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12 maus hábitos que afetam a nossa carteira

Poupa e Ganha

12 maus hábitos que afetam a nossa carteira

Todos nós temos aqueles hábitos menos encantadores que, apesar de não serem os melhores amigos da nossa carteira, acabamos por aceitá-los como parte integrante da nossa personalidade.

Mas e se lhe dissermos que psicólogos acreditam que a melhor forma de eliminar um comportamento negativo é substituí-lo por um positivo? É verdade! Então, quais hábitos devemos modificar em prol da saúde da nossa carteira?

1. Focamo-nos demasiado nas despesas

Quando alguém desabafa sobre as suas dificuldades financeiras, a primeira coisa que vem à mente é: “Corte nas suas despesas”. Porém, às vezes, somos rápidos a julgar, e nem sempre é gastando menos que se resolve o problema. Afinal, não dá para viver com zero euros de gastos, a menos que queira se tornar um eremita nas montanhas.

A verdadeira mágica acontece quando conseguimos aumentar os nossos rendimentos! Ao contrário das despesas, não existe um limite para o quanto podemos elevar os nossos ganhos. Pode ser mais difícil e demorado, mas é o único caminho real para a independência financeira. Então, que tal parar de contar tostões e focar-se no que realmente importa: aumentar os seus ganhos?

2. Preocupamo-nos com quantias irrisórias

Provavelmente já conheceu alguém que gastou horas a fio para economizar uns cêntimos numa loja do outro lado da cidade. E não nos esqueçamos dos que passam horas comparando investimentos com diferenças de 0,01% em comissões ou colecionando cartões e contas bancárias para ganhar uns pontinhos extras de fidelidade.

Se a sua preocupação principal é não ser “enganado”, talvez esteja na hora de repensar as prioridades e dar mais valor ao seu tempo e esforço. Já ponderou aproveitar esse tempo para encontrar um seguro mais vantajoso para a sua casa ou carro? Ou fazer algum trabalho extra para ganhar mais dinheiro? Ou elaborar um orçamento pessoal mais eficaz?

Faça o seguinte: calcule quanto vale uma hora do seu trabalho e foque-se apenas naquilo que lhe oferece um benefício semelhante. Se, por exemplo, o seu salário for de 800€, cada hora trabalhada vale cerca de 4,62€. Será que poupar uns trocos indo a uma loja longínqua compensa o gasto com combustível e o tempo perdido? Se vai desperdiçar mais de uma hora do seu tempo e o benefício será bastante inferior ao que aufere nessa hora, será que compensa?

Dedique-se a tornar a sua carteira mais eficiente, e os benefícios serão muito superiores a qualquer “pechincha”.

3. Adiamos decisões importantes

Já ouviu falar do ditado “não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”? Pois bem, quando se trata de finanças pessoais, a procrastinação é uma verdadeira inimiga da carteira. Adiar a decisão de começar a poupar, investir ou resolver dívidas pode trazer consequências desagradáveis.

Sabemos que é tentador deixar tudo para depois, mas no mundo das finanças, tempo é dinheiro. Então, comece agora a enfrentar as suas responsabilidades financeiras, e o seu futuro “eu” agradecerá.

4. Confundimos necessidades com desejos

A eterna batalha entre o que precisamos e o que queremos! Quem nunca desejou ter aquele smartphone topo de gama, mesmo tendo um que funciona perfeitamente bem? Acontece que, muitas vezes, confundimos necessidades com desejos, e acabamos gastando mais do que deveríamos.

Aqui vai uma dica infalível: antes de fazer uma compra, pergunte-se se realmente precisa daquele item ou se é apenas um capricho momentâneo. Ao distinguir o essencial do supérfluo, a sua carteira agradecerá, e ainda poderá se rir das suas antigas extravagâncias. Existem várias regras que poderá seguir para o ajudar nesse sentido, tal como a regra do 1%, a regra dos 10 segundos, a regra dos 3 dias e a regra 50/30/20.

5. O mito do “é só desta vez”

É fácil cair na armadilha do pensamento “é só desta vez”. Sabe aquele jantar fora de hora, aquela roupa nova que está em promoção ou aquele gadget que parece irresistível? Pois é, quando nos convencemos de que é “só desta vez”, rapidamente essas pequenas exceções tornam-se a regra, e nossa carteira começa a sentir o impacto.

Para evitar esse comportamento, estabeleça limites e orçamentos claros. Lembre-se de que cada “só desta vez” pode ser a gota d’água que leva sua carteira ao colapso. Resista às tentações momentâneas e mantenha-se fiel ao seu planejamento financeiro. E, de vez em quando, permita-se uma recompensa controlada, afinal, ninguém é de ferro!

6. A eterna comparação com os outros

Haverá sempre alguém mais afortunado do que nós. Não importa quem somos ou onde vivemos, sempre haverá alguém mais bem-sucedido do que nós.

O problema é quando a inveja e o “FOMO” (medo de ficar de fora) nos fazem arriscar o nosso dinheiro em ideias incertas ou promessas de “lucros rápidos e fáceis, sem riscos”!

Lembre-se: cada um tem as suas experiências, valores e tolerâncias ao risco. Focar nos seus próprios objetivos e seguir as suas próprias regras é a chave para não se perder no caminho.

O melhor é focar nos próprios objetivos e seguir as próprias regras, sem tentar jogar o jogo de outra pessoa. Afinal, cada um tem experiências, valores e tolerâncias ao risco diferentes.

7. Aumentamos o nosso custo de vida

É natural desejar uma vida mais confortável e cheia de prazeres, mas isso não significa que devamos gastar todo o dinheiro extra assim que recebemos um aumento ou começamos um novo trabalho com salário melhor. Já ouviu falar do termo “inflação do estilo de vida”? É quando as despesas aumentam proporcionalmente aos rendimentos, e acabamos sem economizar ou liquidar dívidas.

A tentação de elevar o nosso padrão de vida à medida que ganhamos mais dinheiro é compreensível, mas também pode ser perigosa para nossa carteira. Nos EUA, esse fenómeno é conhecido como “inflação do estilo de vida”, onde despesas aumentam juntamente com o rendimento familiar. Isso pode nos deixar vulneráveis a dificuldades inesperadas e dificultar a tentativa de nos reformarmos mais cedo.

Se conseguirmos aumentar os nossos rendimentos, é importante pensar primeiro no melhor uso a longo prazo, como poupar, amortizar dívidas ou investir em formação. Só após cumprir essas necessidades, podemos pensar em nos presentear ou à nossa família!

8. O vício do crédito fácil

Quando tentamos manter um padrão de vida que a nossa situação financeira não suporta ou imitar alguém mais afortunado, a solução fácil é recorrer ao crédito. Mas, cuidado! Acumular dívidas no cartão de crédito ou financiar carros e casas de luxo que mal conseguimos manter pode nos levar a um ciclo vicioso de dívidas.

A dica é contrair empréstimos apenas para necessidades essenciais ou planos realistas, e somente o que realmente consegue pagar. Lembre-se: os empréstimos são recursos que tomamos emprestados do nosso futuro “eu”, e quanto mais profundo cavamos o buraco da dívida, mais difícil será sair dele.

9. Desprezamos as letras miúdas dos produtos financeiros

Um dos riscos mais significativos para nosso dinheiro é depositar a nossa confiança em produtos ou serviços que não entendemos totalmente. O perigo real reside nos pormenores que negligenciamos ou nem imaginamos que existem. Quando algo corre mal, a nossa falta de conhecimento pode sair-nos bastante cara!

Vivemos num mundo repleto de produtos financeiros complexos. Ao precisarmos de confiar num deles, devemos investigá-lo a fundo ou procurar um profissional de confiança para nos auxiliar. Assegure-se de compreender perfeitamente como a sua carteira funciona, evitando produtos complexos com comissões excessivas e desnecessárias e entendendo completamente o que é verdadeiramente essencial para você.

Para ajudá-lo a proteger-se desses riscos, aqui estão algumas dicas práticas:

  • Reserve tempo para ler os documentos: Não se apresse em assinar contratos ou acordos sem entender completamente os seus termos e condições. Dedique tempo para ler todos os detalhes, por mais tedioso que possa parecer.
  • Faça perguntas: Se houver algo que não entende ou não tem certeza, não hesite em perguntar ao seu consultor financeiro, corretor ou representante do banco. Eles devem ser capazes de esclarecer as suas dúvidas e ajudá-lo a compreender as implicações de cada cláusula.
  • Tenha cuidado com as taxas ocultas: As letras miúdas podem conter taxas e encargos adicionais que pode não estar ciente. Esteja atento a essas cobranças e certifique-se de que está ciente de todas as obrigações financeiras associadas ao produto em questão.
  • Analise as cláusulas de exclusão e limitações: Em seguros e garantias, por exemplo, as letras miúdas podem incluir cláusulas de exclusão ou limitações que afetam a sua cobertura. Certifique-se de estar ciente dessas restrições para evitar surpresas no futuro.
  • Compare produtos e serviços: Antes de se comprometer com um produto financeiro, faça uma pesquisa e compare várias opções. Isso pode ajudá-lo a identificar as melhores ofertas e a entender os termos e condições mais comuns em produtos semelhantes.
  • Consulte um profissional: Se não se sentir confortável em analisar as letras miúdas por conta própria, considere contratar um advogado ou consultor financeiro para rever os documentos e fornecer orientação profissional.
  • Mantenha-se atualizado: As condições e termos de produtos financeiros podem mudar ao longo do tempo. Portanto, é importante manter-se atualizado com as mudanças e ajustar as suas estratégias financeiras conforme necessário.

10. Fazemos previsões de investimento

Como lucrar na bolsa? A maioria responderá: “Escolha uma ação com tendência de alta, compre-a por um preço baixo e venda-a por um preço elevado”. Embora teoricamente plausível, na prática, muitos não alcançam os resultados desejados. Prever investimentos é um desafio de “soma zero”, no qual enfrentamos gigantes empresas de investimento que investem milhões e contratam analistas e programadores talentosos. Mesmo assim, frequentemente, elas não atingem as expectativas.

Pesquisas confirmam: pessoas que fazem previsões de investimento ativamente tendem a obter resultados inferiores à média de mercado. Aqueles que reconhecem não serem mais espertos que o mercado e adotam uma estratégia passiva, com diversificação global, reequilíbrio tático e perfil de risco adequado, têm maior probabilidade de atingir metas de longo prazo.

11. Preferimos investir em vez de amortizar

Se a sua casa estivesse em chamas, a ação mais sensata seria apagar o fogo com água. Ninguém consideraria atirar gasolina para as chamas, certo? Então, por que algumas pessoas preferem gastar o seu dinheiro limitado em ideias arriscadas em vez de tentar amortizar parte das suas dívidas?

Embora pareça lógico, na prática, muitas pessoas ignoram avisos fiscais e telefonemas dos bancos, acreditando que liquidarão as suas dívidas com a próxima oportunidade de negócio, a nova criptomoeda ou a ação do mercado de valores sugerida por um “influencer” famoso.

A teoria do enquadramento, presente na economia comportamental, explica a propensão natural das pessoas em avaliar ganhos e perdas potenciais de maneira distinta, mesmo quando possuem o mesmo valor. Diante de uma possível perda financeira, a maioria opta por uma alternativa incerta que eliminaria a dívida, em vez de escolher uma opção garantida que a diminuiria pela metade.

Mesmo que o risco compense, geralmente qualquer ganho não é suficiente para cobrir a perda dos juros das dívidas. Quando os créditos pessoais têm taxas de juros de 10% e cartões de crédito de 15%, acreditar que o seu investimento oferecerá um retorno maior é arriscado. Concluindo, amortizar dívidas é, na realidade, o investimento mais seguro para o seu dinheiro.

12. Subestimamos os riscos reais

A vida apresenta frequentemente situações desafiadoras que podem interromper a nossa rotina, como acidentes, demissões, quedas no mercado de ações, pandemias globais ou guerras. Essas situações podem nos causar imensas dificuldades na vida, mas nem todos estão prontos para enfrentá-las.

O paradoxo reside no fato de que, mesmo quando o “imprevisto” ocorre, tendemos a não aprender com a experiência e não nos preparamos adequadamente para enfrentar futuros desafios. Continuamos a negligenciar a realidade e a viver no limite.

Cada aspeto das nossas finanças requer proteção adequada: um fundo de emergência, uma fonte alternativa de renda, seguro adequado para nossos bens e um perfil de investimento cauteloso. Todas essas precauções são essenciais para enfrentar potenciais adversidades.

Embora possam exigir um investimento adicional de tempo, dinheiro ou esforço agora, todas essas ações contribuem para nossa segurança financeira. Fazer previsões pode parecer intimidante, especialmente quando o futuro é incerto. A vida é imprevisível, mas isso não significa que não devamos ter um plano abrangente para o que está por vir.

Ao elaborar um plano financeiro de longo prazo, precisamos abordar questões como:

  • Em quanto tempo liquidarei o meu crédito habitação e outros empréstimos?
  • Quais despesas significativas planeio ter nos próximos 20 anos?
  • Quando poderei me reformar e qual será o valor que receberei de reforma?
  • Quanto valerão os meus investimentos quando eu parar de trabalhar?

Errar é humano. Aprender com os nossos próprios erros e os dos outros, seja do nosso círculo pessoal ou de histórias em livros, blogs, vídeos ou podcasts, ajuda-nos a compreender a nossa situação e a tomar melhores decisões para melhorá-la.

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