Aquela foi uma noite inesquecível. O Senhor tinha ido a um monte para orar, enquanto os discípulos remavam em direção ao outro lado do lago. Uma tempestade começou a balançar o barco deles. Os discípulos conheciam o lago e suas tempestades traiçoeiras, mas essa era especialmente tormentosa. Por horas eles remaram com toda força, mas fizeram pouco progresso.
No meio da noite o Senhor veio andando por sobre a água para encontrá-los. Os discípulos pensaram que Ele era um fantasma e gritaram apavorados. Então ouviram a bem conhecida voz do Mestre: “Tende bom ânimo; sou eu”. Ele subiu no barco e o vento cessou.
Durante a tempestade os discípulos poderiam ter pensado por que o Senhor Jesus lhes tinha ordenado cruzarem o lago. Será que Ele não sabia que haveria uma tempestade? Ele não poderia ter impedido a tempestade e toda a aflição?
Teria sido algo pequeno conceder-lhes uma travessia tranquila. Mas se isso tivesse acontecido, eles jamais teriam afirmado: “És verdadeiramente o Filho de Deus” (Mateus 14:33).
Não é verdade que perguntas semelhantes a esta levantam-se em nossos corações ocasionalmente, quando enfrentamos dificuldades, quando o vento sopra contra nós e as circunstâncias se levantam como ondas ameaçadoras? Os “por quês?”, são numerosos, e dúvidas nos atormentam. Parece que Deus não ouve nossos clamores. Será que Ele se esqueceu de nós?
O fato é que não ouvimos a Sua voz. Ele nos diz: “Eu não te esquecerei”. Veja, eu escrevi seus nomes nas palmas de minhas mãos (cf. Isaías 49:15-16). “Tende bom ânimo; sou eu, não temais!”
Na verdade nós estamos em Seus pensamentos, e Ele vem em nosso socorro. De tempos em tempos Ele faz com que o vento e as ondas cessem, e percebemos uma forte impressão de Seu amor e poder.
Fonte: Boa Semente.
