impediu que ela aparecesse em 10º lugar, com 16,9% de depreciação. Como comparação, se colocássemos todos os modelos por ordem de desvalorização aqui, a próxima picape seria a L200 (mais um modelo da Mitsubishi!), na 19ª posição.

Isso está relacionado ao desempenho da Frontier nas vendas de 2017. A picape da Nissan acabou na 8ª colocação em seu segmento, com 4.057 unidades vendidas, enquanto S10 e Hilux emplacaram mais de 30.000 unidades cada.

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