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O conceito de justiça conforme o Evangelho.


                                                     
Texto: Saibam estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para Ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira dos homens não opera a justiça de Deus. Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante assemelha-se ao homem que contempla num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar (Tiago 1.19-25).

Introdução: Esse texto do apóstolo Tiago, irmão de criação de Jesus, filho de José e Maria e que se tornou e líder em Jerusalém nos traz vários ensinamentos. Em tempos de grande injustiça no mundo e de sonegação de direitos nós temos o desejo de punir duramente aqueles que nos fizeram mal. No entanto, o convite do Senhor da Palavra é para que entendamos que a ira do homem não opera a justiça de Deus.
            Essa verdade, essa confiança na justiça de Deus está em toda Bíblia. Podemos citar como exemplo o que o profeta Isaías disse: “porque o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é nosso legislador, o Senhor é nosso Rei; Ele nos salvará” (Isaías 33.22). Atualmente, nós nos esquecemos de confiar no Senhor e nos escoramos líderes humanos ou em nós mesmos e criticamos aqueles que não decidem conforme nossa noção de justiça.
            Quando era pré-adolescente eu gostava de ouvir dois pastores que pastorearam a igreja que congregava e também dois tios meus por um motivo simples, eles sempre tinham algo para passar e eram pacientes ouvintes. Com a mudança e o passar do tempo passei a conviver com pessoas que atropelavam as falas dos outros e se digladiavam sem conseguir-se entender nada. Isso, de certa forma, acabou me afetando, tornando-me igual.
            Hoje nós vemos pessoas que são prontas pra falar e prontas para explodir. No entanto, o evangelho nos ensina a sermos prontos para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar.

I. Aprendendo a ser pronto a ouvir, tardio no falar, tardio em irar-se: Embora a comunidade cristã dê muito valor ao talento da eloqüência, Tiago coloca a ênfase sobre o ouvir. Aquele que ouve atentamente a palavra da verdade progride na piedade.
É difícil conviver num ambiente onde as conversas se cruzam e as pessoas formam trios que atropelam as conversas. Isso já começa a ser falta de educação. Mas antes de Tudo é a violência de um princípio humano importante que tem a ver com a educação do espírito. O convite de Tiago, além de ser pronto a ouvir, é que nós sejamos tardios para falar. Que processemos aquilo que vamos falar se deve ou não falar. Se for sábio, se é sensato, se é hora de dizer ou se é hora de se calar.
            O convite do apóstolo Tiago é para que paremos de viver nessas pulsões que faz-nos ser como águas vivas pulsionais e irreflexivas. Isso é algo que transcende todo e qualquer elemento de educação e tem a ver com a construção de um ser integro. Quem age assim desenvolve um espírito forte e sereno. Desenvolve moderação e autocontrole, não se entrega às subtezas da ira que produz desgraças que muitas vezes não conseguimos reverter.
            Aquele que não é tardio no falar e pronto no ouvir comete desastres e desastres na vida é um ser brutalizante, estuprante dos relacionamentos e vai ferindo as pessoas dos mais diferentes modos.

II. Aprendendo que a Ira Dos Homens não opera a justiça de Deus: Muitas vezes somos tentados a emitir determinados juízos de valores previamente sem analisar os fatos, simplesmente porque a pessoa é um inimigo nosso ou porque a pessoa pertence a uma determinada classe de pessoas que não gostamos. Jesus comportou-se diferente com a mulher adúltera e com os cobradores de impostos (inimigos do povo).
            Atualmente vemos juízes sendo aplaudidos pela mídia e pelos populares simplesmente porque prendem ou punem determinadas classes de pessoas que repudiamos. Para isso, esses juízes cometem atentados contra o direito, contra o princípio da ampla defesa e contraditório e inovam juridicamente, cometendo aquilo que Deus condena que é sonegar o direito do rico porque é rico ou sonegar o direito do pobre porque é pobre.
            O convite do apóstolo Tiago é para que decidamos ou emitamos nossos juízos de valores (se for preciso) de forma justa. E quando for possível que operemos o princípio do Evangelho: “o contrário da injustiça, não é justiça. É amor”. O convite é para que nós deixemos de lado o louvor público para receber o louvor de Deus.
            Em tempos de grande injustiça, o projeta Isaías afirmou: “porque o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é nosso legislador, o Senhor é nosso Rei; Ele nos salvará”.

III. Aprendendo a ser um praticante e não um mero ouvinte: O verdadeiro ouvir da Palavra leva-nos forçosamente a uma ação piedosa. O apóstolo Tiago afirma que aquele que ouve a palavra e não pratica é semelhante ao homem que olha a sua fisionomia no espelho e quando sai esquece-se de como era.
            Antigamente, os espelhos não eram feitos de vidro e sim de metal polido. A Escritura é como um metal polido que reflete nossa carência de graça que a alma tem. Algumas vezes vemos nossa debilidade, mas quando nos afastamos da Palavra nos esquecemos de quem somos.

Considerações Finais: Que sejamos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar. Porque assim entendemos como é o conceito de justiça conforme o Evangelho. A tirar as implicâncias que nós conservamos com carinho de dentro de nosso coração. Porque a ira dos homens não opera a justiça de Deus. Que o Senhor abençoe a sua Palavra em nossos corações.


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