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O Ruído do Tempo {Livros Junho}


Em janeiro de 1936, Estaline assistiu à apresentação da muito aclamada ópera de Shostakovitch, Lady Macbeth de Mtensk, no Teatro Bolshoi, em Moscovo. O compositor ficou muito perturbado com a intempestiva e prematura saída do líder do camarote, acompanhado Pela sua comitiva. Dois dias depois aparecia no jornal Pravda uma crítica com o título «Chinfrim em vez de Música», escrita provavelmente pela pena do próprio Estaline.

Diz Julian Barnes sobre o livro: «A colisão entre Arte e Poder - e o exemplo específico de Shostakovitch - é o coração do meu romance. Shostakovitch foi, durante meio século, o compositor mais celebrado da União Soviética, desde o sucesso mundial da sua Primeira Sinfonia, em 1926 (tinha ele 19 anos), até à sua morte, em 1975. No entanto, ele foi também o compositor que, na História da Música ocidental, foi mais perseguido, e durante mais tempo, pelo Estado e que sofreu pequenas e caprichosas interferências e ameaças de morte, passando por uma longa e constante coação e intimidação.

Em muitas ocasiões, sob a ditadura estalinista, Shostakovitch temeu pela sua vida, com razão. […] "A História, assim como a biografia, irá desvanecer-se. Talvez um dia, fascismo e comunismo sejam apenas palavras num livro de texto. Nessa altura […], a sua música será apenas música." À medida quo o ruído do tempo diminui, é mais fácil ouvir melhor a música de Shostakovitch. O melhor sobrevive. Também é mais fácil ver o homem propriamente dito: complicado, cheio de conflitos e de princípios, que se condena, leal, teimoso, astuto, divertido, sarcástico e pessimista, cuja existência consistia inteiramente na sua música.»


Autor: Julian Barnes
Editor: Quetzal Editores (Junho, 2016) 
Género: Romance
Páginas: 200
Original: The Noise of Time (2016) 
 Man Booker Prize 2011
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"And partly – most thought-provokingly – it has to do with an intuition, only half-jokingly suggested, that a certain kind of cowardice may in fact be the most heroic form of courage. Those values, ultimately, are what the book celebrates: pragmatism, muddling through, goodwill over saintliness, above all the capacity to soldier on even in the full knowledge of one’s “fallen, abject character”." - The Guardian

"He has given us a novel that is powerfully affecting, a condensed masterpiece that traces the lifelong battle of one man’s conscience, one man’s art, with the insupportable exigencies of totalitarianism." - The Guardian

"It seems like the best work of Amis, McEwan and Rushdie is behind them; Barnes, by contrast, still has plenty left in the tank. While his peers burned out with self-consciously big books, Barnes wrote more modestly and his talent aged well." - The Telegraph

"Barnes offers few of the usual recreative joys of historical fiction: there is little that is sensuous or dramatic in this work, nothing obviously imagined. But read it without preconceptions, and it becomes an extraordinary portrait of a state of despair in which clarity of thought is a trap, and the armour of self-justification only encloses and exacerbates a quivering, neurotic jelly of inner pain. It is a brilliant portrait of an artist trying — perhaps unsuccessfully — not to sign away his soul. " - The Spectator


ulian Barnes nasceu em Leicester em 1946. É autor de mais de uma dezena de livros, alguns publicados pela Quetzal como O Papagaio de Flaubert e Nada a Temer. A sua obra está traduzida em trinta idiomas, e três dos seus romances foram finalistas do Booker Prize. Barnes foi o único escritor galardoado com o Prémio Medicis e o Prémio Femina (com O Papagaio de Flaubert). Foi ainda distinguido com o Prémio do Estado da Áustria para escritores estrangeiros e, mais recentemente, com o David Cohen Prize. O Sentido do Fim, o seu mais recente romance agora publicado pela Quetzal, acaba de receber o Man Booker Prize 2011.Julian Barnes foi casado com a agente literária Pat Kavanagh até à morte desta, em 2008, e vive em Londres.




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