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Análise: Xenoblade Chronicles


Prontos para sentir a Monado
Lançado em 2010 para a Wii como um jogo exclusivo no Japão, Xenoblade Chronicles, é um JRPG que foi tão aclamado que levou a Nintendo da Europa a lançar o jogo no seu território um ano mais tarde. Isto aconteceu graças ao número elevado de protestos de muitos consumidores da Wii ao verem que o jogo não seria lançado fora do Japão. Mais recentemente, o jogo também foi relançado para a New 3DS, mas a versão desta análise é a original.
Desenvolvido pelo estúdio Monolith Soft, já conhecido por outros JRPGs como Xenogears e Xenosaga. Xenoblade é considerado uma sequela espiritual a estes dois franchises, visto que o mesmo é publicado pela Nintendo ao contrário dos outros.


Um mundo de dois gigantes
A história conta que, num mundo composto por só oceano, viviam dois gigantes, Bionis e Mechonis. Há muito tempo atrás, os mesmos entraram numa luta que acabou com a espada de Mechonis a perfurar Bionis, com isto e agora sem energia os dois entraram num sono profundo. Nos dois gigantes adormecidos vivem várias formas de vida, uns deles os Homs, de Bionis, e os Mechon, de Mechonis, viviam em luta, devido aos ataques constantes dos Mechon a Bionis. Quando a história do jogo começa, vemos que os Homs da Colónia 9 viviam em paz há um ano graças à vitória conseguida na última batalha usando uma espada lendária, a Monado, que se diz ter sido a espada que Bionis usou na luta contra Mechonis há muito tempo atrás. Shulk, um rapaz de 14 anos, ficou encarregue de estudar a Monado e libertar o seu poder de forma a garantir a segurança de Bionis. No entanto, a paz não estava para durar muito e a colónia foi atacada pelos Mechon. Shulk, usando a Monado, conseguiu afugentar os Mechon, mas a sua melhor amiga, Fiora, foi morta no ataque. Este, em conjunto com o seu melhor amigo, Reyn, decidem partir em busca do Mechon que matou a sua amiga e vingar a sua morte.
Ora, esta é a premissa inicial da história. Claro que esta tem muito mais para oferecer e muitos mais Personagens vão se juntando à jornada de Shulk pelo caminho. No entanto, enquanto creio que esta está bastante boa, não consigo deixar de pensar que, à medida que avançamos, esta vai ficando um Pouco mais típica. Não que pens que a história não tenha ideias novas, mas algumas coisas são um pouco mais comuns que aquilo que estava à espera. No que toca aos personagens e as suas interações, estas estão boas. Não há nenhum personagem que ache que esteja mal, mas alguns caem um pouco num ou noutro estereótipo. Em relação ao trabalho dos atores, não tenho queixas, fizeram um bom trabalho.


O poder da Monado
O gameplay do jogo é uma espécie de fusão entre um JRPG normal e um action-JRPG. Temos batalhas que podemos ativar entrando em contacto com os inimigos, que fazem uso de um espaço 3D em que se retém o controlo total do movimento do nosso personagem de uma equipa de 3. Relativamente ao combate em si, temos os ataques normais e depois temos as artes, que funcionam como ataques característicos dos personagens que têm um certo tempo de espera associado para os podermos usar, ou seja, também mantém, de certa forma, um sistema por turnos como base. Os personagens estão bastante diferences uns dos outros, ou seja, cada um é uma experiência diferente, o que dá boas opções de preferência na escolha do estilo de combate de uma pessoa. Especial menção para as artes da Monado de Shulk, que são bastante importantes para o avanço do jogo e dão um spin diferente ao combate. Bem, isso e o uso das visões do futuro que o mesmo tem, que estão implementadas no combate de uma maneira bastante inteligente, fazendo uso convenções básicas de JRPGs mas de uma forma nova. Para acabar, no combate ainda temos os chain-attacks em que, se fizermos boas ações em combate, enchemos esta barra que, quando completa, dá uso a uma corrente de vários ataques pelos personagens. Posso dizer que o combate é bastante rápido, satisfatório e inteligente. Os únicos incómodos para o combate são a camara que, mesmo assim, só em ocasiões mais especiais, mas não deve ser grande problema com o Comando Pro, e a IA que, às vezes, é um pouco incompetente.
Em termos de mundo a explorar, posso dizer que ainda não sei como conseguiram colocar este jogo na Wii. Tanto conteúdo e áreas, grandes e variadas, para explorar com muitas coisas para fazer. É verdade que algumas missões podem ficar um pouco secantes, mas com tantas opções, não me posso queixar muito. Também posso dizer que, mesmo com isto, nunca me senti perdido no jogo e sabia sempre o estava a fazer e para onde ia. No que toca a inimigos, eram muitos e variados, mas nunca me chatearam quando andava simplesmente a explorar, ou seja, perfeito, só lutava basicamente quando tinha mesmo. Os meus únicos problemas aqui são, sem dúvida, novamente a câmara, que podia estar um pouco melhor, e o movimento das personagens, que às vezes não parecia estar muito indicado para certos terrenos, isto juntamente com o fall damage que às vezes não era muito divertido.
Em termos de evolução e customização dos personagens, é também bastante variado, com equipamentos de muitas formas e tamanhos e Gems de muitos estilos para equipar nesses mesmos equipamentos. A adicionar, tínhamos várias artes para cada personagem evoluir e umas quantas árvores de habilidades para também evoluir, algumas até opcionais. Gostava que o tutorial fosse um pouco mais claro numa ou outra cena, mas nada que me prejudicou a experiência.
Em termos de dificuldade, não é muito complexo, o jogo nalgumas batalhas não dá mão, mas nada que um pouco de prática não resolva. Os bosses são bastantes e divertidos, poucos são os que me fizeram ficar preso e tentar derrota-los uma e outra vez.


Apresentação não é tudo
Mesmo estando na Wii e sendo um jogo tão grande, o visual do mesmo é bastante agradável. Os modelos dos personagens podiam ter mais alguns toques e algumas áreas podiam estar melhor, visto que são pouco aborrecidas, com algumas cores um pouco mortas. No entanto, outras áreas são exatamente o oposto, por isso posso dizer que não fiquei muito dececionado com o visual.
Na parte musical, bem, é brilhante, adoro toda a banda sonora. Músicas que ficam no ouvido e que assentam bem nos momentos e áreas.
A única nota que tenho disto é que, nas batalhas, os efeitos às vezes ficavam um pouco caóticos e a performance caía um pouco como consequência, mas nada de especial mesmo assim.


Um poder que consegue alterar o futuro
Xenoblade Chronicles é um daqueles jogos que ficam na história, não só pela consola onde se encontra, mas também pelo brilhante jogo que é. Uma história bastante interessante, com personagens icónicas, um gameplaynovo mas com uma base sólida, e uma apresentação que impressiona, tendo em conta a quantidade de conteúdo do jogo e a consola em que foi lançado.
Sem dúvida um dos melhores JRPGs que já joguei e que recomendo facilmente a todos os tipos de jogadores, especialmente a um que goste de um bom RPG.


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