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“KINTSUGI – A ARTE DE ABRAÇAR A IMPERFEIÇÃO”

Lindo texto para reflexão:

"KINTSUGI – A ARTE DE ABRAÇAR A IMPERFEIÇÃO"

Temos que aprender a aceitar a imperfeição e enxergar rachaduras e cicatrizes como algo belo.

Pra que buscar a perfeição e limar um de Nossos Detalhes Imperfeitos, aparar cada aresta, remover cada cicatriz?

Aliás, cicatrizes são história. As menores, alguma arte a infância. As maiores, uma prova de que se é um sobrevivente.

Boa leitura e excelente semana!

Nelson Alexandre:.

KINTSUGI – A ARTE DE ABRAÇAR A IMPERFEIÇÃO

Postado em 15 de Março de 2016 por Priscila Germosgeschi

Kintsugi é um estilo de arte japonês em que peças de cerâmica quebradas são "consertadas", mas com todas as suas rachaduras aparentes e destacadas.

Leonardo Amaral

Kintsugi também se transformou em uma filosofia de vida: aceitar a imperfeição e enxergar rachaduras e cicatrizes como algo belo. Um prato de cerâmica pode ser feito idêntico infinitas vezes, mas não existem dois pratos que se quebram da mesma forma.

Assim, cada objeto torna-se único por meio de suas falhas.

Em tempos de produção industrial mecanizada é super difícil haver falhas, mas elas aparecem. Quando não são descartadas, algumas acabam valendo milhões por serem, que incrível, únicas.

Então, se é válido pra tanta coisa, de pratos de cerâmica a selos postais, talvez seja interessante pensar em nós mesmos sob a ótica Kintsugi.

Pra que buscar a perfeição e limar um de nossos detalhes imperfeitos, aparar cada aresta, remover cada cicatriz?

Aliás, cicatrizes são história. As menores, alguma arte a infância. As maiores, uma prova de que se é um sobrevivente.

Kintsugi é uma técnica japonesa de restauração de cerâmica. Diz-se que tudo começou com o shogun Ashikaga Yoshimasa que enviou para a China, para que lá fosse consertada, uma peça de cerâmica que havia se quebrado. Mas, quando a peça retornou a reparo era tão feio que ele pediu que artesãos japoneses refizessem tal restauração. Foi então que os artesãos, imbuídos do espírito zen budista de mushin, desapego e aceitação, consertaram a peça utilizando uma mistura de laca e pó de ouro. Na cultura japonesa, as peças que recebem esta reparação comumente são mais valorizadas que as que estão intactas. Isso por que sua estética trabalha mais com questões como a transitoriedade e a impermanência do que com a beleza propriamente dita.

Ao invés de se envergonhar pelas "feridas" expostas, eles as embelezam para que sejam uma celebração constante da vida cotidiana. Dos pequenos e grandes erros que cometemos e da possibilidade que temos de aprender com isso.

Ao contrário de nós que queremos sempre que as coisas voltem a ser como novas, eles querem mostrar que parte do nosso legado é aquilo que tentamos esconder com mais determinação: as nossas falhas e defeitos.

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO SITE: FONTE: http://lounge.obviousmag.org/proparoxitonas/2012/10/kintsugi-ou-a-beleza-da-imperfeicao.html



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