Job. Nascimento
Ressalte-se que espiritualidade não significa religiosidade. Pois, a religiosidade caminha para o sincretismo e espiritualidade é livre dos ditames da lei religiosa. A verdadeira espiritualidade faz com que o individuo receba uma sabedoria que transcende a formação acadêmica e que vai além do conhecimento humano.
O fanatismo religioso foi o motivo de muitas guerras no passado e isso a história nos mostra de forma indubitável. Se olharmos para o período da idade média veremos os cristãos entrando em guerra com os muçulmanos para recuperarem a cidade de Jerusalém, pois, eles Tinham a cidade como um símbolo da santidade.
Na bíblia vemos o povo de Israel que pensava que a presença de Deus era limitada à presença da arca da aliança. O povo israelita se corrompeu, mas ainda pensavam que com a presença física da arca eles ganhariam a guerra, Deus lhes ensinou que não eram os símbolos do sagrado que significava a presença dEle e permitiu que os filisteus levassem a arca.
Os judeus e os Samaritanos Tinham uma enorme discussão a respeito sobre o local correto de se cumprir o ritual de um culto a Deus. Os judeus se julgavam mais puros porque tinham ido para o cativeiro babilônico e não tinham se contaminado com as mulheres estrangeiras. Já os samaritanos tinham se misturado com as mulheres assírias.
E a discussão virou uma antipatia social de modo que os judeus construíram um caminho enorme para viajarem e não passarem por dentro do território samaritano. Mas, Jesus vem e quebra todos esses paradigmas: “Creia em mim, mulher: está próxima a hora em que vocês não adorarão ao Pai nem neste monte, nem em Jerusalém” (João 4.21).
Neste sentido, Araújo (2005, p. 45), afirma: “o dízimo da religião vazia transforma o ofertante no dízimo de si mesmo”. Existe uma diferença abismal entre o dogma e o mistério. O dogma é o que aprendemos a papagaiar através do doutrinamento dos homens, e o mistério é tudo aquilo que acontece no nosso caminho trilhado como cristão.
