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Carta Aberta ao PSD: E o Destruidor do Partido é...


Algures, 3 de Outubro de 2017 

Caros líder, dirigentes, JSD, militantes, activistas e simpatizantes do PSD,

Primeiro que tudo, peço-vos que me perdoem o atrevimento de interromper a vossa reflexão sobre o futuro político das regiões Portucalenses. Envio-vos esta missiva para informá-los de que 43 anos após a sua fundação, o Partido Social Democrata/Partido Popular Democrata (PSD/PPD) no último dia 1 de Outubro sofreu uma hecatombe nas eleições autárquicas e não tão inesperadamente seguiu-se um chorrilho de comentários reproduzidos pelos suspeitos do costume, dentre os tais destaco: Luís Marques Mendes (LMM), Manuela Ferreira Leite (MFL) e José Miguel Júdice (JMJ).

Todos sabeis que o Partido foi constituído por gente duma determinada estirpe, que se atreveu a idealizá-lo como um espaço livre e abrangente, no qual o patriciado, a burguesia e a plebe poderiam conjuntamente rever-se na conquista de “paz, pão, povo e liberdade”. Contudo, foi um ideário subjugado pelos variados egos. Por exemplo, o fundador e líder perpétuo do PSD (Francisco Sá Carneiro) teve a sua fase temperamental, qual menino caprichoso que quando perante uma frustração, abandonou o confronto e o  combate, e fez uso de tácticas corrosivas: demitia-se e readmitia-se a seu bel-prazer, sujeitando os seus pares, e seguidores, à incerteza da guilhotina de mais uma eventual demissão.

Não pretendo aqui fazer apreciação de juízos mas tão somente lamentar que o síndrome do melindrado crónico prevaleça até hoje nas fileiras do PSD, transformando-o numa 
agremiação de gente birrenta, empertigada, estática e divisiva. Vou sustentar o que acabo de afirmar:

Manuela Ferreira Leite e Luís Marques Mendes 

Estes dois exigem a cabeça de Passos Coelho numa gamela de embondeiro. 

Ironicamente Manuela Ferreira Leite, por mim designada de bullshiteira, contribuiu imenso para o enfraquecimento do PSD/PPD; pois ficou verde de inveja quando Durão Barroso escolheu Pedro Santana Lopes para o suceder como primeiro ministro, aquando da sua partida para Bruxelas como Comissário europeu. O Luís Marques Mendes armado em cavaleiro branco provocou, em 2005, a queda de Carmona Rodrigues da presidência da Câmara de Lisboa e, desde então, o PSD tem visto a Câmara da capital por um canudo. O mesmo LMM foi horroroso com Isaltino de Morais que embora culpado de ocultação de fundos no estrangeiro, como militante do PSD, merecia outro tipo de solidariedade. Também afastou o Major Valentim Loureiro do PSD, em vez de esperar que o próprio se escusasse. Obviamente o dito “inocente até prova em contrário” é um princípio desconhecido pelo advogado Luís Marques Mendes. 

José Miguel Júdice 

Este senhor denegriu amargamente o PSD: acusou-o de andar à deriva; destituído de estratégia; sem base sociológica e política; sem ideologia definida; sendo o principal responsável, na sua óptica, por tal descaracterização o professor Aníbal Cavaco Silva (ex-líder do PSD, vencedor de duas eleições legislativas, logo ex-primeiro ministro, dois mandatos como presidente da república, professor, autor e cidadão português); e para espanto de alguns, JMJ acrescentou que o Partido era controlado pela maçonaria...(não sei que brouhaha esperava ele com tal revelação tendo em conta que a formação do PSD/PPD foi cogitado também em “a Toca” enfim)...JMJ também abandonou o PSD - certamente porque não lhe deram o que queria - e em vez de lutar pela causa do Partido: deu de frosques e foi servir os socialistas.

Marcelo Rebelo De Sousa 

Enquanto comentador de televisão, este cavalheiro arrasou com o PSD e ajudou o presidente socialista (Jorge Sampaio) a derrubar um governo com maioria  parlamentar PSD/CDS liderado por Santana Lopes, para dar lugar ao governo socialista liderado por José Sócrates...

O que há de comum entre estas quatro pessoas? São comentadores políticos nas televisões...

Meus caros, porquê que perdemos Câmaras Municipais? Porque a direita não foi votar.

Passos Coelho vai-se embora no fim do mandato; as hostes sociais democratas estão a alinhar-se para escolher um candidato; fala-se de:

  • Rui Rio, dizem-me que pertence à ala esquerda do PSD, logo este candidato não serve porque o partido deve de uma vez por todas seguir a filosofia e o ideal neo-liberal ou neo-conservador se preferirem.
  • Paulo Rangel é outro que está na calha, tenho dúvidas acerca deste candidato porque nas últimas eleições europeias não o senti firme e empenhado em mandar murros valentes no estômago dos adversários.
  • O ex-líder da bancada social democrata Montenegro não deve candidatar-se exactamente pela mesma razão que o levou a demitir-se da liderança do PSD no Parlamento.
  • O Santana Lopes não deve nem tentar porque deixou-se queimar e não deu luta nem ao então presidente Sampaio, nem o seu maior detractor Marcelo Rebelo de Sousa, nem aos seus críticos dentro do partido: devia ter dado um murro na mesa e partido a loiça.
  • O tal André Ventura que se candidatou por Loures às autárquicas, muito inconsistente, deveria ter continuado a bater na tecla sem medo, porque disse em voz alta (a verdade) o que os portugueses caucasianos e negros dizem à boca pequena acerca da etnia cigana.

Então quem será? Não sei, porque não sou militante nem activista, sou simplesmente votante leal do PSD. Mas...

Eis O Que Sei
  • O Partido deve convocar os desavindos para promover a reconciliação. Uns serão ainda bons candidatos e outros serão conselheiros: António Capucho, Isaltino de Morais, Major Valentim Loureiro, Vasco Pulido Valente etc...
  • O partido deve declarar-se de direita de uma vez por todas.
  • O partido deve abandonar essa treta de estado social. A única coisa que o estado deve assegurar é a macro-economia, as obras públicas, as infra-estruturas, a saúde, educação e segurança social para todos, distribuição da água, reformar de uma vez por todas a função pública (cortar 30%) pois consomem os impostos que serviriam para coisas mais prementes, regular sem estrangular o tecido empresarial, fiscalizar os preços em todos os sectores do mercado; cortar nos subsídios tanto para indivíduos como para o sector privado e, por último incentivar o povo a trabalhar e a criar riqueza para si e consequentemente para o país.
  • Os militantes devem fiscalizar o partido em todos os momentos; devem participar activamente na escolha dos dirigentes, devem votar sempre e levar outros a ir votar; a juventude deve activamente lutar pelo partido, a tecnologia é boa, mas o povo gosta também dos comícios porque querem ver, falar e tocar nas pessoas em quem vão votar. Quem não gosta de ser tocado ou encostado que não se candidate, faça trabalho de bastidores que é também vital.
  • A JSD deve ser criativa e inovadora (promovendo secções de esclarecimento, non-stop) para que possa angariar mais gente nas suas fileiras e oiçam: tudo começa no 9º ano do liceu; ou pretendem entregar este país à Internacional socialista e aos partidos da geringonça?

Eu nem quero acreditar que ainda seja possível haver tanto jovem ignorante filiado na esquerda. Como é possível em pleno século XXI haver jovens que ainda acreditem no marxismo-leninismo - o que move tais energúmenos - se é bem sabido que o socialismo matou mais de 100 milhões de pessoas à fome só na Rússia?     

Cordialmente, saudações laranja!           

Até para a semana

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]


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