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Como fazer um maiô

Tags: praacute fazer


"Tá louca, Dona Rosa? Nesse frio?!!!"


É. Neste frio. 

É que eu comecei a Fazer hidroginástica e como vou fazer todo santo dia preciso de mais maiôs - só tenho 2 - e eles custam muito caro prá sair comprando a torto e a direito...

Por sorte tem molde grátis na Marlele Mukai - é só imprimir do teu tamanho, pegar um pedação de papel de embrulho, um lápis e uma régua e fazer o teu, no teu tamanho...

E olha que incrível: pode fazer forrado - que esses tecidos de maiô são muito fininhos, fica indecente usar sem forro (eu acho...).


O molde vem assim lá no site:

Eu fiz o meu molde, mas esqueci de fotografar (e nele eu fiz uma mudancinha, que eu acho que é prá fazer mesmo, mas não tá especificado no molde - já explico...) e ele (como tudo o que a Marlene faz...) é bem simples. 

Minha mudança é a seguinte: eu dividi a parte da frente em dois, na parte do busto, da seguinte forma:



Assim eu posso franzir sem medo de deformar no peito e posso fazer a barriga em peça única (muito mais fácil). 

Cortei uma vez o maiô no tecido de bolinhas e uma vez na helanca do forro e ficou assim:


Alinhavei à mão cada parte do maiô juntando tecido de fora e forro (fica mais fácil costurar depois na máquina).


Reparem que quando a gente alinhava (depois de dar umas alfinetadas na peça sobre uma mesa plana...) acabam aparecendo umas sobrinhas de tecido, ou to de bolinhas ou do outro... Malha é assim mesmo e não tem problema...

é só depois cortar as diferenças...

Costurei primeiro os ombros, depois o meio do bumbum...

Passei elástico em todo o decote, começando de um lado do busto e indo até o outro, passando pelas costas. Preguei o elástico com ponto zig zag dando uma leve esticada.

Daí virei prá dentro e fiz uma segunda costura, prá esconder o elástico no lado do avesso.

Então franzi os dois lados do busto até que ambos coubesse  na parte da frente que cobre a barriga - alinhavei e costurei.

Por fim costurei as laterais do maiô e preguei o elástico da mesma maneira nas aberturas dos braços.


Não fiz a faixa (embora ela ensine a fazer no molde...) - mas a touca combinando - cujo molde está aí embaixo:

Achei num site americano e traduzi.

Uma pena: ninguém quis tirar foto usando o maiô (nenhuma das minhas ingratas filhas...) e eu é que não ia tirar, toda mocoronga, prá depois alguém usar minhas fotos prá fazer meme de velha... 

Mas acreditem quando digo: ficou muito bom, coube direitinho em mim - com uma ressalva: achei decotado demais. O início do decote fica bem prá baixo, mostrando inclusive a cicatriz da minha cirurgia de vesícula. Mas nem é por isso que eu reclamo: não gosto de decote profundo mesmo. Se eu fosse jovem ficaria perfeito, mas depois de dobrar o Cabo das Tormentas, com todos os estragos feitos pelo tempo, pelo abuso de comidas tranqueiras (malditas lasanhas e empadinhas de palmito deliciosas!!!) e face a todas as pragas que me rogaram e pegaram é melhor um decote mais prá cima, escondendo as torres gêmeas completamente. Mas vocês que ainda estão competindo no concurso de Miss Brasil podem fazer sem medo que fica ótimo.

No meu eu vou colocar um pedaço do tecido de bolinhas por dentro do busto, fechando o decote, criando um detalhe...


Bom, também fiz uma roupa prá minha cachorra Bulma (toda usando retalhos...), que mora fora de casa - a única cachorra falante do mundo (ela fala mesmo, não late. Até arrepia a gente...). 

Sabe o que ela deu prá fazer agora? A gente enche o prato dela de ração, ela empurra o prato com o focinho até derrubar tudinho no chão. Você vai lá, cata tudo e põe de volta no prato: ela olha prá tua cara, empurra o prato com o focinho até virar tudo de novo. Ela bem diz que odeia ração, que quer comida de panela agora no frio - a gente finge que não entende, ela toma medidas drásticas. Tá certa ela, eu mesma não ia gostar de comer aqueles trocinhos ressecados dia após dia...

Lixei e pintei por fora as janelas que eu já tinha consertado e pintado por dentro:



E lixei um banco e uma cadeira velhinhos, que uso prá fazer tricô na máquina:


Pretendo pintar de branco e desenhar florzinhas de giz de cera igual na cesta de piquenique da postagem passada. 

Só que minhas mãos andam doendo muito e eu caí na besteira de me queixar de dor na frente do meu filho: ele disse que se eu tornar a mexer nas cadeiras ele vai colocar elas na rua pro lixeiro levar...

Então, como não consigo ficar parada (velhas hiperativas sabem do que eu tô falando...) consertei um chaveiro da Nana, no qual ela põe a chave do carro - um coelhinho de madeira comprado numa feirinha da Liberdade, que caiu uma das orelhas:


Usei um pedacinho de plástico, papel higiênico e cola branca - não ficou ótimo? Já pintei e ficou igualzinho, mas não sei onde coloquei o fio prá passar a foto pro computador (ainda bem que as outras fotos eu já tinha passado...).

Voltando a falar da hidroginástica: fui fazer aula teste em duas academias. Uma mais perto de casa (cuja professora é excelente, mas os horários são horríveis, a piscina está em péssimo estado de conservação, só pode usar maiô preto e é bem mais cara...) e a outra que é super chique, tem uma piscina maravilhosa, é mais barata e pode usar qualquer maiô. Só que nessa a professora deixa muito a desejar, deixa o bando de velhas fazendo exercícios meia-boca e o tempo todo olha prá gente com cara de desprezo...

Gostei mais desta última por um motivo: as velhinhas. Todas umas lindezas, me receberam com carinho, ficaram me rodeando prá eu não cair dentro da água, preocupadas comigo... Amei. Essa academia é justamente uma que eu disse (antes de visitar...) que não queria frequentar, pois nas fotos no site tinha festa junina dentro da piscina com todos os idosos e idosas - eu disse que não queria fazer parte dessa besteira... 

Vejam como é a vida: não dá mesmo prá gente dizer "dessa água não beberei", não é mesmo? Adorei as velhinhas...

Minha Lola me comprou mochilinha, o patrão me comprou um robe (prá eu não tomar friagem quando sair da piscina...) e eu vou fazer a minha parte: tentar melhorar da saúde, prá não ter dor e viver mais.

No dia anterior da primeira aula eu falei prá Naninha, quando ela chegou:

-"Mãe, amanhã é minha primeira aula, tô com medo. E se as outras crianças não gostarem de mim?"

Faço sempre isso com meus filhos: dou a eles a chance de imaginarem como vai ser cuidar de mim no futuro, quando eu ficar velhinha e esclerosada e voltar a ser criança...

A Naninha me abraçou e disse:

-"Todo mundo vai te adorar, meu amor. E se não adorarem eu vou lá e parto a cara deles..."

Bom, né? Ter quem ama a gente...


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