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Dossiê - Fumaças de Ópio

Tags: livro contos

Abre-te-sésamo

Este Livro entrou em minha vida, no início de 1990, logo que cheguei a Londrina, e foi encontrado casualmente num dos muitos sebos da cidade. Seu estado físico era bem lamentável e foi barganhado por uma quantia insignificante.
Estudei a língua francesa no seminário, e já havia o tempo apagado boa parte do pouco que sabia. Mas uma certeza eu tinha, é que o conteúdo daquele livro me era importante.
Passei então a procurar informações sobre o autor, e foi então que minhas certezas aumentaram, pois já conhecia alguns Contos do autor, especialmente "O Homem que Assassinava" que frequentemente se encontra em antologias de contos franceses e também em coletâneas de aventuras náuticas, pois Claude Farrère nos deixou um legado de muitas histórias marinheiras tanto contos como romances.
Se as informações sobre o autor eram poucas, acerca desse livro era mais do que escassas. Revirei bibliotecas públicas e de universidades, assim como na aliança francesa e não encontrava mais do que seu nome citado nas relações de obras de Farrère, no caso, o seu primeiro livro de contos.
Desse patamar, não havia outra solução que traduzir o livro.
Adquiri, também em sebos, um bom dicionário e uma boa gramática (postarei as fotos no futuro) e me debrucei na tarefa.
Comecei em cadernos da Fundepar que havia lá em casa, pois com uma esposa professora essas coisas não faltam, e consegui no espaço de uns dois meses traduzir a primeira parte do livro, a chamada “as Lendas”, gastando um tempo de, digamos duas horas por dia para isso.
Foi o suficiente para saber que poderia dar cabo da tarefa. A língua francesa voltou a me ser familiar como nos tempos de estudante, o vocabulário foi aumentando na medida em que ia consultando o dicionário. Acabou se tornando uma brincadeira divertida ao mesmo tempo em que surpreendente, tendo em vista o conteúdo das histórias.
Terminado essa primeira parte, aconteceu de eu poder adquirir um microcomputador Apple IIe+, com o editor de texto Magic Writer, e um monte de gambiarras para conseguir escrever no programa com os acentos do português, e passei a traduzir as frases e já ir digitando, fazendo anotações somente nos parágrafos mais duvidosos.
Dessa maneira a tradução foi acontecendo, e como não era uma prioridade, demorou cerca de um ano para eu concluir a primeira versão completa do livro. Foi quando eu pude finalmente conhecer o livro de ponta a ponta. Foi então que eu decidi ampliar essa visão, melhorar literariamente fazendo opções conscientes no texto de modo a facilitar essa ou aquela visão do autor.
De forma que o processo todo demorou cerca de 10 anos de polimento e aperfeiçoamento da tradução. Fiz muitas leituras de contos do livro embora essas leituras tenham sido adaptadas para o entendimento oral, sempre preservei a originalidade e o sentido da obra de Farrère por isso eu posso hoje disponibilizar aqui uma tradução de qualidade literária e não uma mera tradução literal ou pior ainda que é a dos tradutores automáticos.
Espero que gostem.

Primeiros três contos do livro manuscritos




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