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Claude Farrère - Fumaças de Ópio - O Fim de Fausto


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O FIM DE FAUSTO
“… E há uma outra espécie de mulheres ideais, as que se chamam Fadas, ditas em latim Strigae, as quais se alimentam da papoula negra chamada ópio…”
Jean de Marcouville.
Em seu laboratório, o doutor Fausto continua se entregando aos estudos.
Bons anos correram depois que ele assinou aquele pacto, quando, por sua alma, Satã lhe pagou treze séculos de juventude. O doutor Fausto não é mais, portanto, o velho calvo e desalinhado que procurou um dia, neste mesmo quarto, ao fundo das retortas enegrecidas, a pedra filosofal. Satã cumpriu sua palavra, Johann Fausto continua com vinte anos, o seu gibão brilha e orna maravilhosamente com sua barba de ouro claro. Na verdade, desde que ele saciou Marguerite e a entregou a Satã, muitas outras mulheres mergulharam seus dedos nessa barba rejuvenescida e chamuscaram suas almas no fogo meigo desses olhos restaurados pelo diabo. E a lista ainda não está completa. Entretanto, em seu laboratório, o doutor Fausto continua se entregando aos estudos.
No fogão, sobre o carvão avermelhado, as retortas fumegam avidamente, algumas são de vidro e outras de aremita. De seus gargalos fundem-se surdamente vapores dos mais diversos coloridos como um arco-íris do inferno matizando a chaminé negra. A longa mesa se encobre de alambiques, de ânforas e de pergaminhos malditos. Ao fundo de um pote cheio de água, o fósforo luze em pequenos estalos sorrateiros. Sobre um cavalete feito em madeira de patíbulo, um espelho reflete o fogo dos retábulos e tudo ao redor: as paredes musgosas, o teto vestido de teias de aranhas, com seus grandes pregos enferrujados onde se engancham os esqueletos que às vezes tinem nas correntes de ar. E o doutor, com os olhos avermelhados e a aparência fatigada, torna a fechar seu livro de magia já inútil; voltando a contemplar, ao clarão das velas de resina, a cadeira vazia onde outrora se sentou Satã.
Lá fora, a noite trêmula com a brisa gelada do Brockene ouve-se o ranger de dentes provocados pelo rodopiar dos cata-ventos nas torres das casas góticas. É quando, uma mulher, seminua sob um longo manto encapuzado, se arrisca pelas ruas vazias e bate em uma porta. Ela é jovem e graciosa e seus olhos brilham com uma tênue claridade. Mas a porta não se abre e os ferrolhos frios resistem aos pequenos punhos apaixonadamente encarniçados. — Demasiadas mulheres já transpuseram este umbral; Johann Fausto e suas caricias. Para ele isso já não é mais nada, uma cabeça loira timidamente encolhida contra seu ombro, simplesmente, e o pudor é lentamente vencido pela volúpia. Johann Fausto que se condenou pelo amor e pela juventude, agora esta farto de juventude e de amor… E a visitante, que chora lágrimas de vergonha e desespero foge lugubremente para um rio consolador.
Fausto, indiferente não escuta nenhum dos passos queixosos que se afastam. Ele continua contemplando a cadeira vazia, cujo couro chamuscado ainda guarda o sinal do maldito.
Agora há mais alguém na sala, — alguém vestido de vermelho, com uma barba em cauda de víbora onde reluz às vezes, uma pequena fagulha incandescente. Alguém que se apresenta sem que se veja nem que se entenda. Alguém cujas mãos são como garras que se crispam ao punho de uma espada e cuja perna magra, indolentemente cruzada, termina em um casco fendido.
Johann Fausto olha com despeito seu visitante. O próprio diabo já não mais o impressiona. Satã senta-se rapidamente sobre o lugar que se lhe oferece.
Na fornalha, o fogo enverdece e trêmula; as retortas expelem uma fumaça negra; um débil odor sulfuroso ressuma não se sabe de onde, embora seja muito perceptível.
— Bom dia, doutor, — lhe diz o Diabo.
Mas o doutor não responde.
— Que tempo estranho, — prossegue o hóspede bifurcado…
— Palavra! Faz-se quase fresco na rua. A propósito, encontrei a dois passos daqui a mais bela filha da Alemanha, saltando a toda pressa no rio, — aventura para tomar um banho, quem sabe? Se eu estivesse livre teria colhido essa pequena alma travessa de passagem. Mas pensei comigo, não tenho mais tempo. Maldito seja o trabalho, doutor, principalmente nesses tempos agitados pelos vossos serviços. Parece que deixei minha unha no selo do nosso tratado…
Um pesado suspiro se eleva do peito como resposta.
— Melancolia? Oh! Com que sonhais, pois? Tendesainda centenas de anos defronte vós e muitos passos mais. Senhor fruís o que resta, pois ao fundo do fosso está a ruína! Estais ainda corado e jovem e vosso gibão está novo. Não tivestes a minha palavra de honra por melhor aparência e fama naquela noite na varanda de Marguerite? Como sou tolo! A bela desesperada que deixei de colher à pouco não me é uma prova fresca da estima onde vós tendes novamente as donzelas? E de fato, sendo como sois, de que duvidar além disso?
Johann Fausto fixa o tagarela, e murmura somente: “— Palavras…”.
— Resumindo, meu senhor, — conclui Satã, — que desejais vós?
— Eu desejo, — diz lentamente o doutor, — o contrário disso tudo que desejei até agora.
— Mestre, — continua Fausto, — quando assinei o teu pergaminho fui pouco sábio.
Naqueles tempos eu estava velho, — calvo, abalado e tolo, com as pernas cambaleantes e as costas arqueadas. No meu cérebro encarquilhado, usado para todas as asneiras, essas inclusive, — (apontando os objetos da mesa, os cornos, os cadinhos e os pergaminhos). — Em meu cérebro seco e doentio, somente uma ideia vegetava, somente uma mania imperava, a mania de viver outra vez, de viver mais tempo, e de me embriagar freneticamente dessa vida que eu ia abandonando.
Portanto, eu procurava tornar-me jovem. Certamente, foi essa uma loucura infantil, da qual eu teria proveitosamente me curado com um pouco de veneno de rato. De algum modo eu iria me resignar, tu chegaste, (e como eu o lamento), — e satisfez esse meu desejo fútil muito além de tudo o que eu tinha sonhado. A taça onde eu quis beber, tu a fez tão grande que eu me tenho afogado. Essa juventude, que os homens esgotam de ordinário em alguns dez anos, para logo depois repousarem até a morte, dela há séculos me satisfaço sem repousar jamais.
— Vós estais portanto fatigado — fita o Diabo, e é de repouso o que vós quereis. Nada de mais simples. Porque não tendes vós falado mais cedo! E então, querido doutor, demasiados sorrisos estão roçando vosso bigode, demasiadas sacadas se estendem por vossas escaladas noturnas, e quem sabe, demasiados ciúmes estão eriçando vosso caminho de espadas inoportunas e de punhais desmancha-prazeres? Os doces bilhetes são de galante leitura, mas todos se assemelham entre si. As estocadas são passatempo de reis, mas alguém se entedia enfim, mesmo de colocar seus inimigos no cemitério. Compreendo muito bem sua nova opinião. E portanto, nós iremos torná-lo velho!
— Não! — diz Fausto.
— Não, como não? Apesar de tudo, devem existir ainda outros meios?!
A velhice não vos favorece? Livrárei-la de vós. Pode ser, de fato, que não tenhas as pernas tortas. Doutor, eu concordo que é inoportuno, como entendeis agora, ter a coluna em corcovas e as pernas em tiras de gibão. Já se disse, aliás, que os velhos, ainda que sempre desocupados, se queixam frequentemente de incuráveis cansaços. Então, nada de velhice. Mas eu vos garanto que depois dessa hora, as belas filhas se farão raras à vossa porta: pois eu irei vos entregar em um fechar de olhos, feio como Thersite[1] ou pobre como Jó. Eis que lhe faço uma proposta aceitável! Feiura ou miséria, que preferireis?
— Nada, diz Fausto.
— Droga! — Fez Satã, — vós sois de um humor impressionante.
Sabeis meu senhor, que comecei a ver o fundo dos meus argumentos? Falta-vos repouso e vós exigis entretanto intactas vossa juventude, vossa graça e a pedra filosofal com que lhe presenteei na ocasião do nosso contrato! Pelo Outro que eu gritaria impossível. Mas este é um termo que meus gramáticos riscaram do meu dicionário. Resta-nos um meio. O mais certo e que sem duvida, será do vosso agrado. Eis aqui o pacto devidamente assinado por nós dois. Eu prometi treze séculos de juventude, isso é demasiado dizeis, para vosso apetite. Seja! Anulemos a cláusula, e me seguirei sem mais tardar. — Hein?
— Não! — grita Fausto, empalidecendo.
— Ainda não? — Escarnece Satã. — Eu fiz o melhor por vós, senhor. Mas vá lá, que se faça a vossa vontade! Eu não insistirei mais tempo. Eu não vos ofereço nada que não me recuseis: guardai então vossa sorte e não me quebre mais a cabeça. Seja o que for, adeus.
— Fique, — diz o doutor. — Esse pacto não está num pergaminho tão sólido que eu não possa um dia rasgá-lo, (abaixando a voz) e me arrepender.
Ouça, eu sei que peço um milagre. Mas os milagres são o que os devotos solicitam ao Outro. Ora, mestre, engano seu, é a ti que me dirijo. Eu quero beber sem vomitar, comer sem cessar de ter fome, amar sem me fartar do amor, viver enfim sem tédio, nem desgaste, nem fadiga. Eu quero permanecer jovem e jamais me enfadar da minha juventude. Eis aqui minha súplica. E apaixonadamente, sem ódio nem rancor, eu a deposito a teus pés.
— Com a breca! — Grita o Diabo. Muito mais abaixo, eu espero! Sois vós louco de orgulho, meu senhor? É o último arcano o que vós reclamais aqui e isso não é com qualquer súplica que se vos abrirá a porta. Quando vós tiverdes isso que quereis, o que terei eu, de mais que vós? Por meu reino vermelho, não, vós não terás o segredo. Procure-o só, ou mendigue ao Outro, se é que o Outro lá o tem!
Silenciosamente, o doutor apanha uma jarra cheia de água e um carvão de fósforo e traça sobre o espelho um pentagrama misterioso que resplandece sobre seu ombro. O Diabo recua repentinamente.
Dentro da sala maldita, os dois condenados permanecem defronte, mudos. Lentamente a imagem de fogo se apaga do vidro. E o Diabo ousa falar, muito baixo.
Fostes muito longe, senhor! Seja, de nada me serve portanto vos enganar. Eu não tenho o segredo que vos falta. Onde planeja ir procurá-lo? De nós dois sois agora o mestre. Ordene.
Fausto, imperiosamente, estende seu manto sobre a terra.
— O meu plano, — diz ele, — é ir visitar aqueles que escaparam ao teu império.
Muito bem, — suspira Satã. — Eu sei o caminho.
Ambos tomam lugar sobre o manto e lançam- se pelo espaço.

— O que é isso, — interrogou Fausto, que esses nigromantes sacodem em tua direção?
— Sei eu? — Responde Satã bruscamente. — Eles são pessoas misteriosas, dispersas cá e lá pelo mundo; sábios armados de todos os ritos que me são temíveis, exorcistas perigosos que traçam letras de fogo sobre as muralhas. Eu os evito sem me importar com eles.
— Estes, — replicou o doutor, — são os magos e eu os conheço, pois é deles que sei o sinal que te força à obediência. Mas eles são de outra raça.
— Sim, disse Satã, — sei ainda de estranhas criaturas, sonhadores e sonhadoras, que vivem em um devaneio ao qual não tenho acesso. Eles desprezam a terra e riem de mim. Deles tampouco sei mais.
— Entre eles, quem sabe, — murmurou o doutor, — encontrarei o segredo que tu não conheces: a paz que procuro.
Abaixo de seu voo, a terra noturna estende-se num véu.
As cidades dormem ao seio de suas muralhas, as cadelas das sentinelas rondam pelas ruas; e a campinas deserta ouve estremecer os choupos roçados por Satã.
Mais além, as montanhas calvas demarcam as terras habitadas pelos homens. Uma planície terrível, negra de sangue seco, e branca de ossadas antigas, se estende a seguir. A capa voadora estremece como que sobre um vento de tempestade e Satã sorri.
No horizonte, se avista um fogo, rubro, que dardeja aos céus estranhas chamas retorcidas. Ao redor, algumas figuras magras se agitam. De pronto, Fausto vê as mulheres ferozes que riem com grande estardalhaço em torno do braseiro. Algumas cavalgam em vassouras de junco chamuscado; outras esvoaçam como corujas e brandem apenas alguns tições; outras enfim, se penduram lascivamente nos chifre de um bode.
— Essas aqui, — explica Satã, — são as italianas. As feiticeiras da França vão ao sabat sem vassouras nem montarias; somente um pouco de magia lhes basta e da mais grosseira. Todas, além disso, estão em minhas mãos e eu as domino à minha vontade, tanto para a inveja como para o orgulho ou à raiva, mas essas são principalmente para a luxúria.
Elas continuam suas folias, se misturando em grupos obscenos. Fausto vê com desgosto que elas estão murchas e trêmulas, velhas.
As fagulhas dançam aqui e ali. Uma feiticeira, tocada por Satã, cai magicamente no círculo, transformada num adolescente desejável, com o corpo jovem e nu. No mesmo instante duas feiticeiras se precipitam avidamente sobre ele, e rivais, se batem com furor. O jovem, divertido, se empenha com chacotas e danças em meio aos cabelos e ao sangue espalhado, arrancados pelas garras vermelhas e pelos dentes furiosos que mordem e rangem.
— Tudo por mim, — diz Satã. Ele grita de orgulho dentro da noite maldita enquanto a capa os levanta.

Eles chegam a uma encruzilhada.
— Por ali, — diz o diabo, nós chegaremos à cidade dos Astrólogos e dos Videntes, que sabem de todos os segredos.
— Sua ciência é fatigante. Somente se eu ali pudesse encontrar no que te prender e te sujeitar…
— Por aqui, iremos dar com as Fadas ou as Strigaes, que não tem nada de ciência nem de exorcismos pois só sabem sonhar.
— Lá, talvez, — diz Fausto, — na liberdade de seus sonhos perigosos é que está a vida.
Eles tomam a segunda rota. A planície do sabatse afasta deles. Uma luz pacifica reina sobre uma paisagem delicada, cujas linhas sem arestas se enrolam em curvas sonhadoras. O ar se dissipa transparente como nos cumes das montanhas e a noite parece um dia sem sol, indizivelmente doce.
Um pequeno templo reluz à beira de um lago, suas colunas são opalinas e o frontão é todo em pedras lunares. As encostas diáfanas pendem abaixo cravadas suavemente num vale. E neste vale, estranho a terra, nada de risos nem de choros.
Os viajantes se detêm junto ao lago e Satã aborrecido designa o pórtico.
— Eis a habitação. Ela não é muito vasta nem suntuosa. Poucos homens chegaram, a saber, desta porta, e menos ainda os que transpuseram o seu umbral.
— Vamos, — diz Fausto.
— Não! — Protesta violentamente o Diabo. Vais só, se a excursão vos tenta. Eu não tenho negócios aqui, também sei que neste lugar reina certo odor desagradável a meu nariz delicado. Vais, Doutor e durante esse tempo, eu terei a honra de vos esperar à beira da água, poeticamente. Até logo, que as Fadas lhe sejam favoráveis.
Ele senta-se junto ao lago e roça com seus pés bifurcados a água, que, incontinente, começa a ferver.
Fausto sobe os degraus do templo. Sobre a porta, uma divisa gravada detém seus olhos: NEM DEUS NEM O DIABO. Por um segundo ele hesita com a mão levantada. Depois a pousa no batente que não oferece resistência.
No interior do templo, nada de altares, nem de estátuas, nem de mistérios. As Fadas não estão vestidas de pratarias, não carregam varinhas e tampouco têm asas.
Elas são simples mulheres, ou pelo menos parecem tais.
Seus corpos macios se abandonam em leitos de repouso, esparsos. Suas bocas serenas sorriem para o invisível e seus olhos claros acompanham sem lassitude o voo ativo dos sonhos que planam sob uma vontade sagrada.
Entremeadas às lajens de conchas douradas, plantas singulares deitam raízes, formando uma flora bizarra que se espalha por todo o templo como o trigo por sobre os campos. Longas hastes erguem-se pesadas com folhas largas e longas; as flores se balançam profundas como as taças, e negras.
Às vezes, com um gesto lento, uma dessas Strigaesestende seu braço nu e colhe a flor mais próxima. Ela a aspira então, longamente, depois a põe em seus lábios e embebe a gota negra que pende à borda de cada pétala.
Fausto exclama: — Eis-me aqui! Mas as fadas não o entendem e não podem vê-lo. Elas sonham e comem as flores da papoula negra.
Fausto hesita. Só então que dirige o olhar para as cápsulas e aspira surpreso, o perfume que se expande das suas corolas. Uma embriagues imperceptível se insinua em suas narinas e caminha até seu cérebro, — inexorável.
A abóbada está certamente vazia. — Isso não sãomais que vapores flutuando ao longo dos frisos e se expandindo em volutas mescladas. — Mas essas volutas se enrodilham de estranhas maneiras. — Elas se matizam em cores múltiplas. Elas revestem-se de formas singulares, alternando-se entre o incerto e o preciso. E seus fantasmas desconhecidos se agitam e começam a viver. — As cenas dos sonhos se compõem e se desfazem ao tempo de um suspiro, onde renascem e se metamorfoseiam. — Cenas fugidias e delicadas, — depois, mais claras. As imagens começam num sonho brumoso, depois límpido, — e depois real, tão real quanto a realidade da vida, demasiadamente real…
… Fausto, deslumbrado contempla.
Junto a seus lábios, uma longa flor se desabrocha,tentadora. Um aroma poderoso exala de sua corola aberta. Fausto, com o gesto lento das Strigaes, apanha a primeira pétala e pouco a pouco a aproxima de sua boca aberta…
+ + +

fazem mil anos que o doutor Fausto entrou no templo de opala. À beira do lago evaporado o Diabo ainda espera.
O doutor Fausto não tornou a sair.
A época do vencimento do pacto há muito se passou. Do alto do firmamento, a lua irônica desenha seus longos chifres por detrás dos ombros de Satã.
De vez em quando, o diabo enraivecido, se aproxima do pórtico. Mas prontamente, ele recua. — além desse umbral sua autoridade expira, — nada ali dentro lhe pertence.
E o diabo retorna a sentar-se à beira do lago. Seus pés de bode já escavaram no solo um buraco vermelho onde os carvões ardentes crescem em torno dele.
Em breve, ele tornará a cair sozinho no inferno…
[1]Thersite, da mitologia grega, foi membro do exército Grego na Guerra de Tróia. Homero o descreve na Ilíada como o mais feio e o mais descarado dos gregos. (n. do t.)





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