Os utilitários esportivos continuam com força no mercado brasileiro. O Segmento já acumula 24,33% no primeiro trimestre de 2018 ante 20,88% do mesmo período do ano passado. A participação dos SUVs agora só perde para os hatches compactos, que ainda compõem a maior parte das vendas no país.

Em março, o segmento representou 25,25%. Na tabela da Fenabrave, por pouco os SUVs não passaram os hatches pequenos, separados daqueles considerados de entrada pela entidade que reúne os revendedores. O utilitário esportivo caiu no gosto do brasileiro, assim como no restante do mundo, porém, aqui os preços ainda são proibitivos para a maioria dos consumidores.

Só em 2018, existem 22 lançamentos esperados apenas para esse segmento, mostrando que o Brasil deve aumentar ainda mais o percentual de SUVs na composição das vendas. O país dobrou as vendas de utilitários esportivos em seis anos e grandes players do mercado ainda estão fora do filão, que é o segmento compacto. No primeiro trimestre, 109.825 unidades foram vendidas. Parece pouco se multiplicarmos pelos quatro períodos iguais do ano, mas de janeiro a março, as vendas são naturalmente mais baixas.

Especialistas dizem que as vendas do segmento continuarão subindo e o Brasil vai no mesmo caminho de EUA e China, por exemplo, onde os SUVs já representam 40% das vendas. No volume atual, o país ganha de Alemanha, França e Índia, por exemplo. Dos grandes mercados consolidados, o menor índice é do Japão com apenas 8%. Lá, os kei cars são muito fortes, assim como os sedãs. Em termos globais, o utilitário esportivo já detém 31,2% das vendas com 29,5 milhões de unidades. Um volume mais que o dobro do registrado em 2010, quando apenas 14% do mercado mundial era desse segmento.

Aqui no Brasil, o percentual só não aumenta mais porque muitos segmentos avançaram em preço sobre os SUVs, como hatches e sedãs compactos, que mesmo tendo custo parecido com o de alguns utilitários esportivos, acabam ainda atraindo a atenção. Outro ponto é o preço, já que poucas opções existem na gama de entrada, próxima dos R$ 60 mil e o leque vai até pouco mais de R$ 1 milhão.

As faixas de preço entre R$ 70.000 e R$ 100.000 são as mais disputadas, com outra de R$ 120.000 a R$ 150.000 num segundo escalão de emplacamentos. Mesmo assim, os demais segmentos vêm perdendo espaço nos últimos anos, em especial os sedãs médios, pois os hatches médios agora minguam num segmento que já foi muito disputado. Hoje, os SUVs ocupam uma faixa que abraça estes segmentos, que sem novidades, acaba por ficar de lado na preferência do consumidor.

[Fonte: Exame]

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