(Imagem: Pinterest)
Menos massacre por parte da mídia, mais Respeito à inteligência do telespectador. No ano novo, merecemos a qualidade que os meios de comunicação social nos devem.
Sendo inevitável conviver com a mentira, possa a sabedoria ajudar-nos a identificar os mentirosos, desviando-nos de seus caminhos. A começar pelos políticos, a serem fiscalizados, cobrados e denunciados com a mesma devoção com que fraudam e mentem.
Menos sofreguidão dos ricos para enriquecerem mais, compensada por momentos de reflexão sobre o peso que sua ambição representa na vida de uma multidão incontável de pobres e miseráveis. A severidade na cobrança será tão certa quanto sua ilimitada ganância.
Menos a culpa é deles e mais vamos fazer a nossa parte, como resposta à urgência na preservação do meio ambiente, em reação à estonteante estupidez a que, comodamente, nos atrelamos.
Menos discurseira inútil visando o lucro e a urna em torno de temas como racismo, diversidade de gêneros e empoderamento feminino. E mais atitude e respeito em defesa de todos – maiorias e minorias.
Mais acolhimento e valorização à experiência dos idosos; mais cuidado e dedicação à educação dos jovens; mais compaixão e ternura com as crianças. Elas herdarão o ônus de um futuro sombrio, graças à irresponsabilidade do nosso egoísmo.
Mais olho-no-olho e menos olho-no-próprio-umbigo, com polegares digitando compulsivamente rios de bobagens lançadas em profusão nas redes sociais.
Menos violência em relação às pessoas e – por que não? – à pobre Língua Portuguesa, desfigurada e trôpega diante de tantos maus tratos.
Menos arrogância, mais simplicidade e mais verdade.
Começando já, e estendendo-se por todo o ano de 2018 e seguintes.