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A servidão voluntária.

Tags: grande onde isso
Por Étienne de La Boétie
Nossa natureza é de tal forma que os deveres recíprocos da amizade absorvem boa parte de nossa vida. Amar a virtude, estimar as belas ações, ser gratos pelos benefícios recebidos e, muitas vezes, reduzir nosso próprio bem-estar para aumentar a honra e o progresso daqueles que amamos, e que merecem ser amados, é uma correspondência justa à razão. 

Se, portanto, os habitantes de um país encontram em seu meio um desses homens raros que lhes deu provas de uma previdência para protegê-los, de uma Grande ousadia para defendê-los, de uma grande prudência para governá-los; se com tempo se habituam a obedecer-lhe e confiar nele a ponto de lhe conceder algumas vantagens, não sei se seria sábio tirá-lo de onde fazia o bem e colocá-lo onde poderá fazer o mal. Certamente, parece natural ser bom em relação àquele que nos proporcionou o bem e não temer mal algum da parte dele. 

Mas, ó Deus, o que pode ser isso? Como diremos que Isso se chama? Que desgraça é essa? Por que vício, e vício horrível, vemos um grande número de pessoas não só obedecer mas servir, não ser governadas mas tiranizadas, sem possuir bens, nem pais, nem filhos, nem sequer sua própria vida? Sofrendo as rapinas, as truculências e as crueldades, não de um exército, não de uma horda de bárbaros contra os quais cada um deveria arriscar o sangue e a vida para defender-se, mas de um só.


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