...a cada dia uma mulher diferente, as pequenas flores circundavam as brancas maiores, pequenas e espiraladas, um estilizar de pétalas imitando o labirinto no vestido.
Não há como evitar a ilusão de múltiplos caminhos - de todas as imagens, labirintos: espirais, angulares, retilíneos - detentores de no máximo duas ou três reais saídas, para os começos despercebidos.
Sua maneira de ser todas as mulheres que ela era: superava expectativas e barreiras.
O cabelo tinha cores metamórficas, brotadas de si mesmo.
O tom do corpo era o da sua alma, alçando Vôo ou arremessada.
Os lábios de mordiscar-se encendiam rubras faces. E não havia movimento de dança mais inusitado do que a forma renovada de suas sobrancelhas.
Nela vi e perdi de vista: muitas mulheres. Outonais ou primaveris, escandalizando ou escandalizadas e como não poderia deixar de ser, entre o modo de ninguém e de todas, havia no seu olhar a pena de uma tristeza empoçada.
Julio Urrutiaga Almada do Livro Caderno de Ontem
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