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Cântico dos Cânticos

O desafio para Novembro era ler um clássico de poesia ou teatro.


O Cãntico dos Cânticos é (pasmem-se) parte da Bíblia. Este texto é tradicionalmente atribuído ao Rei Salomão, e é de enorme interesse a vários níveis - principalmente, porque parece destoar dos restantes textos da Bíblia (que, atenção, nunca li) pelo seu cariz mais sensual e por não abordar a lei de Deus ou outros ensinamentos/sabedorias. Fala, aliás, da beleza e do mistério do amor.

Embora algumas das alegorias e simbolismos se percam para mim (Torre do Líbano, por exemplo), e de outras questões estranhas ou que podem não ter envelhecido muito bem (invocar relações familiares, comparação com animais, atenção esquisita à cor da pele), o texto é de beleza intrínseca e fala sobre não apressar o amor, pois este irá "despertar" quando estiver pronto. 

ah como estás bela minha amiga     ah como estás bela com teus olhos de
pomba
oh como estás belo meu amado e que doçura    o nosso leito entre a verdura
os cedros são as vigas da nossa casa     os ciprestes são os forros do telhado

Esta obra foi sujeita, ao longo do tempo, a interpretações várias - o amor de Deus por Israel, por exemplo -, mas parece ser uma celebração directa do amor, humano tornado divino.

Esta edição é bilingue, facultando o original hebraico, e tem ilustrações de Ilda David.

Tradução de José Tolentino Mendonça

4/5

Podem comprar esta edição na wook ou na Bertrand, uma sorte, dado que a Cotovia morreu.





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Cântico dos Cânticos

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