Pascoal Piragine Jr.
É bom saber que, na cultura oriental, o Jejum era um ato de luto. Quando alguém morria, os parentes e amigos não comiam, cobriam a cabeça com cinzas e pó, rasgavam as vestes, como sinal de tristeza e dor. Também era comum, no funeral israelita, o rabino chamar o membro mais próximo da família e, com uma navalha, rasgar a camisa dele, como lembrança do luto e do sofrimento do povo. Assim, pois, o jejum não detém nenhum poder em si mesmo; ele é um referencial, um símbolo da nossa dependência de Deus, de nossa contrição e de nossa absoluta submissão ao poderio do Senhor.